16 de jan. de 2025
15 de out. de 2024
26 de jun. de 2024
Poetrix de Lílian Maial
Poetrix em dobro - Marilda Confortin e Lílian Maial
14 de jun. de 2024
Mulher em Gestação por Andréa Abdala
Eu sou uma admiradora da poesia de Lílian e isso vem de
alguns anos atrás quando nos conhecemos através de grupos literários no vasto
mundo sem fronteiras chamado de mundo virtual. Seus poemas são expressivos,
fortes, certeiros e falam mesmo quando pedimos silêncio, eles tomam espaços,
são gigantes.
Mulher em gestação é uma pequena amostra da força da poetisa
em apenas três versos. O título já nos surpreende. Ele fala da mulher gestante,
como também, da mulher em construção, a mulher que é concebida por nós, em
nossos ventres, a cada dia de existência.
A mulher se diferencia do homem em pequenos e grandes
detalhes, alguns importantes outros sem nenhuma importância, no entanto, existe
algo que é só dela, homem nenhum experimenta, é algo sublime, divino, mágico,
intimamente surpreendente, a gestação. E para isso é preciso sangrar de verdade,
sangue vermelho vivo, sangue que expressa dor e vaidade, sangue de cor, da força
e delicadeza.
No primeiro verso - Cinco dias do mês eu sangro. São dias onde a expressão feminina alcança
seu ápice e sua glória, não desmerecendo os outros vinte e cinco ou seis. Somente
as mulheres compreendem o significado da menstruação em suas vidas e como este
rubro período causa impacto sobre suas
identidades, sobre seus títulos de nobreza. E sangra, fazendo arte, fazendo
vida. A plenitude do prazer e da reprodução habita o corpo feminino e nele
encontra acolhida. São hormônios, ovários, útero, trompas, bocas, lábios... pura
arte!
A mulher se enche de beleza tal qual uma obra prima, sim, uma
obra da natureza no seu sentido mais puro. A mulher se encontra disponível à
gestação, amando e brigando.
No verso final, fora isso, nunca mais. A princípio eu pensei
em falência, queda, desistência, um final triste. Por algum motivo ou vários,
aquela gestação teria sido única, não haveria mais barrigas, fetos, embriões,
vida sendo reproduzida. É provável que a autora tenha pensado nesse contexto,
nos trazendo a dor e o lamento, um final não esperado para um título de grande
expressão e significados. O elemento
surpresa do poetrix. Um susto triste.
Uma nova leitura pode ser feita, não seria o terceiro verso
um ato de resistência?. Não sangro mais, nunca mais!... Não sofreremos com os
ataques impiedosos aos nossos corpos, aos nossos modos, aos nossos desejos.
Basta deste sangue ralo, sem cor e ternura.
É muito forte e agradável ler Lílian Maial.
Andréa Abdala
Acadêmica AIP – cadeira 23
27 de mai. de 2024
20 de mai. de 2024
30 de mar. de 2024
NATHAN DE CASTRO
NOME COMPLETO DO PATRONO: NATHAN DE CASTRO FERREIRA JÚNIOR
NOME LITERÁRIO: NATHAN DE CASTRO
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Nathan de Castro - foto: Lílian Maial |
DATA DE NASCIMENTO: 23/01/1954
DATA DE FALECIMENTO: 08/09/2014
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 12
FUNDADORA: Lílian Maial
ACADÊMICO ATUAL: Lílian Maial
VIDA E OBRA DO PATRONO
Nathan de Castro nasceu em 23 de janeiro de 1954, em Olhos d'Água,
município de João Pinheiro, Minas Gerais, e as águas permearam sua existência de maneira
marcante. Passou a infância e adolescência em Patrocínio (MG), onde estudou na
Escola Erasmo Braga e no Colégio Dom Lustosa, nomes que fez questão de
preservar até o fim de sua vida.
Em 1975, ingressou na carreira bancária, pelo
extinto Banco Estadual de Minas Gerais, e se especializou em Ciências Contábeis
e cursos de relações humanas, finanças e áreas bancárias, o que o levou a mudar
de cidade em cidade durante anos: para Iturama, onde conheceu a futura mãe de
seu casal de filhos, depois para Itumbiara, Divinópolis, Cláudio e, por fim,
depois de aposentado, Uberlândia.
Na infância, gostava de ler Júlio Verne, Monteiro
Lobato, Machado de Assis e poemas de Castro Alves, Camões e Gonçalves Dias. Foi
quando nasceu a paixão pela poesia e um sonho, que aflorou em 1998, quando,
pela internet, começou a escrever e participar ativamente de listas de e-mails
voltadas à troca de poesia e literatura, e de concursos em sítios de editoras.
Em 2003, teve seu sonho realizado, ao ser premiado com a publicação de seu
primeiro livro de poemas – Sentença de um Poeta - pela Blocos Editora, de Leila
Miccolis, através do Prêmio Blocos.
Em 2005, publica “1001 Noites de Sonetos &
Rabiscos”, pela Scortecci Editora, premiado no II Prêmio Literário Livraria
Asabeça (Scortecci Editora).
Em 2012, publica “Sede de Voar”, pela Scortecci
Editora, com prefácio de Lílian Maial, amiga poeta, com quem escreveu sonetos e
outros poemas por mais de 15 anos, até seu falecimento, em 2014. Teve
participações em diversas antologias e concursos.
Em 2019, saiu a publicação do livro “Duetto”, uma
homenagem póstuma da poeta Lílian Maial, com diversos sonetos e poemas que
fizeram a quatro mãos, com posfácio da poeta Silvana Guimarães e textos de seus
dois filhos – Pablo e Paula Pamplona de Castro.
Nathan faleceu em Uberlândia, aos 60 anos de idade, sepultado em Patrocínio, onde
residia a mãe e a maioria dos irmãos e irmãs.
O último poema postado por Nathan de
Castro, no dia 1º de setembro, fazia referência ao mês de setembro, finalizado
com o verso: "silêncio,
outro soneto e outro sorriso no rosto".
25 de fev. de 2023
Poetrix de Lílian Maial
6 de fev. de 2023
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Poetrix Temático Negritude, Lílian Maial
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9 de set. de 2022
Entrevista com Acadêmica Lílian Maial
ENTREVISTA COM ACADÊMICOS DA AIP