Mostrando postagens com marcador Marilda Confortin. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Marilda Confortin. Mostrar todas as postagens

13 de abr. de 2025

Poetrix de Marilda Confortin


COMERCIAIS INÚTEIS

Imperdível! Tô fora
Viral! Sou vacinada 
De graça! Nem a divina é 

Marilda Confortin

27 de mar. de 2025

Poetrix de Marilda Confortin



SAZONALIDADE

Borboletas dormem no estômago
Flores sofrem no estio
Chorar é um jeito de regar


PÉROLAS NOTURNAS

Nasce lua cheia no quintal
Serenatam pianos e sapos
Corujas e eu, piamos

Marilda Confortin

24 de fev. de 2025

Poetrix de Marilda Confortin


Por hora, aurora...


Ainda vejo cores no jardim
Brilham aves e netos
Meus olhos adiam o ocaso



 Valores em colisão

Linda fantasia, falei
O garoto embrabou
Sou lobo, rosnou



Marilda Confortin

12 de jan. de 2025

Poetrix de Marilda Confortin



Ermitão


Afefóbico de nascença
Sem raízes nem laços
Solidão por sentença



Balanço anual


Nossas contas são irReais
Saiu mais do que entrou
Faltou-nos algo... ritmo



Marilda Confortin


10 de dez. de 2024

12 de nov. de 2024

11 de out. de 2024

Poetrix de Marilda Confortin


 ANTHERO SEM GAIVOTA 

Céu azul, sede insana
Nem um til na imensidao 
Só há mar em mim

Marilda Confortin

 (em homenagem ao eterno poetrixta português, Anthero Monteiro. Sempre que ocorre um dia sem nuvens, eu o leio, no céu)

18 de set. de 2024

Poetrix de Marilda Confortin





Finitude relativa


Ainda vejo o brilho de estrelas mortas
No meu céu cintilas
Vida, tênue bolha de sabão




Viagem no tempo


Lembrança do passado
Tudo está como deixamos
Sonho não sabe que é sonho


Marilda Confortin

24 de jul. de 2024

Poetrix de Marilda Confortin


PICUINHAS

bateria por um triz
sem energia
poupo-me


DIVÓRCIO NO JARDIM

Tapete geado na grama
O cravo briga com a rosa
Camélia é a nova dama

Marilda Confortin

27 de jun. de 2024

Poetrix de Marilda Confortin



As quatro linhas do Poetrix


Título, três versos solos
Sem gosto, sem surpresa
Dieta radical faz mal



12 de junho


Comi um namorado
Gosto de mar e dendê
Moqueca, eu e você


Marilda Confortin

26 de jun. de 2024

Poetrix em dobro - Marilda Confortin e Lílian Maial



Na morada


Mi casa es tu casa
Reparto prato e quarto
O corpo me pertence

Marilda Confortin



Má Morada

mi casa és su casa
mi cuerpo es mi cuerpo es mi cuerpo
só entre quando convidado

Lílian Maial

11 de jun. de 2024

14 de abr. de 2024

MANOEL DE BARROS

 

NOME COMPLETO DO PATRONO: Manoel Wenceslau Leite de Barros

NOME LITERÁRIO: Manoel de Barros

Manoel de Barros

 

DATA  DE NASCIMENTO: 19 de dezembro de 1916.

DATA DE FALECIMENTO: 13 de novembro de 2014

NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 02

FUNDADOR: Aila Magalhães

ACADÊMICA ATUAL: Aila Magalhães

 

VIDA E OBRA DO PATRONO

 

[...] "Quisera ter conhecido Manoel de Barros e perdido passos ao seu lado pelas margens de um rio. Imagino quantos descoisamentos ele poderia ter me revelado. Na impossibilidade desse desejo, faço-o cúmplice de meus descompletares:


O apanhador de desperdícios

 

Uso a palavra para compor meus silêncios.

Não gosto das palavras fatigadas de informar.

Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão

tipo água pedra sapo (Manoel de Barros).

 

Descobrir Manoel de Barros foi assombroso, foi como olhar dentro de mim.

Quando o leio, é como se estivesse lendo algo escrito para mim, sinto-me encontrando um amigo de velhos tempos. 

Não poderia escolher um Patrono que não ele.” –Trecho do discurso da Acadêmica AilaMagalhães, titular da cadeira 2 da Academia Internacional Poetrix.

 

 ---

Manoel de Barros nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, no dia 19 de dezembro de 1916. Filho de João Venceslau Barros e de Alice Pompeu Leite de Barros. Passou a infância em fazenda da família localizadas no Pantanal.

Foi naqueles ambientes primitivos, em contato pleno com a natureza, que Manoel de Barros cresceu e começou a inventar palavras como se elas não existissem, como se fossem lagartas que ele criava, mimava e alimentava para um dia transformá-las em borboletas.

Já na adolescência, no colégio interno na cidade de Campo Grande, onde estudou, o menino pantaneiro identificou-se com a escrita de Padre Antônio Vieira e com sua rebeldia nata chocou os professores, dizendo que, para ele, a frase era mais importante que a fé.

Eu não gostava de refletir, de filosofar; mas os desvios linguísticos, os volteios sintáticos, os erros praticados para enfeitar frases, os coices na gramática dados por Camilo, Vieira, Camões, Bernardes - me empolgavam. Ah, eu prestava era praquilo! Eu queria era aprender a desobedecer na escrita (Manoel de Barros).

10 de abr. de 2024

HELENA KOLODY

 

NOME COMPLETO DA PATRONA: Helena Kolody

NOME LITERÁRIO: Helena Kolody

Helena Kolody



DATA DE NASCIMENTO:  12/10/1912

DATA DE FALECIMENTO:15/02/2004

NÚMERO DA CADEIRA NA AIP:  08

FUNDADOR:  Gilvânia Machado

ACADÊMICA ATUAL:  Gilvânia Machado

 

VIDA E OBRA DA PATRONA

 

        Helena Kolody nasceu em Cruz Machado, PR. Filha de imigrantes ucranianos, morou em várias cidades do Paraná antes de se mudar para Curitiba, em 1927 onde estudou no Instituto de Educação e formou-se como Normalista. 


        “Nasci professora e sempre amei ser professora! A poesia foi um canteiro de flores que nasceu à beira do meu caminho do magistério” - Gravação do programa “Memória Paranaense”, em 1998, com Helena Kolody

 

Quando criança, Helena gostava de ouvir seu pai declamar poemas de Tarás Chevtchenko, poeta ucraniano e depois tirar sua mãe para dançar valsa a redor da mesa de jantar.  

A infância bucólica cercada pelo afeto da família, parentes e amigos e a longa jornada como professora foi um fator que influenciou muito sua escrita.

Paulo Leminski, seu fiel amigo e incentivador, dizia que a poesia de Helena lembrava a poesia de Mario Quintana: a mesma leveza, simplicidade, pureza e santidade. Inclusive, quando do céu de Curitiba estava muito azul, Leminski costumava dizer que eram os olhos da santa Helena abençoando todos nós.

“Eu tive o privilégio de conhecer e conviver um tempinho (insuficiente) com a professora poeta Helena. Além de nos encontrarmos nas visitas de escritores que as escolas municipais promoviam, também participávamos de alguns almoços aos domingos no CCI, em eventos literários promovidos pelo Centro de Letras, Academia Paranaense de Letras e outros grupos de poesia, cuja participação mais esperada era a da Helena.  E ela aparecia, sempre impecável, com seu cabelo branco arrumado, baton, rouge, colar de pérolas, sorriso e olhar iluminados e nos últimos tempos, com sua bengalinha de apoio e o braço amigo de sua irmã, guardiã da obra de Helena”. Marilda Confortin

30 de mar. de 2024

Poetrix em dupla - Marilda Confortin e Cleusa Piovesan



PAIXÃO CRIMINALIZADA 


Tanto quis, tanto fez
Pregou amor, paz, união
Foi condenado à cruz... Jesus!


Marilda Confortin — às vésperas do aniversário de morte de Cristo



OUTROS CRISTOS


Nazareno revolucionário pereceu
flechas no peito e espinhos na alma
legou-nos cruz como herança


Cleusa Piovesan


1 de mar. de 2024

MARIO QUINTANA



NOME COMPLETO: MARIO DE MIRANDA QUINTANA

NOME LITERÁRIO: MARIO QUINTANA

Mario Quintana - foto: Dulce Helfer


DATA DE NASCIMENTO: 30/07/1906
DATA DE FALECIMENTO: 05/05/1994
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 14
FUNDADORA: Marilda Confortin
ACADÊMICO ATUAL: Marilda Confortin


VIDA E OBRA

 

Mario Quintana, sem acento no nome nem na ABL, nasceu prematuramente em Alegrete, RS, cidade que em 1968 homenageou-o com uma placa de bronze na praça. Por achar que poderia ser um equívoco, ele próprio ou qualquer outra pessoa, querer eternizar um poema seu, convenceu as autoridades a gravarem na placa apenas uma frase irônica de sua autoria: “Um engano em bronze é um engano eterno”

Terceiro filho do farmacêutico Celso de Oliveira Quintana e de Virgínia de Miranda Quintana e neto de médicos. O pai lia poemas em voz alta nos serões e a mãe, educada no Uruguai, também, mas preferia poemas em língua espanhola.

Quintana aprendeu a ler aos seis anos de idade, soletrando as manchetes do Correio do Povo, jornal onde futuramente seria contratado como colunista da página de Cultura. E já na tenra idade, teve noções de francês e espanhol. 

A LUTA

Quando eu era pequenino
Atirava rimas ao poema como ossos a um cãozinho…
Eu cresci. Ele cresceu.
Agora… Quem é ele e quem sou eu, que não mais nos conhecemos?
Quando, agora, a sós ficamos, nous hurlons de nous trouver ensemble:
Quase que nos devoramos…
Mas vem a aurora apagadora de lampiões
E vem, pé ante pé, a hora burguesa e triste do café
(Pelas encostas do tempo soluçam rimas de outrora…)
E fica tudo para o próximo
Round!

(Mario Quintana, Antologia poética)

 

Na adolescência, Quintana vai morar em Porto Alegre e é matriculado no Colégio Militar, cuja qualidade de ensino, lá pelos idos de 1920, era considerada a mais exigente e refinada. Mas, o futuro poeta só se interessava por português, história e francês e, por isso, foi reprovado nas demais disciplinas.

18 de fev. de 2024

Poetrix de Marilda Confortin

 
PARINDO OS DIAS

Podo, quebro, mudo.
Vezes flores, outras não.
Gesto vagos amanhãs.

Marilda Confortin

27 de jan. de 2024

Poetrix de Marilda Confortin



Até que Demo nos u(r)na

Alianças de arame farpado
Emendas cerzidas à saliva
Casamento de aparência

Marilda Confortin

-.-.-.

ENDEREÇO

Contorne meus lábios
Siga minha língua
Bem-vindo ao céu

Marilda Confortin

-.-.-.

TODAY I SING THE BLUES

Vivo no presente
Ouço o passado
Alexa, toque Aretha

Marilda Confortin


11 de dez. de 2023

Poetrix Natalino de Marilda Confortin






Simbologias

Um bebê, pais presentes
Cerúleo manto protetor
Presépios emocionam


Nascimento de Jesus

Crédulos comemoram
Descrentes ignoram
Fanáticos se matam


Yehoshua, Iesous, Jesus

De Nazaré, Palestina, Israel
Seja quem e de onde for
Por favor, chega de guerra!


Brindemos

Papai Noel não é real
Mesmo assim tim-tim
Feliz Natal ! 🥂


Marilda Confortin