13 de abr. de 2025
Poetrix de Marilda Confortin
27 de mar. de 2025
Poetrix de Marilda Confortin
24 de fev. de 2025
Poetrix de Marilda Confortin
12 de jan. de 2025
Poetrix de Marilda Confortin
10 de dez. de 2024
Poetrix de Marilda Confortin
12 de nov. de 2024
Poetrix de Marilda Confortin
11 de out. de 2024
Poetrix de Marilda Confortin
18 de set. de 2024
Poetrix de Marilda Confortin
24 de jul. de 2024
Poetrix de Marilda Confortin
27 de jun. de 2024
Poetrix de Marilda Confortin
26 de jun. de 2024
Poetrix em dobro - Marilda Confortin e Lílian Maial
11 de jun. de 2024
14 de abr. de 2024
MANOEL DE BARROS
NOME COMPLETO DO PATRONO: Manoel Wenceslau Leite de Barros
NOME LITERÁRIO: Manoel de Barros
![]() |
Manoel de Barros |
DATA DE NASCIMENTO: 19 de dezembro de 1916.
DATA DE FALECIMENTO: 13 de novembro de 2014
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 02
FUNDADOR: Aila
Magalhães
ACADÊMICA ATUAL: Aila
Magalhães
VIDA E OBRA DO PATRONO
[...] "Quisera ter conhecido Manoel de Barros
e perdido passos ao seu lado pelas margens de um rio. Imagino quantos
descoisamentos ele poderia ter me revelado. Na impossibilidade desse desejo,
faço-o cúmplice de meus descompletares:
O
apanhador de desperdícios
Uso a palavra para compor meus
silêncios.
Não gosto das palavras fatigadas de
informar.
Dou mais respeito às que vivem de
barriga no chão
tipo água pedra sapo (Manoel de Barros).
Descobrir Manoel de Barros foi assombroso,
foi como olhar dentro de mim.
Quando o leio, é como se estivesse lendo algo escrito para mim, sinto-me encontrando um amigo de velhos tempos.
Não poderia
escolher um Patrono que não ele.” –Trecho do discurso da Acadêmica AilaMagalhães, titular da cadeira 2 da Academia Internacional Poetrix.
Manoel de Barros nasceu em Cuiabá, Mato
Grosso, no dia 19 de dezembro de 1916. Filho de João Venceslau Barros e de
Alice Pompeu Leite de Barros. Passou a infância em fazenda da família
localizadas no Pantanal.
Foi naqueles ambientes primitivos, em contato
pleno com a natureza, que Manoel de Barros cresceu e começou a inventar
palavras como se elas não existissem, como se fossem lagartas que ele criava,
mimava e alimentava para um dia transformá-las em borboletas.
Já na adolescência, no colégio interno na cidade de Campo Grande, onde estudou, o menino pantaneiro identificou-se com a escrita de Padre Antônio Vieira e com sua rebeldia nata chocou os professores, dizendo que, para ele, a frase era mais importante que a fé.
Eu não gostava de refletir, de filosofar; mas os desvios linguísticos,
os volteios sintáticos, os erros praticados para enfeitar frases, os coices na
gramática dados por Camilo, Vieira, Camões, Bernardes - me empolgavam. Ah, eu
prestava era praquilo! Eu queria era aprender a desobedecer na escrita (Manoel
de Barros).
10 de abr. de 2024
HELENA KOLODY
NOME
COMPLETO DA PATRONA: Helena Kolody
NOME
LITERÁRIO: Helena Kolody
![]() |
Helena Kolody |
DATA DE FALECIMENTO:15/02/2004
NÚMERO DA
CADEIRA NA AIP: 08
FUNDADOR: Gilvânia
Machado
ACADÊMICA
ATUAL: Gilvânia Machado
VIDA E OBRA
DA PATRONA
Helena Kolody nasceu em Cruz Machado, PR.
Filha de imigrantes ucranianos, morou em várias cidades do Paraná antes de se
mudar para Curitiba, em 1927 onde estudou no Instituto de Educação e formou-se
como Normalista.
“Nasci professora e sempre amei ser professora! A poesia foi um canteiro de flores que nasceu à beira do meu caminho do magistério” - Gravação do programa “Memória Paranaense”, em 1998, com Helena Kolody
Quando criança, Helena gostava de ouvir seu
pai declamar poemas de Tarás Chevtchenko, poeta ucraniano e depois tirar sua
mãe para dançar valsa a redor da mesa de jantar.
A infância bucólica cercada pelo afeto da
família, parentes e amigos e a longa jornada como professora foi um fator que
influenciou muito sua escrita.
Paulo Leminski, seu fiel amigo e incentivador,
dizia que a poesia de Helena lembrava a poesia de Mario Quintana: a mesma
leveza, simplicidade, pureza e santidade. Inclusive, quando do céu de Curitiba
estava muito azul, Leminski costumava dizer que eram os olhos da santa Helena
abençoando todos nós.
“Eu tive o privilégio de conhecer e conviver
um tempinho (insuficiente) com a professora poeta Helena. Além de nos
encontrarmos nas visitas de escritores que as escolas municipais promoviam,
também participávamos de alguns almoços aos domingos no CCI, em eventos
literários promovidos pelo Centro de Letras, Academia Paranaense de Letras e
outros grupos de poesia, cuja participação mais esperada era a da Helena. E ela aparecia, sempre impecável, com seu
cabelo branco arrumado, baton, rouge, colar de pérolas, sorriso e olhar iluminados
e nos últimos tempos, com sua bengalinha de apoio e o braço amigo de sua irmã,
guardiã da obra de Helena”. Marilda Confortin
30 de mar. de 2024
Poetrix em dupla - Marilda Confortin e Cleusa Piovesan
27 de mar. de 2024
1 de mar. de 2024
MARIO QUINTANA
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Mario Quintana - foto: Dulce Helfer |
VIDA E OBRA
Mario Quintana, sem acento no nome nem na ABL, nasceu prematuramente em
Alegrete, RS, cidade que em 1968 homenageou-o com uma placa de bronze na praça.
Por achar que poderia ser um equívoco, ele próprio ou qualquer outra pessoa,
querer eternizar um poema seu, convenceu as autoridades a gravarem na placa
apenas uma frase irônica de sua autoria: “Um engano em bronze é um engano
eterno”
Terceiro filho do farmacêutico Celso de Oliveira Quintana e de Virgínia
de Miranda Quintana e neto de médicos. O pai lia poemas em voz alta nos serões
e a mãe, educada no Uruguai, também, mas preferia poemas em língua espanhola.
Quintana aprendeu a ler aos seis anos de idade, soletrando as manchetes do Correio do Povo, jornal onde futuramente seria contratado como colunista da página de Cultura. E já na tenra idade, teve noções de francês e espanhol.
A LUTAQuando eu era pequenino
Atirava rimas ao poema como ossos a um cãozinho…
Eu cresci. Ele cresceu.
Agora… Quem é ele e quem sou eu, que não mais nos conhecemos?
Quando, agora, a sós ficamos, nous hurlons de nous trouver ensemble:
Quase que nos devoramos…
Mas vem a aurora apagadora de lampiões
E vem, pé ante pé, a hora burguesa e triste do café
(Pelas encostas do tempo soluçam rimas de outrora…)
E fica tudo para o próximo
Round!
Na adolescência, Quintana vai morar em Porto Alegre e é matriculado no
Colégio Militar, cuja qualidade de ensino, lá pelos idos de 1920, era
considerada a mais exigente e refinada. Mas, o futuro poeta só se interessava
por português, história e francês e, por isso, foi reprovado nas demais
disciplinas.