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11 de set. de 2025

Poetrix de Marilda Confortin


 PRESENTE

A convicção foi extinta
Hoje tudo é "suposto"
Só a ficção é real


FUTURO

Muito se, pouca fé 
Abundam senãos 
Amanhã é hipótese 

Marilda Confortin

28 de jul. de 2025

Grafitrix de Marilda Confortin




                                               Foto e edição da própria autora

1 de jul. de 2025

Poetrix de Marilda Confortin


CORRUPTOS

São crustáceos decápodes
Comem seres pútridos
Melhor isca para robalo e traíra


INSANA INSÔNIA

Cafeína me dá pesadelo
Bombas, tung tung sahur 
Maledetto cappuccino assassino

Marilda Confortin

1 de jun. de 2025

26 de mai. de 2025

Poetrix de Marilda Confortin


 QUIETUDES

Harmonia requer silêncios
Pausas entre notas musicais
Poesia brota em vãos

Marilda Confortin

13 de abr. de 2025

Poetrix de Marilda Confortin


COMERCIAIS INÚTEIS

Imperdível! Tô fora
Viral! Sou vacinada 
De graça! Nem a divina é 

Marilda Confortin

27 de mar. de 2025

Poetrix de Marilda Confortin



SAZONALIDADE

Borboletas dormem no estômago
Flores sofrem no estio
Chorar é um jeito de regar


PÉROLAS NOTURNAS

Nasce lua cheia no quintal
Serenatam pianos e sapos
Corujas e eu, piamos

Marilda Confortin

24 de fev. de 2025

Poetrix de Marilda Confortin


Por hora, aurora...


Ainda vejo cores no jardim
Brilham aves e netos
Meus olhos adiam o ocaso



 Valores em colisão

Linda fantasia, falei
O garoto embrabou
Sou lobo, rosnou



Marilda Confortin

12 de jan. de 2025

Poetrix de Marilda Confortin



Ermitão


Afefóbico de nascença
Sem raízes nem laços
Solidão por sentença



Balanço anual


Nossas contas são irReais
Saiu mais do que entrou
Faltou-nos algo... ritmo



Marilda Confortin


10 de dez. de 2024

12 de nov. de 2024

11 de out. de 2024

Poetrix de Marilda Confortin


 ANTHERO SEM GAIVOTA 

Céu azul, sede insana
Nem um til na imensidao 
Só há mar em mim

Marilda Confortin

 (em homenagem ao eterno poetrixta português, Anthero Monteiro. Sempre que ocorre um dia sem nuvens, eu o leio, no céu)

18 de set. de 2024

Poetrix de Marilda Confortin





Finitude relativa


Ainda vejo o brilho de estrelas mortas
No meu céu cintilas
Vida, tênue bolha de sabão




Viagem no tempo


Lembrança do passado
Tudo está como deixamos
Sonho não sabe que é sonho


Marilda Confortin

24 de jul. de 2024

Poetrix de Marilda Confortin


PICUINHAS

bateria por um triz
sem energia
poupo-me


DIVÓRCIO NO JARDIM

Tapete geado na grama
O cravo briga com a rosa
Camélia é a nova dama

Marilda Confortin

27 de jun. de 2024

Poetrix de Marilda Confortin



As quatro linhas do Poetrix


Título, três versos solos
Sem gosto, sem surpresa
Dieta radical faz mal



12 de junho


Comi um namorado
Gosto de mar e dendê
Moqueca, eu e você


Marilda Confortin

26 de jun. de 2024

Poetrix em dobro - Marilda Confortin e Lílian Maial



Na morada


Mi casa es tu casa
Reparto prato e quarto
O corpo me pertence

Marilda Confortin



Má Morada

mi casa és su casa
mi cuerpo es mi cuerpo es mi cuerpo
só entre quando convidado

Lílian Maial

11 de jun. de 2024

14 de abr. de 2024

MANOEL DE BARROS

 

NOME COMPLETO DO PATRONO: Manoel Wenceslau Leite de Barros

NOME LITERÁRIO: Manoel de Barros

Manoel de Barros

 

DATA  DE NASCIMENTO: 19 de dezembro de 1916.

DATA DE FALECIMENTO: 13 de novembro de 2014

NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 02

FUNDADOR: Aila Magalhães

ACADÊMICA ATUAL: Aila Magalhães

 

VIDA E OBRA DO PATRONO

 

[...] "Quisera ter conhecido Manoel de Barros e perdido passos ao seu lado pelas margens de um rio. Imagino quantos descoisamentos ele poderia ter me revelado. Na impossibilidade desse desejo, faço-o cúmplice de meus descompletares:


O apanhador de desperdícios

 

Uso a palavra para compor meus silêncios.

Não gosto das palavras fatigadas de informar.

Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão

tipo água pedra sapo (Manoel de Barros).

 

Descobrir Manoel de Barros foi assombroso, foi como olhar dentro de mim.

Quando o leio, é como se estivesse lendo algo escrito para mim, sinto-me encontrando um amigo de velhos tempos. 

Não poderia escolher um Patrono que não ele.” –Trecho do discurso da Acadêmica AilaMagalhães, titular da cadeira 2 da Academia Internacional Poetrix.

 

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Manoel de Barros nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, no dia 19 de dezembro de 1916. Filho de João Venceslau Barros e de Alice Pompeu Leite de Barros. Passou a infância em fazenda da família localizadas no Pantanal.

Foi naqueles ambientes primitivos, em contato pleno com a natureza, que Manoel de Barros cresceu e começou a inventar palavras como se elas não existissem, como se fossem lagartas que ele criava, mimava e alimentava para um dia transformá-las em borboletas.

Já na adolescência, no colégio interno na cidade de Campo Grande, onde estudou, o menino pantaneiro identificou-se com a escrita de Padre Antônio Vieira e com sua rebeldia nata chocou os professores, dizendo que, para ele, a frase era mais importante que a fé.

Eu não gostava de refletir, de filosofar; mas os desvios linguísticos, os volteios sintáticos, os erros praticados para enfeitar frases, os coices na gramática dados por Camilo, Vieira, Camões, Bernardes - me empolgavam. Ah, eu prestava era praquilo! Eu queria era aprender a desobedecer na escrita (Manoel de Barros).