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14 de abr. de 2024

ARMANDO LEAL


NOME COMPLETO: Desconhecido

NOME LITERÁRIO: Armando Leal

FOTO: não encontrada

DATA DE NASCIMENTO: desconhecida

ANO DE FALECIMENTO: Outubro de 2004

NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 16

FUNDADOR: Martinho Branco

ACADÊMICA ATUAL: Martinho Branco



Armando Leal foi um poetrixta do início do movimento Poetrix, quando ainda não existiam os recursos das redes sociais de hoje e as poucas ferramentas de comunicação virtual disponíveis do Brasil eram o e-mail e uma plataforma de gerenciamento de listas de associados chamada YahooGroups.


Armando Leal era de Portugal e permaneceu conosco por pouco tempo, de 2001 até 2004. Não chegamos a conhecê-lo pessoalmente. Assim como aconteceu com outros poetrixtas do início do - Movimento Internacional Poetrix que partiram precocemente, não registramos seu nome completo, fotografia nem seus dados pessoais. Por esse motivo, nossas buscas na internet para obter mais informações, não foram bem-sucedidas. Se alguém tiver mais informações sobre ele, por gentileza encaminhar para a AIP - Academia Internacional Poetrix, para complementarmos a biografia.

O que temos sobre Armando Leal é um belo e sensível texto escrito pelo acadêmico português Martinho Branco, publicado na Antologia Poetrix 6 em 2019, o qual transcrevo fielmente abaixo.


HOMENAGEM À ARMANDO LEAL – Por Martinho Branco



Para quem conviveu, ainda que virtualmente, através da sua escrita poética, de Setembro de dois mil e um a Outubro de dois mil e quatro, guarda na lembrança, certamente, o olhar atento, lúcido e dinâmico, patente nas escritas do poeta e poetrixta Armando Leal. Quando ele nos deixou… Pedi silêncio, porque tinha partido um poeta e um bom amigo.

Escrevi num poetrix, na altura, algumas palavras sentidas de homenagem ao Armando…



Os poetas fazem a diferença

Questionam
Futuram a vida
Despertam silêncios



É com profunda tristeza [emoção] e grande saudade que sentimos a ausência de um Amigo [Leal] tão verdadeiro. O Armando partiu demasiado cedo, em dois mil e quatro, e nunca [Nunca] nos encontrámos no mundo real. É curioso, em Portugal moramos todos perto uns dos outros [o país é tão pequeno], mas tão distantes, cada um de cada um.


Assim, perdemos boas oportunidades de nos encontrarmos, de aprofundarmos amizades e de criarmos novos horizontes na construção da arte poética. No entanto, no grupo Poetrix [MIP], através da net, existia uma boa afinidade poética.

Chegámos a fazer parceria em vários Duplix [poetrix duplo construído por dois autores].

Vejamos um dos seus Poetrix, talvez o menos conhecido, como se fosse uma pintura ou uma breve impressão feita de palavras:


ÀS AVESSAS

há em mim um pirilampo
e um fundo de cores:
escrevo ao contrário e sem luz [A.Leal]



Na realidade, o nosso poeta Leal gostava do tema pintura… em mais uma mistura pictórica de vocábulos, através do surreal, numa homenagem ao pintor da Catalunha, façamos com os sentidos bem despertos uma viagem introspectiva pelas sombras das palavras, à descoberta das horas perdidas…



À Salvador Dali

relógios dobrados pela cintura
pesquisam o tempo
ao longe caem horas dos ponteiros [A. Leal].


Escrever também é esculpir ideias, modelar palavras, dar sentido aos sonhos, desbravando caminhos novos pelos trilhos, ruas, travessas, becos ou avenidas do poema. Tantas vezes sentimo-nos à deriva e refugiamo-nos ou não…



Fútil
sinto-me vazio e escrevo.
as letras parecem pedras
e doem-me os gestos. [A. Leal].



No grupo Poetrix [MIP], este foi considerado e votado como um dos “Melhores Poetrix de 2003”.

Mas o poeta, apesar de desanimado, seja qual for a sua razão, não desiste e da fraqueza gera novas energias…


Adjectivando

Talvez ainda haja versos e céu
e vozes dentro do cérebro.
Amanhã invento mais substantivos. [A. Leal].



Por vezes, quando olhamos para o mundo que nos rodeia, por distração nossa ou outras razões, apenas conseguimos distinguir certas cores, mas se tivermos um olhar um pouco mais atento, talvez consigamos descobrir que no mundo há sempre mais algumas cores e que todas são, igualmente, importantes e necessárias na vida de todos nós…



Aquarela


degrau a degrau
desmonto a paisagem
- redescubro outras cores [A. Leal]



Um bom exemplo da sua forma de ser, de estar e de fazer, num dos momentos de pousio, em que a produção escrita esteve um pouco arredada do grupo Poetrix, em Março de dois mil e quatro, escreveu o nosso amigo A[r]mando…



Então, vamos que vamos? Nada escrito, depois da nossa querida Aila ter assumido de novo a condução da lista? Quando fui director, nos idos anos 80, duma revista do Centro Cultural e esportivo da empresa onde trabalhava escrevi um editorial em que dizia: Transformar tempo em espaço escrito é, desde há muitos séculos, a atitude mais criadora do Homem. Frequentemente diz-se: Não há tempo. E passa-se o tempo à espera que o tempo passe. Acho que é o que se está passando com a nossa lista. Se todos os associados escrevessem de 2 em 2 ou de 3 em 3 dias, mesmo que seja fraquinho, atrás virão outros Poetrix de maior qualidade. Não fiquem a olhar o tempo... a ver se chove ou se faz sol. Abraços. A.Leal”


Lembro-me de, num e-mail enviado para o grupo, ter escrito este parecer...

Grande Armando, subscrevo as tuas palavras. Abaixo a ociosidade! Mas, atenção, os poetas não preguiçam, voam, viajam… “E viva a Poesia!”


A mensagem do poeta Leal foi lida e, provavelmente, seguida por todos os que amam a escrita poetrix, porque o MIP [Movimento Internacional Poetrix] e o Poetrix sobreviveram a todos os momentos menos fáceis e, passados vinte anos [1999-2019], cá estamos nós a comemorar o abandono da adolescência poetrix, com edição da 6.ª Antologia Internacional Poetrix.


É verdade, não nos esqueçamos que o nosso saudoso amigo e poeta [pela qualidade das suas palavras, pelo trato e pelo ritmo das suas ideias com futuro] é um nome a não esquecer.


Por tudo isto, poetrixta Armando Leal, estejas onde estiveres no mundo virtual [real?] do além vida ou em outro espaço qualquer, uma certeza eu tenho: o Poetrix estará sempre contigo.

Até sempre, Amigo!


Autor: Martinho Branco

Fonte: Antologia 6 – Poetrix 20 anos, Rumo Editorial, 2019




9 de mar. de 2022

Poetrix de Martinho Branco

[Do Passado] Por Erros Nossos

Tantos sonhos de súbito apagados
...Reduzidos a pojo e cinzas...
[em vala comum inumados]

Martinho Branco
Antologia 7 [R]EXISTIR

6 de jul. de 2021

Poetrix, de Martinho Branco

Criança
(parafraseando Fernando Pessoa)


O melhor do mundo
fomos nós!
Agora, equivocamo-nos.

Martinho Branco

14 de jun. de 2021

Multiplix

RELÓGIO DE SOL // RELÓGIO DE LUA // HORAS DE AMIZADE E ALQUIMIA // TEMPOS DE CÉU

O tempo escorre // Ilumina // como areia // Comunhão do Ser,
entre os dedos // o que escorre // em transmutação // Refletindo o céu
da vida // em meus mares // para ouro em pó. // Valor de viver... eternidades


(Martinho Branco) // (Eliana Mora) // (Judith de Souza) // (Marcelo Marques)

7 de abr. de 2021

Poetrix de Martinho Branco

Rua dos Lusíadas
[Lisboa]


Numa tarde molhada,
os pombos debicam versos de Camões,
nas pedras da calçada…

(Martinho Branco)

5 de abr. de 2021

HOMENAGEM À ARMANDO LEAL, por Martinho Branco

ARMANDO LEAL - por Martinho Branco

Fonte: Antologia 6  MIP - Editora Rumo Editorial, 2019

Para quem conviveu, ainda que virtualmente, através da sua escrita poética, de Setembro de dois mil e um a Outubro de dois mil e quatro, guarda na lembrança, certamente, o olhar atento, lúcido e dinâmico, patente nas escritas do poeta e poetrixta Armando Leal. Quando ele nos deixou… Pedi silêncio, porque tinha partido um poeta e um bom amigo.
Escrevi num poetrix, na altura, algumas palavras sentidas de homenagem
ao Armando…

Os poetas fazem a diferença

Questionam
Futuram a vida
Despertam silêncios *

É com profunda tristeza [emoção] e grande saudade que sentimos a ausência de um Amigo [Leal] tão verdadeiro. O Armando partiu demasiado cedo, em dois mil e quatro, e nunca [Nunca] nos encontrámos no mundo real. É curioso, em Portugal moramos todos perto uns dos outros [o país é tão pequeno], mas tão distantes, cada um de cada um.

30 de mar. de 2021

Discurso de posse de Martinho Branco - Cadeira 16

  

Caríssimos amigos, poetas, poetrixtas, sonhadores, semeadores de palavras e confrades da grande família Poetrix, o mar nos separa e o Poetrix nos une numa profunda e virtual/real amizade.

Grato a todos pelo convite que me endereçaram e por me acolherem como membro da Academia Internacional Poetrix.

Viagem no tempo.

Estávamos no ano de 2001, três ou quatro dias depois do tristemente horroroso e célebre 11 de Setembro. Andava eu a navegar ao sabor do vento pelo universo da rede de comunicação internética, em demanda de novos autores e novas formas de escrita poética. Eis quando, ao virar de uma página virtual, me surgiu uma palavra tremendamente misteriosa… Poetrix!

POETRIX? - Interroguei-me, parafraseando Augusto Gil, no poema “Balada da neve”…

- Será bicho, “será gente”? / Inútil “não será certamente”… (a continuar…)

Patrono: Armando Leal (Portugal) - Os poetas fazem a diferença.

Para quem conviveu, ainda que virtualmente, através da sua escrita poética, de Setembro de dois mil e um a Outubro de dois mil e quatro, guarda na lembrança, certamente, o olhar atento, lúcido e dinâmico, patente nas escritas do poeta e poetrixta Armando Leal.

Quando ele nos deixou… Pedi silêncio, porque tinha partido um poeta e um bom amigo. Escrevi num poetrix, na altura, algumas palavras sentidas de homenagem ao Armando…


Os poetas fazem a diferença


Questionam

Futuram a vida

Despertam silêncios


É com profunda tristeza [emoção] e grande saudade que sentimos a ausência de um Amigo [Leal] tão verdadeiro. O Armando partiu demasiado cedo, em dois mil e quatro, e nunca [Nunca] nos encontrámos no mundo real.



29 de mar. de 2021

Biografia de Martinho Branco

Martinho Branco

CADEIRA 16
PATRONO: Armando Leal
FUNDADOR:  Martinho Branco
ATUAL:  Martinho Branco
DATA DE INGRESSO: 5 de julho de 2020


Martinho Branco nasceu no Ribatejo, em Riachos (concelho de Torres Novas – Portugal), a 5/06/1956. Reside na cidade do Entroncamento (distrito de Santarém). 

Professor do Agrupamento de Escolas de Golegã, Azinhaga e Pombalinho, a lecionar na Escola Básica da Zona Verde, Entroncamento (no Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento). 

Foi radialista durante 25 anos na Rádio Bonfim (Chamusca - Almeirim), realizando e apresentando o programa de rádio “Palavras e Música” (Prémio Saber+ da ANEFA, 1999). Esteve na fundação do jornal “O Riachense”, do grupo de teatro GRUTAR, da Tuna Académica da Escola de Adultos da Chamusca e dos Tun(a)ntes. 

Faz parte do Movimento Internacional Poetrix desde 2001.

Com trabalhos premiados nas últimas décadas em vários concursos literários, na área da poesia lírica, visual e poetrix. 

Participou em 24 antologias de Poesia (Brasil, Timor e Portugal). Livros de poesia premiados: "A Barca das Gaivotas" (2º lugar no Prémio Literarius 2003), “Nas Terras do Sempre” (Menção Honrosa no Prémio Literário Afonso Lopes Vieira 2004) e “O homem que tirava retratos” (Prémio Literário do Médio Tejo, na categoria de Poesia, em 2018).