Mostrando postagens com marcador Dirce Carneiro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dirce Carneiro. Mostrar todas as postagens

13 de abr. de 2025

Duplix Marília Tavernard e Dirce Carneiro


 MINHA  ROTINA // NO LAR

Poesia na manhã chuvosa // Seguem as horas líquidas 
No bule, café perfumado // Memórias afetivas acordam 
A pressa pode esperar //  Na parede, um relógio surdo

Marília Tavernard // Dirce Carneiro

10 de abr. de 2025

Poetrix de Dirce Carneiro


REVELAÇÃO

Um sábado atípico 
Chá de bebê na família
Heitor bate à porta do mundo


NO LAR

Seguem as horas líquidas 
Memórias afetivas acordam
Cenas de casa, retratos na parede

 
BENDITA ROTINA

Adormeço e renasço 
Milagre é ver o sol de novo
O dia segue apressado

Dirce Carneiro

1 de abr. de 2025

Duplix de Maria Correia e Dirce Carneiro


 CARTA PARA MEU JOVEM EU  // RECONTO 

Silêncios diluídos em letras // Meus espantos cravo
Entrelinhas que pesam no peito // São metáforas de mim
Sorvo meus cacos, respiro // Sublimo em prosa e verso

Maria Correia //  Dirce Carneiro

28 de mar. de 2025

Poetrix de Dirce Carneiro


NATALÍCIO

Sou de março
Peixe fora do aquário
Celebro Áries que luta


SINFONIA
 
Águas de março na vidraça 
Chove e chama chamego
Cheiro de terra...chá 


MARCIANOS

Celebro os nascidos em março 
Povo que sonha, joga aos deuses
Lição é fazer acontecer

Dirce Carneiro

25 de fev. de 2025

Duplix de Andréa Abdala e Dirce Carneiro



ATÉ ONDE OS OLHOS ALCANÇAM // SER PODEROSO


Asas revelam o voo // Anúncio de plenitude
Revisto-me de auroras // Banho-me de amanheceres
O sol agradece brilhando // No meu céu é festa


Andréa Abdala // Dirce Carneiro


SER PODEROSO // ATÉ ONDE OS OLHOS ALCANÇAM 

 Anúncio de plenitude // Asas revelam o voo
 Banho-me de amanheceres // Revisto-me de auroras 
 No meu céu é festa // O sol agradece brilhando

Dirce Carneiro // Andréa Abdala

------------------------------------------

O Duplix acima, como observou o acadêmico Pedro Cardoso, pode ser invertido que os Poetrix dialogam perfeitamente. Esta inversão está prevista na orientação sobre o Duplix.

Notem que o Poetrix matriz aparece na segunda posição e o Poetrix inspirado ou secundário aparece primeiro.

Dirce Carneiro 

12 de fev. de 2025

Duplix de José de Castro e Dirce Carneiro


OUTRAS ÁGUAS // MESMA FONTE


Um dia, fui rio // no leito, veios ainda brilham

Hoje, palavras me navegam // deixo-me inundar

Sou poesia // deságuo em poema


José de Castro // Dirce Carneiro

20 de jan. de 2025

Poetrix de Dirce Carneiro


OURO DE FERNANDA

Olhamos o alto de Torres
Contemplamos a Arte
É cinema, a tela da vez



AQUI-PRESENTE!

Olho passado 
Esperançava futuro 
Sempre foi agora



À SOMBRA DOS PEQUIZEIROS
 
Janeiro é recomeço 
Criança veio à luz
Vida sob signo de pequi

Dirce Carneiro

15 de dez. de 2024

Poetrix de Dirce Carneiro



FRESCA MANHÃ

Abro a janela
Vento estapeia face
Mimo do dia: acorda!


FESTA DE TERROR

Dezembro começa bruto
Guardas não guardam, matam...
Farda faz fato fardo


DATA REVERSA

Logo vem o bom velhinho
Vestiremos capinha de feliz
Em tantas casas, velam


NATAL

Feliz é casa cheia
Paz temporária
O mundo em trégua



Dirce Carneiro

23 de nov. de 2024

Poetrix de Dirce Carneiro



NOVEMBRO

Prenuncia o novo
Dá sugestão: lembro
Quase devir, logo o passado


VIAS

Caminhos percorridos
Artérias e veias pulsam
Aqui fora, louvo a vida


BANCO ABERTO

Sou da noite
O silêncio dos boletos inspira
Poesia não dorme


FRACTAIS

Eu, tu, ele
Espelhos de nós
Cacos dispersos


Dirce Carneiro

16 de out. de 2024

Poetrix de Dirce Carneiro


SENTIDOS PLENOS

Experimento da cegueira 
Venda nos olhos, noite eterna
Ver é tateio, além do olhar


AMIGAS DO PEITO

Mulheres se tocam
Uma chama a outra
Corrente da vida


NA URNA

Gota a gota, o voto cai
A vontade se materializa
O povo decreta o futuro


WESTERN

Consolida-se o vale tudo
O faroeste é tupiniquim
Justiça elástica 


DJ, AUMENTA O SOM

Há espaço para canções 
Toco em frente, ainda bem
Se duvidar, tango
 
Dirce Carneiro

4 de set. de 2024

Poetrix de Dirce Carneiro



TRAGÉDIA 

Asas congeladas
Nave perde o voo
Vidas-cinzas-vento


 LEVEZA
(Queda de avião em Vinhedo)

Sr. Luiz [quintal de pouso triste]
Delicadeza no caos e dor
Flores, vela,  chocolate


 O HOMEM DO BAU

Morreu contrariando o sábado
Legado de risos vazios
Mais faria não fosse o lucro

Dirce Carneiro

6 de ago. de 2024

Poetrix de Dirce Carneiro


BATUTA

Maestro encerra o som
O encanto veste as faces
Clap, clap, clap, clap


CORRENTES IMATERIAIS

Liberdade se vive
Há prisões internas
Gente amarrada ao pé da mesa


HISTORIAS COSTURADAS

Um menino nasce da Virgem
Missão-resgate de humanos
Didática caverna de Platão 


QUANDO A FELICIDADE BATE

Dim-dom, tum-tum-tum
A face cora, ganha tom
Abre-se a porta, timbum!
 
Dirce Carneiro

25 de jun. de 2024

Poetrix de Dirce Carneiro


 FALTA COMBINAR COM O CORAÇÃO 

Namorar, noivar, casar
Comandos da era analógica 
Agora é tudo  dígito-virtual



 NOVA ORDEM SENTIMENTAL 

Namorado...o que é isso?
Fora de moda, ficante é da hora
Bobeou a fila anda


NÃO INVENTARAM DOR MODERNA

Brinco com os modismos
Coração aqui bate à antiga
Ainda dói amor que acaba


 STATUS

Ele sol, eu lua
Paralelas no tempo
Quem sabe em outra vida...


Dirce Carneiro

20 de abr. de 2024

Poetrix de Dirce Carneiro

 

GABIB

(Série Romances)

Nacib quer casar
Gabriela só quer amar
Melhor ficar no tempero baiano

Dirce Carneiro



SINOS

(Série Romances)

Vozes da chama
Quem mata se morre
Mary-Jordan são respiros

Dirce Carneiro



SHAN_ARYUMAND

(Série Romances)

Coroa de saudade
Motivo de amor e dor
Taj Mahal, lágrima-arte

Dirce Carneiro

27 de mar. de 2024

ELIANA MORA

 NOME COMPLETO DA PATRONA: ELIANA MORA

NOME LITERÁRIO: ELIANA MORA

Eliana Mora


DATA DE NASCIMENTO: 22/12/1948

DATA DE FALECIMENTO: sem registro

NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 26


FUNDADOR: DIRCE CARNEIRO


NOME DO ACADÊMICO ATUAL: DIRCE CARNEIRO



VIDA E OBRA

 

Eliana Mora foi muito discreta. Não há muitos detalhes sobre sua vida. Ela foi jornalista, filha de russa e polaco, professora universitária, poeta, especialista na Arte de Dizer, integrou o Movimento Internacional Poetrix - MIP, tendo participado de Antologias do grupo. Seus blogs, seus textos, são de uma beleza de dar saltos e sustos. Espantos diante do belo. É pura Arte, em imagens, letras, obras primas, nas quais ela se inspira.

Na 1ª edição da Antologia Poetrix, de 2002, ela fez uma autobiografia, em que declara que

é adotada pelo Rio de Janeiro. Capricorniana, de 22 de dezembro de 1948, filha de russa e polaco, imigrantes judeus. Seu pai escreveu e musicou muitos poemas. Dizia que ser poeta “é uma coisa que já nasce com a gente”.

A gracinha de menina foi “levada” aos cinco anos a frequentar o Curso  Olavo Bilac “A Arte de Dizer”, pela mãe [“ela tem tanto jeito”].

Como a futura “diva” não sabia ler, decorava as poesias que a mãe lia para ela. E recebeu seu diploma aos 17 anos. É jornalista e tem dois homens [filhos, gente!]

Vez por outra ministra palestras e cursos de interpretação de texto poético.

Seu primeiro livro parece que agora...sai!

No seu Blog, Líriodeserto – como se um lírio nascesse no deserto. No deserto de mim, está escrito, em quem sou eu:

“….no meio do caminho, sudeste, Brasil. Uma mulher que amanheceu a vida com Poesia. E com ela segue pelos entardeceres.”

Do Rio de Janeiro, filha de imigrantes, seu pai dizia que “ser poeta é uma coisa que nasce com a gente”

Eu concordo, tenho sempre dito que ser poeta está no DNA.

 

Exemplo nos poemas a seguir:

 

NÃO EXISTE FÓRMULA

 

...e o som divino a me rondar

talvez para apenas

me mostrar

 

levas de sonho

em acordes flamejantes

a compor a avenida

do poema

 

e eu não sei como explicar

esse simples

teorema

 

tão lindo

intenso

[e subliminar]

 

(Eliana Mora, 05/02/2017)

 

15 de mar. de 2024

Duplix - Joaquim Dolz e Dirce Carneiro



IMAGINÁRIO SOCIAL // FARSAS DE VIVER




ilusão e simulacro // mundos defensivos

presente instransponível // busca de brechas salvíficas

radicalidade creativa necessária // teatro da sobrevivência




Ximo Dolz // Dirce Carneiro

11 de jan. de 2024

Poetrix de Dirce Carneiro


RÉVEILLON

Fresta no tempo
Só uma ampulheta
Fonte das promessas


PORTA ABERTA, DUAS VIAS

Tchau querido, gratidão
Entra futuro, te espero
Sinestesias da meia noite


DESEJOS

Quero as cores do artista
Quero a intenção de Picasso
Jardim de Monet, Paz em Guernica


O SOM DO NOVO

Já ouço a canção
Foi explosão, agora suave
Silêncio...om...om...om

Dirce Carneiro