8 de abr. de 2024
Varal de Poetrix - Imagem Ilha Deserta
OLGA SAVARY
NOME COMPLETO
DO PATRONO: OLGA SAVARY
NOME LITERÁRIO: OLGA
SAVARY
DATA DE NASCIMENTO: 21 de maio de 1933
DATA DE FALECIMENTO: 15 de maio de 2020
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 03
FUNDADOR: Ana Mello
NOME DO ACADÊMICO ATUAL: Ana Mello
6 de abr. de 2024
MILLÔR FERNANDES
NOME COMPLETO DO PATRONO: MILTON VIOLA FERNANDES
NOME LITERÁRIO: MILLÔR FERNANDES
Millôr Fernandes |
DATA DE NASCIMENTO: 16/08/1923
DATA DE FALECIMENTO: 27/03/2012
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 28
FUNDADOR: Marcelo
Marques Ferreira
NOME DO ACADÊMICO ATUAL:
Marcelo Marques Ferreira
VIDA E
OBRA DO PATRONO
Millôr Viola Fernandes (1923-2012) nasceu no bairro do Méier, no Rio de Janeiro, no dia 16 de agosto de 1923. Era filho do engenheiro Francisco Fernandes um imigrante espanhol, e de Maria Viola Fernandes. Deveria ter se chamado Milton, mas a caligrafia do tabelião o fez Millôr.
Millôr Fernandes foi um
desenhista, humorista, tradutor, escritor e dramaturgo brasileiro. Conhecido
por suas frases provocativas e bem-humoradas, é considerado um dos maiores
dramaturgos do país. Era um artista com múltiplas funções. Escreveu colunas de
humor para as revistas O Cruzeiro e Veja, para o tabloide O Pasquim e para
o Jornal do Brasil.
Aos 12 anos, perdeu a mãe e os irmãos se separaram. Millôr foi morar na casa de um tio materno. Com habilidades para o desenho e leitor de histórias em quadrinho, copiava quadro por quadro com perfeição.
Em 1938, com 15 anos, o jovem Millôr ingressou no mercado de trabalho, como office-boy em um consultório médico e na revista O Cruzeiro, de Assis Chateaubriand. Para se aperfeiçoar em sua especialidade além de iniciar seus estudos no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Nesse ano, foi o vencedor em um concurso de contos da revista A Cigarra, onde passou a trabalhar.
5 de abr. de 2024
Morte Súbita por Valéria Pisauro
4 de abr. de 2024
YOSA BUSON
NOME
COMPLETO DO PATRONO: Taniguchi Buson
NOME
LITERÁRIO: Yosa Buson
Yosa Buson |
ANO
DE NASCIMENTO: 1716
ANO
DE FALECIMENTO: 1784
NÚMERO
DA CADEIRA NA AIP: 07
FUNDADOR: Dreyf
Gonçalves
ACADÊMICA
ATUAL: Sandra Boveto
VIDA E DO PATRONO
Yosa
Buson é um dos quatro grandes mestres do haicai japonês (haiku). Deu
novos ares à poesia japonesa com Matsuo Bashô, Issa Kobayashi e Masaoka Shiki.
Nasceu Taniguchi Buson, em Kema, na província de Settsu (atual Osaka), no
Japão, em 1716, 22 anos depois da morte de Bashô. Foi um dos mais renomados
artistas japoneses do período Edo, conhecido, especialmente, por suas
habilidades na pintura e poesia haiku.
Buson
mostrou interesse precoce pela arte. Sua paixão o levou a Kyoto, onde estudou
pintura com um artista do estilo nanga, uma forma de arte literária
japonesa influenciada pela pintura chinesa. Nessa arte, destacam-se as pinturas
que fez para o templo da Ilha de Shikoku.
Apesar
de inicialmente se dedicar à pintura, Buson, eventualmente, se voltou para a
poesia haiku, um gênero que lhe permitiu combinar sua habilidade
pictórica com a expressão poética. Sua abordagem única para o haiku,
frequentemente, envolvia a fusão de imagens visuais e sensações emocionais,
resultando em poemas que refletiam esses aspectos. Sua poesia e sua pintura traduziam
sua profunda conexão com a natureza e com a capacidade de capturar momentos
fugazes e atmosferas evocativas.
Em
1737, Buson se mudou para Edo (atual Tóquio) para estudar pintura e haiku,
na Shômon, escola de Bashô. Durante sua vida, Buson viajou extensivamente pelo
Japão, absorvendo as paisagens e as pessoas que encontrava em suas obras de
arte. Em 1751, estabeleceu-se em Quioto, como pintor profissional, onde passou
a maior parte de sua vida.
Anos
depois, mudou-se para Tango, onde viveu, de 1754 a 1757, em um mosteiro budista
local, exercitando-se nas práticas meditativas do budismo. Após esse período,
regressou a Quioto, onde ficou até o final de sua vida. Foi então que mudou seu
nome para Yosa, nome de uma cidade na província de Tango, acredita-se que em
memória da mãe, que nasceu nessa região.
Além
de sua contribuição para a literatura e as artes visuais, Buson também era um
mestre do haiga, uma forma de arte que combinavam haiku e
pintura. Seus haigas, muitas vezes apresentavam uma harmonia entre a
palavra e a imagem, criando uma experiência estética única para o espectador.
Como
oportunidade de observar a riqueza dos haikus de Buson, citam-se abaixo
alguns exemplos, com anotações extraídas do Portal Nippo Brasil (nippo.com.br):
Vai-se a primavera
O alaúde nos meus braços
já bem mais pesado.
3 de abr. de 2024
Eno Teodoro Wanke
NOME
COMPLETO DO PATRONO: Eno Teodoro Wanke
NOME
LITERÁRIO: Wanke
Eno Teodoro Wanke |
DATA
DE NASCIMENTO: 23/06/1923
DATA
DE FALECIMENTO 28/05/2001
NÚMERO
DA CADEIRA NA AIP: 17
FUNDADOR:
Oswaldo Francisco Martins
NOME
DO ACADÊMICO ATUAL: Oswaldo Francisco Martins
VIDA
E OBRA DO PATRONO
Filho de Ernesto Francisco Wanke e de Lucilla
Klüppel Wanke, Wanke nasceu em Ponta Grossa – PR. Foi
alfabetizado na Escola
Evangélica Alemã de Ponta Grossa, escola que viria a ser fechado em consequência
de ação imposta pelo Estado Novo, tendo então sido transferido para o Liceu de
Campos, que pertencia a professora Judith Silveira, que acabou por virar nome
de rua na cidade onde nasceu Wanke.
Como aluno ainda estudou no Colégio Regente Feijó, de Ponta Grossa e no
Colégio Santa Cruz, da cidade de Castro – PR, tendo no último terminado o Curso
Ginasial, onde completou o ginásio. Foi morar em Curitiba – PR em 1948 e ali completou o Curso Científico no Colégio Iguaçu
no Colégio Iguaçu. Em 1949 foi bem-sucedido em concurso vestibular para
Engenharia Civil, curso que completou em 1953.
Após prestar vestibular, entrou para a Escola de Engenharia Civil da
Universidade do Paraná, formando-se em 1953.
Exerceu atividades laborais como engenheiro civil:
– 1954-1955: Prefeitura de Ponta Grossa como fiscal de construção de uma linha de
alta tensão elétrica em Curitiba, da Companhia Força e Luz do Paraná;
– 1957: admitido no curso de Refinação de Petróleo, da Petrobrás, Rio de
Janeiro, cujo ingresso se deu via por concurso público, curso que
completou com êxito;
– 1958: ingressou na Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão, SP,
tendo sido morador de Santos – SP por 11 anos contínuos;
– 1969: a partir deste ano e já transferido pela Petrobras para o Rio de
Janeiro, desempenhou suas atividades na empresa até sua aposentadoria.
Na seara literária, seus escritos começaram a ser elaborados aos 11 anos
de idade. Na construção do seu legado tesouro, Wanke se consagrou por
apresentar várias facetas literárias e ter produzido escritos maravilhosos.
Wanke se notabilizou como poeta,
trovador, contista, cronista, antologista, biógrafo, dicionarista, ensaísta, historiador,
fabulista, prefaciador etc.
Com propriedade afirma a crítica literária que Wanke produziu textos literários que se nos conformam pertencentes aos ricos períodos do classicismo e do modernismo, tendo sido tudo escrito com extrema maestria, sendo muito bem navegado o lirismo, o romantismo e o parnasianismo pelo extraordinário paranaense escritor.
São destaques na obra de Wanke pensamentos humorísticos, esses expressos principalmente em clecs publicados e selecionados por Elmar Joenck, tais como os seguintes:
Quando um adjetivo mente, ele, por castigo, vira advérbio;
2 de abr. de 2024
MATSUO BASHÔ
NOME COMPLETO DO PATRONO: Matsuo Munefusa
NOME LITERÁRIO: Matsuo
Bashô
Matsuo Bashô |
DATA DE NASCIMENTO: 1644
DATA DE FALECIMENTO: 28 de
novembro de 1694
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 01
FUNDADOR:
Goulart Gomes
NOME DO ACADÊMICO ATUAL: Goulart
Gomes
VIDA E
OBRA DO PATRONO
Matsuo Munefusa, conhecido pelo
pseudônimo de Bashô, nasceu no Japão em uma família de samurais agricultores,
oriundos da classe dos guerreiros, mas deixou o campo aos 23 anos de idade para
se dedicar completamente à literatura. Estuda, então, com Kitamura Kigin, que
já iniciara a transformação do haicai (um terceto composto de cinco, sete e
cinco sílabas), do qual Bashô viria a ser o maior mestre. Em contato com o
zen-budismo de Zengin, seu segundo professor, Bashô formou sua própria
filosofia. Com a morte de Zengin, em 1667, viajou para Kyoto e, em 1672, para
Yedo, hoje Tóquio.
Em Yedo aperfeiçoou seu conhecimento
das regras poéticas. As escolas de poesia existentes, Kofu e Danrin, estavam
decadentes, e Bashô criou uma escola própria, chamada Shofu. Pouco a pouco,
jovens poetas admiradores da sua poesia e da sua vida contemplativa se reuniram
em torno dele. Bashô não tinha domicílio fixo, ia de cidade em cidade,
recitando para quem o quisesse ouvir. Estabeleceu-se, por fim, em Fukagawa,
perto de Yedo, numa cabana. No seu retiro, aperfeiçoava-se no conhecimento e na
prática do zen-budismo.
Em 1684, tornou-se de novo peregrino.
Bashô costumava registrar cada viagem
sua num diário ou em poemas que representavam a sua vida, toda consagrada ao
êxtase poético e à contemplação da natureza e da gente simples.
Em 1689 abandonou sua cabana e partiu
para o Norte do Japão. Continuou sua vida errante até 1694, em permanente
aperfeiçoamento espiritual, enquanto seu estilo ganhava em força de evocação,
concisão e simplicidade. Nesse ano, doente, instalou-se em Osaka. Foi enterrado
no templo Yoshinakadera.
Bashô ocupa lugar de primeiro plano na
literatura do Japão, não só em razão de sua obra, mas também pela sua
personalidade exemplar, que serviu de modelo a gerações inteiras de poetas. A
originalidade da escola de poesia Shofu era definida por três termos:
"sabi", "shiori" e "hosomi". O primeiro aludia à
sobriedade que nasce da meditação do poeta diante da natureza; o segundo, à
harmonia, regra de ouro da poesia; o terceiro, à tranquilidade atenta que
resulta também da contemplação poética. A escola de Bashô recomendava o
abandono do formalismo em benefício da própria expressão sincera dos
sentimentos e emoções. O haicai atingiu, assim, profunda essência poética e
fina sutileza de expressão.
Autor: Goulart Gomes
Referência
Enciclopédia Mirador Internacional.
1 de abr. de 2024
ANIBAL BEÇA
NOME COMPLETO: ANIBAL AUGUSTO FERRO DE MADUREIRA BEÇA
NETO
NOME LITERÁRIO: ANIBAL BEÇA
Anibal Beça |
DATA DE NASCIMENTO: 13.09.1946
DATA DE FALECIMENTO: 24.08.2009
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 09
FUNDADOR: JUDITH DE SOUZA
NOME DO ACADÊMICO ATUAL: LUCIENE AVANZINI
VIDA E OBRA DO PATRONO
Anibal
Beça nasceu em Manaus (AM) no dia 13 de setembro de 1946, filho de Alfredo
Antônio de Magalhães Beça e de Clarice Corrêa Beça, sobrinho neto do escritor
Aluísio Azevedo, parentesco herdado da sua avó materna que era sobrinha do
escritor. Começou seus estudos em Manaus, e na adolescência foi para Novo
Hamburgo (RS) onde estudou no Colégio São Jacó. Teve a alegria de conviver com
o poeta Mário Quintana em Porto Alegre.
Anibal
Beça foi poeta, jornalista e compositor brasileiro, além de ser considerado o
avô do poetrix. Ao voltar para Manaus, trabalhou como repórter, redator e
editor em diversos jornais locais. Foi ainda diretor de produção da TV Cultura
do Amazonas. Época em que idealizou o suplemento literário “O Muhra”, editado
pela própria secretaria.
Anibal
Beça é considerado o avô do poetrix. Detalhe importante na história desse
terceto fantástico repleto de multiplicidade onde o “mínimo é máximo”. Goulart
Gomes, em seu discurso de posse na Academia Internacional Poetrix, discorreu
sobre uma conversa que teve com Anibal Bessa, expondo seu desejo de lançar um
livro de haikais. ao apresentar o esboço do mesmo, no ano de 1999 e com vários poemas publicados pelo mundo,
resolveu pedi opinião ao escritor Aníbal Beça que tratou de esclarecer e
disse: “pode chamar seus tercetos do que
quiser, mas não de haikais”. Provocado, Goulart Gomes criou uma nova linguagem
literária, o POETRIX.
Anibal
Beça tinha um jeito todo seu de escrever. Gostava criar um conteúdo reflexivo
trazendo a condição humana e a preocupação com o sentido da vida, da
inconstância do tempo e do amor e seus desencontros. Alguns dos seus poemas já
apresentavam versos curtos, buscando uma linguagem econômica. Esse amazonense,
influenciado por Luiz Bacellar, tornou-se o segundo haicaista de Manaus e
mostrou que o haicai é uma poesia presente de norte a sul do Brasil.
Interessante é perceber que seus haicais são tão naturais, que acabam se
confundindo com a própria floresta amazônica.
“Num piscar de
olhos
pestanas batem
asas
foi-se a
borboleta.”
“Folhas
abafadas:
desperta o
uirapuru
a manhã da
selva.”
“Cúmulos nimbo –
a última lua
azul
se pôs amarela.”
“Sob a luz da
lua
segue em direção
da toca –
tranquilo tatu.”
31 de mar. de 2024
MARCOS SALUN
NOME COMPLETO DO PATRONO:
MARCOS GIMENES SALUN
NOME LITERÁRIO:
MARCOS SALUN
Marcos Salun |
DATA DE NASCIMENTO: 15 DE
SETEMBRO DE 1953
DATA DE FALECIMENTO: 28 DE
MAIO DE 2021
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 24
FUNDADOR:
FRANCISCO JOSÉ SOARES TORRES
NOME DO ACADÊMICO ATUAL:
FRANCISCO JOSÉ SOARES TORRES
VIDA E
OBRA DO PATRONO
Marcos
Gimenes Salun nasceu em 15 de setembro de 1953, no Bairro Ipiranga, em São
Paulo. Entrou para o curso de Comunicação Social, formando-se em Jornalismo no
ano de 1978 pelas Faculdades Integradas Alcântara Machado (FMU - FIAM). Iniciou
suas atividades como free lancer em
vários jornais de bairro. Durante muitos anos foi editor e repórter de jornais
de empresa. Atuou como co-editor do jornal "O Bandeirante", da
Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES), Regional de São Paulo,
filiada da SOBRAMES Nacional, que admitia em seu quadro, além de médicos,
outros profissionais, como juristas e jornalistas.
Marcos
Salun foi o fundador/administrador e editor da Revista Virtual OPINIAS.
Organizou e coordenou encontros culturais, jornadas e congressos literários
nacionais e internacionais, além de concursos de prosa e poesia. Participou de
inúmeras coletâneas e antologias tendo sido também, em muitas delas, seu
organizador e editor. Foi premiado em vários certames literários. Tem trabalhos
publicados em blogs e sites. Foi membro do Movimento Internacional Poetrix
(MIP).
Aposentou-se
como jornalista e, segundo suas próprias palavras, "tentando complementar
meus parcos proventos da previdência pessoal, visando pelo menos pagar um plano
de saúde para mim e esposa e dar conta de despesas básicas".
Marcos era portador de uma doença crônico-degenerativa, a ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) que lhe tirou a vida depois de um ano internado, de maio de 2020 a maio de 2021, período durante o qual seus amigos acompanharam seu martírio pelo Facebook.
Criou
uma editora, a Rumo Editorial, onde publicava livros de autores amadores por
encomenda dos mesmos. Escreveu em 2020: "No momento atual em que
atravessamos uma pandemia, onde o mundo inteiro está sob a terrível ameaça do
novo corona vírus, batizado de Covid 19, minha situação não é diferente da tua.
Estou apreensivo pelo futuro que nos espera - isso se sobrevivermos".
Marcos
foi internado no dia 09 de maio de 2020, mas não pela Covid e sim por causa da
ELA. Comunicou-se pelo Facebook até novembro de 2020. A partir daí silenciou,
morrendo em maio de 2021.
Talvez
antevendo o futuro, ao atingir, no final de 2016 a marca de 55 livros com
textos de sua autoria, resolveu agrupar todos os seus escritos numa série de
volumes, organizando sua própria produção literária dos últimos 27 anos
reunida, incluindo também alguns volumes com textos inéditos devidamente
preservados em suas gavetas desde seu tempo de estudante de jornalismo
"apenas para que tudo fique bem guardado no tempo". A sua obra foi
reunida em 5 volumes. Volume 1: "Para bem existir" (2017); Volume 2:
"Pipas no caminho" (2018)", Volume 3; "Janela aberta"
(2019); Volume 4: "Cabeça de cachorro" (2020); Volume 5: "Razão
e emoção" (2021). O conto "Cabeça de cachorro" que dá título ao
volume 4, publicado em março de 2013, foi vencedor do Prêmio Flerts Nebó
(2011-2012). Encontra-se à venda no site da Amazon o livro Natal estragado,
publicado em 2016 por Rumo Editorial, editora do escritor.
SÁVIO DRUMMOND
NOME COMPLETO DO PATRONO: Hermógenes Sávio de Carvalho Drummond
NOME
LITERÁRIO: Sávio Drummond
Sávio Drummond |
DATA DE NASCIMENTO:1951
DATA
DE FALECIMENTO: 2014
NÚMERO
DA CADEIRA NA AIP: 23
FUNDADOR: Andréa Abdala
NOME
DO ACADÊMICO ATUAL: Andréa Abdala
VIDA E OBRADO PATRONO
Sávio
Drummond, baiano, médico, possui um belo acervo de contos, poesia e poetrix,
além de uma habilidade para desenhar. Como desenhista criou caricaturas de
amigos e capas dos livros de diversos escritores do Grupo Cultural Pórtico.
Tratava-se de uma alma liberta, por isso não demorou muito neste plano. Após
seu falecimento prematuro, Goulart descreveu sobre o poeta: Passeava do
trágico ao cômico, do lírico ao popular, com muita leveza e propriedade.
Fui
presenteada com um extenso arquivo contendo contos escritos por Sávio, alguns
datados de 1995, outros de 2011 e 2012, neles procuro traçar linhas de sua
personalidade, estilo, gostos e desgosto.
Sávio
habitou num tempo onde a postagem de fotos e selfies
não eram tão comuns como nos dias de hoje. A única foto que temos do poeta
ainda é desfocada, escondendo pouco de seu rosto, porém delineando o corpo que
servia de abrigo para uma alma brilhante, visível nos textos deixados por ele. Sendo
assim, eu o apresento em alguns poemas:
FADA
Corre fada, sara meu mal de
amor.
Vem em teus passos de vento assanhar o meu leito,
acalmar meu peito, calar pra sempre esta dor.
Expulsa os fantasmas eternos das muitas noites sem
fim.
Ama-me intensamente ou simplesmente, finges que
sim.
Esse é um poema com acentuado
estilo romântico da Segunda Geração em que o poeta explora as emoções
exacerbadas e a subjetividade, nele representados pela invocação de uma fada,
ser místico, de seus sonhos e da sua imaginação, deixando para trás o que supõe
ser uma perversa, talvez, crua, realidade material, de sentimentos idealizados.
Por meio do poema o eu lírico faz um pedido a um ser imaginário, ao qual se
atribui poderes mágicos, a fim de lhe aplacar as dores causadas pela perda de
um amor intenso, que ainda povoa seus pensamentos e o faz sofrer.