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30 de mar. de 2024

Poetrix em dupla - Marilda Confortin e Cleusa Piovesan



PAIXÃO CRIMINALIZADA 


Tanto quis, tanto fez
Pregou amor, paz, união
Foi condenado à cruz... Jesus!


Marilda Confortin — às vésperas do aniversário de morte de Cristo



OUTROS CRISTOS


Nazareno revolucionário pereceu
flechas no peito e espinhos na alma
legou-nos cruz como herança


Cleusa Piovesan


11 de mar. de 2024

TÊ SOARES

 NOME COMPLETO: Terezinha P. S. Sayago Soares

NOME LITERÁRIO: Tê Soares

Tê Soares


DATA DE NASCIMENTO: 15/11/1952, em São Paulo/SP

DATA DE FALECIMENTO: 23/04/2023, em Brasília/DF

NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 27

FUNDADOR: Cleusa Piovesan

NOME DO ACADÊMICO ATUAL: Cleusa Piovesan

 

VIDA E OBRA

 

Apresentação

Para resgatarmos uma memória, individual ou coletiva, vamos falar de Tê Soares? Quem é essa poetrixta, cuja presença no universo do Poetrix se tornou tão importante, e foi para outro plano de existência tão cedo? Tê Soares possuía Graduação em Letras e em Pedagogia, na Universidade do Distrito Federal (UDF), atuou como professora e coordenadora pedagógica, no Centro Educacional Leonardo da Vinci, em Brasília.  E também era corretora das provas do ENEM.

A relevância de escrever esta biografia é fazer o resgate do legado de uma poeta, que sobrevive à dualidade tempo e espaço, porque sua obra perpassa o tempo e ocupa um novo espaço, o espaço da memória, que resgata pessoas e fatos, edita-os, atualiza-os, e, assim, recriam-se, por meio da intertextualidade, novos olhares sobre os registros históricos, numa realidade ultra e interdimensional, que só a poesia pode explicar.

Na primeira pesquisa, já me deparei com uma frase que me chamou a atenção, com a qual minhas ideias também coadunam ... é maravilhoso ter intimidade suficiente com as palavras para brincar com elas, além de ser pura arte...[1]. E houve outras conexões com o fazer poético  de Tê Soares que me instigaram a pesquisar seus escritos.

Na mensagem de despedida de Pedro Cardoso a Tê Soares, há um Poetrix dela que, mais tarde, percebi, como se conectava comigo, numa sintonia poética, além da realidade concreta. Este poema – 1º Lugar nos I Jogos Florais “Palavras e Música”, Chamusca – Portugal – me conecta a Tê:

 

FUGAZ[2]

 

Cama desarrumada,

liberdade para as borboletas

estampadas nos lençóis...

 

Falar de ter Soares não é fácil, pois ela tinha uma vida muito reservada e seus Poetrix estão espalhados apenas em arquivos avulsos, aos quais apenas seus amigos da literatura têm acesso, sendo difícil falar expor a amplitude de sua poesia. Talvez as palavras de Clarice Lispector expliquem o eu poético de Tê Soares, quando diz de si "O que escrevo agora não é para ninguém: é diretamente para o próprio escrever, esse escrever consome o escrever. Este meu livro da noite me nutre de melodia cantabile. O que escrevo é autonomamente real[3]”. O que me resta é fazer um trabalho meticuloso para que nada se perca e consiga registrar quão grande é o legado de Tê Soares, na composição do Poetrix, uma vez que ela também despertou minha veia poética, e compus um Poetrix em homenagem a ela, registrando um encontro entre almas sensíveis, perpassando os limites do tempo e da realidade:

 

PESQUISA POÉTICA

 

Uma mulher à sombra das imagens

outra mulher com candeeiro na alma

ambas iluminadas pela poesia

 

30 de jan. de 2024

Duplix - Pedro Cardoso e Cleusa Piovesan

DUPLIX 


FOTO Pedro Cardoso  //  AMOR PLATÔNICO Cleusa Piovesan




beijo colado na boca - menina // Ideal de felicidade

lábios de mel - Flor de Lis // desabrocham (des)ilusões

garota presa na moldura // sonho em pinceladas de Münch



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28 de jan. de 2024

PROJETO POETRIX 2024









O projeto Poesia nossa de todo dia visa incentivar a leitura e a escrita de textos poéticos por meio de uma prática diária: a escrita do Poetrix, gênero poético minimalista, criado por Goulart Gomes, em 1999, sendo um gênero praticado, com assiduidade, pela Academia Internacional Poetrix (AIP) e pela Confraria Ciranda Poetrix, duas instituições comprometidas em fomentar as produções poéticas contemporâneas.

Neste ano de 2024, as atividades de leitura e produção de Poetrix serão aplicadas com os 9o Anos, de Ensino Fundamental II e 1o Ano, de Ensino Médio, que já possuem um conhecimento básico sobre a linguagem dos textos literários e sobre alguns recursos: figuras de linguagem, ambiguidade e intertextualidade, trabalhados em anos anteriores. A biblioteca da escola possui algumas obras sobre o Poetrix, que serão levadas à sala de aula para que os alunos conheçam o gênero e observem sua estrutura.

O direcionamento das produções terá como base as Diretrizes para a escrita de um bom Poetrix da AIP. Cada aluno receberá uma agenda personalizada com o nome do projeto, e a proposta é que eles escrevam um Poetrix por dia, até nos dias em que não terei aulas com a turma. Eles escreverão no caderno, antes de transcreverem para a agenda, porque o trabalho com escrita precisa de tempo de escrita, de revisão, e de avaliação, para que contemple o que o texto literário exige e siga as regras de composição do gênero poético Poetrix.

Em fevereiro, será ministrada uma oficina sobre a composição do Poetrix, via plataforma Meet, que contará com a distribuição de um xérox das Diretrizes Poetrix a cada aluno, e com o apoio de alguns integrantes da AIP e da Confraria Ciranda Poetrix, para que os alunos conheçam os poetrixtas que já se dedicam a tempo na composição e possam dar instruções mis claras e dicas relevantes.

Cleusa Piovesan 
Cadeira 27


17 de jan. de 2024

Poetrix de Cleusa Piovesan



MAIS DO QUE BEIJOS

Encontro labial erótico
seiva que escorre quente
flor a desabrochar

Cleusa Piovesan


EU... FALO

Foco no falo
falência mental
fale-me de amor

Cleusa Piovesan


BOCA A BOCA

Línguas se atrapalham
desejos salivam
oh, pecado da gula

Cleusa Piovesan


AMOR PLATÔNICO

Universo que a imaginação cria
sugestão de prazeres
vida real o mata

Cleusa Piovesan

7 de jan. de 2024

Discurso de Posse de Cleusa Piovesan


Boa noite a todos e a todas!


Saúdo, primeiramente, à Diretoria em vigência: Presidente: Andréa Abdala; Vice-presidente: Pedro Cardoso; Tesoureiro: Francisco José Torres; Diretoria de Comunicação e Secretaria-Geral: Marília Tavernard; Diretoria de Cultura e Evento: Goulart Gomes, também criador do poetrix, essa pérola da Literatura Contemporânea, e aos demais acadêmicos da Academia Internacional Poetrix!


... é maravilhoso ter intimidade suficiente com as palavras para brincar com elas, além de ser pura arte...

(Tê Soares)



QUEM É TÊ SOARES?


Terezinha P.S. Sayago Soares, Tê Soares) – Nasceu em São Paulo/SP, em 15/11/1952, mudou para Brasília/DF em 1978, e faleceu em 23/04/2023, em Brasília. Graduada em Letras e Pedagogia na Universidade do Distrito Federal (UDF), atuou como professora e coordenadora pedagógica, no Centro Educacional Leonardo da Vinci, em Brasília. Ela também era corretora das provas do ENEM. Tê Soares teve dois filhos: Mariana e Rodrigo, que lhe deram três netos.




FUGAZ (TÊ SOARES)

Cama desarrumada,
liberdade para as borboletas
estampadas nos lençóis...



Tê Soares é co-criadora do Duplix, com Pedro Cardoso. Pelo contato virtual que o Movimento Internacional Poetrix - MIP Academia Internacional Poetrix proporcionou a seus autores, a interação poética foi possível e Pedro Cardoso e Tê Soares começaram, como disse Tê “a trocar poetrix e a perceber que havia uma grande sintonia na compreensão dos conteúdos e nas ideias. Um dia, Pedro encaminhou um poetrix e a Tê não resistiu. Para mexer com ele e sair brincando com as palavras, criou e juntou um poetrix e pronto! Era um autêntico Duplix!”, e assim, o poetrix foi tomando novas formas, ampliando-se para o Triplix e para o Multiplix. A contribuição de Tê Soares no MIP é digna de louvor e admiração. Eis o primeiro Duplix, de autoria de Pedro Cardoso // Tê Soares:


EU e EU

Menino carente // menina contente
feito pinto no lixo // feito quem brinca de cochicho
rega a vida, enganando a boca // negando a dor, veemente e louca



QUEM SOU EU?


Cleusa Piovesan – Doutoranda em Letras; Mestra em Letras, com graduação em Letras – Português/Inglês e em Pedagogia; Especialista em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, e em Língua e Literatura; pesquisadora das relações de gênero; escritora e poetisa; organizadora de três livros com alunos, e 13 obras publicadas, de autoria própria. Tem participação em mais de 60 antologias e coletâneas; acadêmica do Centro de Letras do Paraná; integrante do Centro de Letras de Francisco Beltrão/PR; acadêmica da Academia Brasileira de Letras e Artes Minimalistas – ABLAM); integrante da Confraria Ciranda Poetrix; e da Associação Brasileira de Poetas Spinaístas; Acadêmica Correspondente da Academia Literária Internacional – ALPAS 21.


Comecei a escrever na década de 1980, mas deixei meus escritos amadurecendo em gavetas, caixas, papéis avulsos jogados nos armários e estantes até a iniciativa de publicar um livro com os alunos. Na empolgação, publiquei três livros de autoria própria no mesmo ano de 2016: um de poemas; um em prosa, de contos e crônicas; e outro de causos populares, reunindo tudo o que havia escrito em mais de 30 anos. Não parei mais. Comecei a publicar em antologias, a participar de concursos, tendo algumas premiações e, não fosse por falta de dinheiro, e pelo pouco retorno financeiro com a venda dos livros e o deficiente hábito de leitura da população brasileira, mais obras sairiam dos arquivos de Word para a edição.

Posso dizer que sou uma experimentalista da literatura e a literatura contemporânea me permite transitar por vários gêneros poéticos, já conhecidos, e alguns novos, de modo que minha inquietação com a funcionalidade da linguagem e suas formas de expressão me atraem e vou em busca de aprender cada vez mais como degustar essa “sopa de letrinhas”.

Escrever me dá a liberdade de ser um pássaro sem asas que voa na imaginação e recolhe migalhas de histórias (reais ou imaginárias) com a força do pensamento, para além da realidade vivida, permitindo que a força das palavras desvele quem realmente sou. Registro meu mundo e o de outrem, sem compromisso com a verdade, apenas com a alteridade, afinal, “o poeta é um fingidor...”.  

BIOGRAFIA DE CLEUSA PIOVESAN - CADEIRA 27



CADEIRA: 27

PATRONO: Tê Soares

MEMBRO ATUAL: Cleusa Piovesan

DATA DE INGRESSO: 09 de dezembro de 2023



Cleusa Piovesan é Doutoranda em Letras; Mestra em Letras, Graduada em Letras - Português/Inglês e em Pedagogia; especialista em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e em Literatura; professora da rede pública do Estado do Paraná; é articulista, pesquisadora das relações de gênero; poetisa experimentalista; organizadora de três livros com alunos, e 13 obras de autoria própria; tem participação em mais de 60 antologias.

É Associada do Centro de Letras do Paraná, acadêmica e Diretora de Biblioteca da Academia Brasileira de Letras e Artes Minimalistas (ABLAM), integrante do Centro de Letras de Francisco Beltrão (CLFB); integrante da Associação Brasileira de Poetas Spinaístas; Acadêmica Correspondente da Academia Literária Internacional – ALPAS 21. Também divulga sua obra em jornais da região Sudoeste do Paraná: uma coluna semanal, “Arte & Manhas da Poesia”, no Jornal Novo Tempo; publicações na coluna semanal Via Poiesis, no Jornal Opinião e publicações mensais no Jornal Folha do Sudoeste, além de publicações constantes no Recanto das Letras, na Revista Barbante e na Revista Artes do Multiverso.

15 de dez. de 2023

Poetrix Natalino de Cleusa Piovesan




NATAL REEDITADO 

Reluzem pisca-piscas
humanidade nas trevas
esperança adormecida

Cleusa Piovesan


FRATERNIDADE 

Um Natal de utopia
pão na mesa do irmão
Jesus entre os convivas

Cleusa Piovesan


CADÊ O ESPÍRITO? 

Reunião natalina moderna
abraços mornos
quentes só as discussões

Cleusa Piovesan


CEIA DOS EXCLUÍDOS 

O_culto... "Bate sino, pequenino..."
há sons de barrigas roncando
Natal é ter filhos alimentados

Cleusa Piovesan