A primeira coisa que preciso saber para começar a escrever é o tema, visto que, na Confraria Ciranda Poetrix, trabalhamos na forma de cirandas. Feita a abertura pelo Guardiã (ão) do tema a ser abordado, meu processo criativo começa a tomar forma a partir da imagem criada pelos meus sentidos.
Faço um poemeto procurando lançar mão de figuras de linguagem com a ideia central, em seguida vou trabalhando os versos para que possam cumprir as normas exigidas para que possamos escrever um bom poetrix. Fico remoendo por dias, troco versos, modifico o título, até sentir que consegui o efeito desejado.
Não gosto de utilizar o título como um verso a mais, pois é o chamariz do poema. Depois de teoricamente finalizado, verifico se não ultrapassou as trinta sílabas métricas, tem rima ou fatiamento para que eu possa retirar, de forma a não empobrecer o poetrix. Em seguida, procuro um elemento surpresa e se consegui introduzir o “não dito” .
Estando tudo dentro das normas, diretrizes, exigidas para um bom poetrix, leio em voz alta para sentir a sonoridade, o ritmo e poesia. Torno a analisar se a mensagem que quero transmitir está compreensível, principalmente porque amo a concisão e dizer muito com poucas palavras é um grande desafio.
Depois dessa gestação ele nasce para a vida.