NOME COMPLETO: Guilherme
de Andrade e Almeida
NOME LITERÁRIO: Guilherme
de Almeida
Guilherme de Almeida |
DATA DE FALECIMENTO: 11/07/1969
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 19
FUNDADOR: Regina Lyra
NOME DO ACADÊMICO ATUAL: Bianca Ribeiro Reis
Linha do tempo
Poeta, jornalista, tradutor, advogado, crítico de cinema e ensaísta, Guilherme de Andrade e Almeida nasceu em Campinas (SP) no dia 24 de julho de 1890. Filho de Estevam de Almeida, jurista e professor de direito, e de Angelina de Andrade, se formou em direito em 1912.
Atuou como promotor público em Apiaí e em Mogi-Mirim
durante um breve período e em 1914 retornou à capital paulista para trabalhar no
escritório de advocacia do pai até 1923, quando passou a se dedicar prioritariamente
à atividade de escritor, iniciada alguns anos antes.
As
peças “Mon Coeur Balance” e “Leur Âme”, escritas em parceria com Oswald de
Andrade, foram a estreia de Guilherme de Almeida na literatura, no ano de 1916.
Guilherme de Almeida ingressou no jornalismo
literário, trabalhando como redator do jornal O Estado de São Paulo e do Diário
de São Paulo. Foi diretor da Folha da Manhã e da Folha da Noite.
O poeta casou-se em 1923 com Belkis (Baby) Barroso do Amaral, com quem teve um filho - Guy
Sérgio Haroldo Estevão Zózimo Barroso de Almeida - e passou a residir no Rio de
Janeiro. Em 1925, regressou a São Paulo e voltou a trabalhar no Jornal O Estado
de São Paulo, onde passou a fazer crítica cinematográfica e crônica social.
Faleceu no dia 11 de julho de 1969 e encontra-se
sepultado no Mausoléu do Soldado Constitucionalista de 1932, no parque do
Ibirapuera (SP).
Poesia
Sua estreia na poesia ocorreu em 1917 com a publicação do livro “Nós”, composto apenas de sonetos. Os livros publicados até 1922, de inspiração romântica, o colocaram entre os maiores líricos brasileiros.
A essência de sua poesia era o ritmo “no sentir, no
pensar, no dizer”. Dominou amplamente os processos rímicos, rítmicos e verbais,
bem como o verso livre, explorando os recursos da língua, a onomatopeia, as
assonâncias e aliterações.
Manuel Bandeira assinalou que Guilherme era “il
miglior fabbro” (o melhor artesão) da poesia
brasileira – designação de Ezra Pound aos escritores cuja produção era tecida
pelo artifício e pelo empenho.