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16 de fev. de 2025

24 de jan. de 2025

23 de dez. de 2024

Poetrix de Diana Pilatti






CLARO


abre-se a fresta da noite
Vésper surge
só a palavra cintila


VERSOS AMOROSOS


toque lento
leveza e cura fazem poesia na pele
beijo passiflora


Diana Pilatti

1 de dez. de 2024

Poetrix de Diana Pilatti



PERFUME

o olho da noite me espreita
abro minhas janelas
teu cheiro – frescor de estrelas



 ILUSÕES

bordei você
sonho no godê da noite
ponto-estrela



CARONA

perto do muro alto − espanto
cemitério e silêncio à meia-noite
− mulher de branco


Diana P.

30 de out. de 2024

Poetrix de Diana Pilatti



MEMÓRIAS INVENTADAS


o dia já adormeceu
gargalhadas correm pela casa
é cedo para dormir

Diana Pilatti.


OFÍCIO

palavra estilhaço
junto meus cacos
poema mosaico


Diana Pilatti.


PIMENTINHA

traquinagens diárias
as crianças crescem
a vida arde


Diana Pilatti.

16 de set. de 2024

Poetrix de Diana Pilatti



EXPIAÇÃO


ver-te calado
crime e castigo diário
– olho mágico


CELESTE


cobre-me a noite escura
no céu, pontos cintilantes
sonho entre as estrelas


MATINAL


sol entre cortinas
a luz oscilante atravessa a sala
aroma de café


Diana P.

3 de mai. de 2024

Poetrix Temáticos - Ditadura Nunca Mais

DITADURA NUNCA MAIS!

Poetrix Temáticos
AIP
Curadoria de Diana Pilatti 
Cadeira 10


Foto: Arquivo Nacional. Instagram
https://www.instagram.com/p/C5LYifxOVFC/?img_index=5.



DITADURA... NEVER MORE

Corvos no poder
Tropicália nas ruas
cultura venceu os tanques

Cleusa Piovesan


HISTÓRIA QUE NÃO PODE FICAR NO PORÃO

Resistência à opressão
"apesar de você" veio a liberdade
os ratos abandonaram a nau

Cleusa Piovesan


NÃO FALEI DAS FLORES?

Brotaram sem água, no DIP
houve cantos e vozes de denúncia
livres... "sem lenço, sem documento"

Cleusa Piovesan


12 DE MAIO DE 1967

Nasci em lua cheia... de revolta
governo ditatorial cresceu comigo
nunca brincamos juntos

Cleusa Piovesan


PURGATÓRIO

alarde o estampido
outra vida perdida
o Ceifeiro veste farda

Diana P


CALE-SE

volto os olhos ao tempo
triste efeméride
silêncio e o vinho tinto de sangue

Diana P


AMANHECEU

Apesar de tudo, é hoje
O amanhã chegou
Liberdade conquistada

Dirce Carneiro


LIBERTÁRIOS

Correntes nunca mais
Mesmo presos, fomos livres
Preito aos que se foram

Dirce Carneiro


VIDAS ROUBADAS

Choro a Educação
Alunos espiões
Jovens violentados

Dirce Carneiro


ELES NOS DAVAM VOZES

Canções do tempo ecoam
Em códigos passam no censor
Milton canta na Travessia

Dirce Carneiro


A ÚLTIMA QUE MORRE

nos calabouços, aquele fio
segue distraído funâmbulo
plateia incrédula

Lilian Maial


O PREÇO

uns nascem para pagar
os que recebem não sabem
uma vida por outras vidas

Lilian Maial


DIA DA MENTIRA

me disseram que eu era livre
naqueles tempos eu era livre
hoje eu sou livre

Lilian Maial


PÁTRIA AMADA

as noites eram longas demais
os gritos ainda ecoam nos porões
um filho teu não foge à luta

Lilian Maial


DITADURA JAMAIS

Basta usufruir o melhor
Liberdade e progresso atuais
Paz abriu as asas sobre nós

Marcelo Marques


FORÇA VENCIDA

Fim da opressão
País livre, leve e feliz
Liberdade a ser desfrutada

Marcelo Marques


CAMISA DE FORÇA

Sentimentos reprimidos
Prisões emocionais
Ditaduras (re)voltam

Marilda Confortin


PRIMAVERAS FALIDAS

Canhões não cospem flores
Balas com mil dentes voam
Mortes repousam eternidades.

Valéria Pisauro


8 DE JANEIRO DE 2024

Golpe segue assombrando
Retorno do cadáver insepulto
Brasil das desigualdades.

Valéria Pisauro


SEM REMISSÃO

Exílio da existência
Resistência não finda
Cicatriz eterna.

Valéria Pisauro


MUTILAÇÃO

Vestido funerário ao vento
Viúvas entre o talvez e o se
Vorazes poesias incompletas.

Valéria Pisauro


Dita_dura

açoitaram os meus olhos
minha mente foi apagada
Réquiem para Matraga


Pedro Cardoso


PORÕES SOM_BRIOS

asas cortadas
prenderem o sorriso
araras voam livres

Claudio Trindade


A DITA REALIDADE

Palavras algemadas
Corações trancafiados
Ratos de broche e fardas

Andréa Abdala


HINO NACIONAL

Silenciaram a canção
Musicalidade atropelada
Cassetetes em dor maior

Andréa Abdala


GORILAS EM MEIA QUATRO

Entreguismo e covardia.
Trevas ao pacato povo.
Cassação da liberdade.

Oswaldo Martins


NUNCA MAIS DITADURA

Sai de cena o inferno
purgatório é sala de espera
democracia promete paraíso

Cleusa Piovesan


O DISFARCE

Opressão em cena
Tablado do descaso
Teatro de sessenta e quatro

Andréa Abdala


QUANDO A HISTÓRIA NÃO ENSINA

defender a tirania
mente torpe ou vazia
nostalgia da estupidez

Sandra Boveto


GOLPE CIVIL-MILITAR

Grande mancha em verde oliva.
Generais, vermes… - traíras!
Criminosos não punidos.

Oswaldo Martins


PÁRIAS NA PÁTRIA

Que hino, que bandeira?
Tristes cidadãos sem chão
Fazer a hora, imperativo

Dirce Carneiro


QUEM SOUBE FEZ A HORA BEM!…

Persistentemente, sim!
Sem esperar o porvir.
Democracia foi salva!

Oswaldo Martins


CENSURA NUNCA MAIS...

sob sombras de medo vivi
memórias choram tempos duros
esperança brota, liberdade

Luciene Avanzini


POBRES ARARAS

meia quatro arrepia
carrascos contra democracia
Poetrix para sempre

Claudio Trindade


GOLPE AOS DIREITOS

crimes hediondos
impunidade militar
inocentes enjaulados

Claudio Trindade


IDEIAS ACORRENTADAS

memórias escondidas
pensar engavetado
censura jamais

Claudio Trindade


DEFENDER O BOM FUTURO

Caminhar por senda reta.
Combater qualquer golpismo…
Persistência democrática.

Oswaldo Martins


23 de abr. de 2024

DENISE SEVERGNINI

 

NOME COMPLETO DO PATRONO: Denise de Souza Severgnini

NOME LITERÁRIO: Denise Severgnini

Denise Severgnini

 

DATA DE NASCIMENTO: 19 de março de 1959

DATA DE FALECIMENTO: 09 de janeiro de 2013

NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 10

FUNDADOR: Diana Pilatti

NOME DO ACADÊMICO ATUAL: Diana Pilatti

 

VIDA E OBRA

Denise Severgnini nasceu em Porto Alegre, mas morava em Lomba Grande, zona rural de Novo Hamburgo na companhia das suas duas gatas de olhos azuis como os dela, por quem era apaixonada. Casada com Márcio Prass, não tinha filhos. Graduada em Biologia pela UFRGS, foi professora da Rede Municipal de ensino de Novo Hamburgo, lecionando as disciplinas de Ciências, Artes e Matemática, ensino religioso e Inglês. Desde pequena gostava de escrever. Em 1983 participou de duas coletâneas: Festa na Janela e Cacos de Luar. Por mais de 20 anos ficou afastada dos escritos poéticos só retomando em 2004 quando começou a publicar poemas no site da Notívaga Noturna. A partir de então começou a publicar poemas em site próprio (http//denisesevergnini.multiply.com) ou em sites de outros poetas virtuais.

Faleceu no dia 9 de janeiro de 2013, aos 53 anos, devido à parada cardio-respiratória, deixando a poesia lusófona mais pobre e centenas de poetas e amigos, chocados e chorosos, desdobrando-se em poemas, mensagens e homenagens a querida amiga das letras. Escrevia em quase todos os estilos, desde a literatura infantil, diversas formas de poema, até ao erótico, sendo brilhante em todos. Tem textos publicados em vários sites, entre eles Recanto das Letras, Jornal Raiz Online, Poetas e Escritores do Amor e da Paz e Poesia Retrô.

Denise Severgnini por Diana Pilatti, “saudosa poeta gaúcha, que nos deixou no dia 9 de janeiro de 2013, aos 53 anos. Também professora, sua escrita audaz transita por vários gêneros, da prosa ao poema, da literatura infantil à erótica – cujos textos estão disponíveis em diversos sites especializados em publicações literárias e também em seu site pessoal na internet. Curiosa e apaixonada pela inovação, explorava a palavra em todas as suas possibilidades. Dela guardo um duplix, escrito em 2008, sobre o outono e seus encantos”

 

25 de jan. de 2024

Poetrix de Diana Pilatti

 
VELEIRO

Sereia solitária. 
Céu: Vitrais de incertezas.
-Sou passageira.

   Diana Pilatti


 LIMÍTROFE

caminho pelo mundo
todas as mulheres que fui sorriem
abismo mágico 

   Diana Pilatti

18 de dez. de 2023

Poetrix Natalino por Pedro Cardoso e Diana Pilatti




Natal

hoje é um dia atravessado
muitos risos... um pote de lágrimas
uma mão castiga a outra


Pedro Cardoso



navidad

brilha a abóbada celeste
passado: três reis magos
presente: faço um pedido

diana p

24 de ago. de 2023

Poetrix Temático - Sinestesia



Poetrix Temático - "Sinestesia"

Curadoria: Acadêmica Diana Pilatti







DOMINGO

maio ainda cheio de verão
o suor lambe a pele
você, meu beijo de hortelã

Diana Pilatti


NAMORO

caminhada noturna
falar dos sonhos vindouros
teu riso, perfume luminoso

Diana Pilatti


AO FATO COLORIDO

Cheiro de vermelho intenso
Jato jorrado pela primeira vez
Agora, Mulher!

Ronaldo Ribeiro Jacobina


BIOMA

É da terra o canto do tuiuiu
Sente-se na pele olhar do jacaré
Esgarça a garça em voo longevo

Dirce Carneiro


SENSORIAL

ouço cores
degusto silêncios de anil
melancólico cinza amortalha-me

José de Castro


NUANCES

teu perfume em mim se cala
tange-me teu olhar castanho
sinto-te inteira em azul

José de Castro


ENREDOS

tua pele macia me aranha
delicadas teias, táteis caminhos
seda plena fazes em mim

José de Castro


PREGNÂNCIA

Balé na chuva
corpo-duna em coreografia
spot no monte de vênus

Dirce Carneiro


PINGOS E RESPINGOS

Amor, sabor de fruta
Paixão, cheiro de flor
Dor, cheiro e sabor de espinhos

Ronaldo Ribeiro Jacobina


SOBRETONS

a tátil visão do mundo
o ruidoso paladar da vida
um cheiro de sinto muito

Francisco José


SUSPIRO

caminho até o beiral da campina
seu perfume verde cânfora
liberdade vem ao me encontro

Diana Pilatti


NA FLORESTA

Cigarras cantam
Pingos das árvores brilham
Cheiro de umidade

Marilia Tavernard


NOITES DE AMOR

Tateio teu sabor
Gotejam meus olhares
Assisto meu fim

Andréa Abdala


ÁGUAS NOTURNAS

Ausência de movimento jaz espelho
Lago sente suas águas ao luar
Flash, instante eterno

Lorenzo


PARTO CELESTIAL

Estrelas perfuram o infinito
O âmnio da noite rega-me
Brotam poemas em mim

Marilda Confortin


DELÍRIO SENIL

Sonho com cheiros de infância
Pão de forno aquece meus pés
Ouço a neve sobre meus cabelos

Marilda Confortin


LUXÚRIA

Mãos descobrem atalhos
Olhos traduzem desejos
Línguas trocam de céu

Marilda Confortin


MORTE DO CISNE

Asas flanam, braços ondeiam
ainda um sopro de vida
último suspiro, cai...

Dirce Carneiro


MANIA DE RÓTULO

Sexo é vulcão, amor é plantação
Amor é tempero, sexo é o cozido
Sexo é ato, amor é olfato

Dirce Carneiro


GUSTUS VITAE*

o dia tem gosto de sonho
a noite tem cheiro de solidão 
viver é acre-doce 

Lilian Maial 
*gosto de vida, em latim 



ODOREM*

adoro teus odores 
decoro cheiros, sabores e cores
paixão recende a pecado

Lilian Maial 
*cheiro, em latim 


VISIO*

ver teu corpo é frenesi
ascende fragrância de desejo
te devoro pelos olhos

Lilian Maial 
*visão, em latim


MELODIAM*

o vento propaga a voz dos pássaros 
sinfonia magnífica 
acordo entre acordes 

Lilian Maial 
*som, em latim


CONFIDENTES

ouvidos discretos
escutam segredos
ouvem o silêncio

Angela Bretas 


ACABOU A SESTA

Pausa cessada
Sol a pino indigesto
Calha um chapéu de palha

Angela Bretas 


ALQUIMIA SILENCIOSA

Ferveu o silêncio
Congelou o tempo
Hora do chá 

Angela Bretas 


FLORA DE CONTROLE

Pirilampos no olhar
Borboletas na barriga
FaUnática sensação ...

Angela Bretas

19 de ago. de 2023

Coluna Literária - O Outro Domingo por José de Castro

 

outro domingo

perdi a noção do tempo
é noite nos meus olhos
chove tua ausência


diana pilatti



Conheço a poeta Diana Pilatti há bastante tempo, desde o Recanto das Letras, nos anos de 2010 mais ou menos. Desde então, vimos cultivando uma amizade significativa, principalmente em relação à troca de experiências na escrita de Poetrix e também em relação à administração de grupos de produção nesse gênero minimalista. Participamos da criação do grupo Ciranda Poetrix e, agora, administramos o grupo Selo Poetrix, com a parceria também da acadêmica Dirce Carneiro. Além disso, vimos organizando, em conjunto, algumas mostras de poemas mínimos. (https://4mostrapoetrix.blogspot.com/)

A escrita de Diana Pilatti é singular e instigante da nossa imaginação. Seus poetrix sempre trazem figuras de linguagem e inquietações que deixam um campo aberto à viagem do nosso pensamento. Isso pode ser observado na poética contida em livros que já publicou até o momento, sejam de haicais, versos livres ou poetrix. A mesma sagacidade observa-se em seus grafitrix (https://www.academiapoetrix.org/2022/06/grafitrix-de-diana-pilatti.html) quando seus versos são enriquecidos por imagens, e até mesmo em videotrix, quando ela acrescenta movimento e som às imagens. 

Nesse poetrix “Outro domingo”, a poeta

1 de ago. de 2023