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25 de fev. de 2025

Duplix de Andréa Abdala e Dirce Carneiro



ATÉ ONDE OS OLHOS ALCANÇAM // SER PODEROSO


Asas revelam o voo // Anúncio de plenitude
Revisto-me de auroras // Banho-me de amanheceres
O sol agradece brilhando // No meu céu é festa


Andréa Abdala // Dirce Carneiro


SER PODEROSO // ATÉ ONDE OS OLHOS ALCANÇAM 

 Anúncio de plenitude // Asas revelam o voo
 Banho-me de amanheceres // Revisto-me de auroras 
 No meu céu é festa // O sol agradece brilhando

Dirce Carneiro // Andréa Abdala

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O Duplix acima, como observou o acadêmico Pedro Cardoso, pode ser invertido que os Poetrix dialogam perfeitamente. Esta inversão está prevista na orientação sobre o Duplix.

Notem que o Poetrix matriz aparece na segunda posição e o Poetrix inspirado ou secundário aparece primeiro.

Dirce Carneiro 

17 de fev. de 2025

Duplix Andréa Abdala e Marcelo Marques

 EXISTIR // ALÉM DAS CHAVES


Um corpo em silêncio //  Mais que uma porta a atravessar

Uma alma amordaçada // Soltar a voz, o canto, o grito

Quais segredos me vestem?// Revelar livre no eterno


Andréa Abdala // Marcelo Marques 

27 de jan. de 2025

Duplix Andréa Abdala e Claudio Trindade

 


A ESCRITA QUE SOU // LETRAS E TINTAS 


Grafites falam à alma // aquarela desenha vida

Confessam-me as palavras // segredos coloridos

Pingam emoções no papel // dançam versos aos olhos



Andréa Abdala e Claudio Trindade

14 de jan. de 2025

Poetrix - Temática Vicentina Aranha


Sanatório Vicentina Aranha, São José dos Campos SP - Wikipédia




“SANARE” (Para Vicentina Aranha, in memoriam)

Não arranha, tece o apoio
Esperança entra pelas janelas
Cura, eufórica, sai pela porta

Ronaldo Ribeiro Jacobina


VICENTINA ARANHA

Vozes ecoam pelo jardim
Flores vívidas despertam
Tem amor neste lugar

Andréa Abdala


O MUNDO ATRÁS DA PORTA

Corpos pedem cura
Paredes acolhem almas
Livres, habitam seus próprios vãos

Nanda Chinaglia


INSPIRAR VICENTINA

Pulmões libertos
Gritos à caridade
Santa Casa

Angela Ferreira


Extraído do livro Pérolas II Poetrix - 2024

10 de jan. de 2025

Poetrix - Oswaldo Martins, Andréa Abdala e Claudio Trindade



LINDA E RARA FÊMEA AMADA

vero como olor de prado
bom perfume solta a fada
surge qual ritmado fado


Oswaldo Martins



PELAS RUAS DA CIDADE

Balas levando gente
O tráfico dando ordens
Só rastros de liberdade


Andréa Abdala



“VONTADE DE PODER”   
NIETZSCHE

pensar ao ar livre
escalando a mente
“crise de loucura”

Claudio Trindade


CARTAS DA LOUCURA

colapso mental
crises nervosas
assim falou... Nietzsche


Claudio Trindade

13 de dez. de 2024

Poetrix de Andréa Abdala



AO PISCAR DO SOL


Sorrisos pueris
Borboletas no jardim
O amor deixou recados



EMBATE DE LEÕES

Dizem: "mãos de fada"
Delícias afrontam os olhos 
Resistir é alforria


Andréa Abdala

6 de out. de 2024

Poetrix de Andréa Abdala



COTIDIANO CIRCENSE


Vem, não por inteiro
Seduz, no fundo é mágica
Aplaudo a palhaçada


Andréa Abdala

In Delicatessen Poetrix (2024)



ESPORTE PARA TODOS


Força além músculos
Estrelas do Olimpo
Grito: Não, capacitismo!


Andréa Abdala

19 de jun. de 2024

Poetrix de Andréa Abdala



NEM TUDO CONVÉM


Ando colhendo remorsos
Neguei Jesus no falar
Um rastro de solteirice



SEMPRE PONTES


Olhares cruzando caminhos
Destinos em comunhão
Toda dor merece chão


Andréa Abdala

14 de jun. de 2024

Mulher em Gestação por Andréa Abdala

 


MULHER EM GESTAÇÃO


cinco dias no mês eu sangro
faço arte, faço vida
fora isso, nunca mais


lilian maial

 

 

Eu sou uma admiradora da poesia de Lílian e isso vem de alguns anos atrás quando nos conhecemos através de grupos literários no vasto mundo sem fronteiras chamado de mundo virtual. Seus poemas são expressivos, fortes, certeiros e falam mesmo quando pedimos silêncio, eles tomam espaços, são gigantes.

Mulher em gestação é uma pequena amostra da força da poetisa em apenas três versos. O título já nos surpreende. Ele fala da mulher gestante, como também, da mulher em construção, a mulher que é concebida por nós, em nossos ventres, a cada dia de existência.

A mulher se diferencia do homem em pequenos e grandes detalhes, alguns importantes outros sem nenhuma importância, no entanto, existe algo que é só dela, homem nenhum experimenta, é algo sublime, divino, mágico, intimamente surpreendente, a gestação. E para isso é preciso sangrar de verdade, sangue vermelho vivo, sangue que expressa dor e vaidade, sangue de cor, da força e delicadeza.

No primeiro verso - Cinco dias do mês eu sangro.  São dias onde a expressão feminina alcança seu ápice e sua glória, não desmerecendo os outros vinte e cinco ou seis. Somente as mulheres compreendem o significado da menstruação em suas vidas e como este rubro período causa impacto sobre suas identidades, sobre seus títulos de nobreza. E sangra, fazendo arte, fazendo vida. A plenitude do prazer e da reprodução habita o corpo feminino e nele encontra acolhida. São hormônios, ovários, útero, trompas, bocas, lábios... pura arte!

A mulher se enche de beleza tal qual uma obra prima, sim, uma obra da natureza no seu sentido mais puro. A mulher se encontra disponível à gestação, amando e brigando.  

No verso final, fora isso, nunca mais. A princípio eu pensei em falência, queda, desistência, um final triste. Por algum motivo ou vários, aquela gestação teria sido única, não haveria mais barrigas, fetos, embriões, vida sendo reproduzida. É provável que a autora tenha pensado nesse contexto, nos trazendo a dor e o lamento, um final não esperado para um título de grande expressão e significados.  O elemento surpresa do poetrix. Um susto triste.

Uma nova leitura pode ser feita, não seria o terceiro verso um ato de resistência?. Não sangro mais, nunca mais!... Não sofreremos com os ataques impiedosos aos nossos corpos, aos nossos modos, aos nossos desejos. Basta deste sangue ralo, sem cor e ternura.

É muito forte e agradável ler Lílian Maial.

 

Andréa Abdala

Acadêmica AIP – cadeira 23

 

31 de mar. de 2024

SÁVIO DRUMMOND

 

NOME COMPLETO DO PATRONO: Hermógenes Sávio de Carvalho Drummond

NOME LITERÁRIO: Sávio Drummond

 

Sávio Drummond

DATA DE NASCIMENTO:1951       

DATA DE FALECIMENTO: 2014

NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 23

FUNDADOR:  Andréa Abdala

NOME DO ACADÊMICO ATUAL: Andréa Abdala

 

VIDA E OBRADO PATRONO

 

Sávio Drummond, baiano, médico, possui um belo acervo de contos, poesia e poetrix, além de uma habilidade para desenhar. Como desenhista criou caricaturas de amigos e capas dos livros de diversos escritores do Grupo Cultural Pórtico. Tratava-se de uma alma liberta, por isso não demorou muito neste plano. Após seu falecimento prematuro, Goulart descreveu sobre o poeta: Passeava do trágico ao cômico, do lírico ao popular, com muita leveza e propriedade.

Fui presenteada com um extenso arquivo contendo contos escritos por Sávio, alguns datados de 1995, outros de 2011 e 2012, neles procuro traçar linhas de sua personalidade, estilo, gostos e desgosto.

Sávio habitou num tempo onde a postagem de fotos e selfies não eram tão comuns como nos dias de hoje. A única foto que temos do poeta ainda é desfocada, escondendo pouco de seu rosto, porém delineando o corpo que servia de abrigo para uma alma brilhante, visível nos textos deixados por ele. Sendo assim, eu o apresento em alguns poemas:

 

FADA

 

Corre fada, sara meu mal de amor.

Vem em teus passos de vento assanhar o meu leito,

acalmar meu peito, calar pra sempre esta dor.

Expulsa os fantasmas eternos das muitas noites sem fim.

Ama-me intensamente ou simplesmente, finges que sim.

 

Esse é um poema com acentuado estilo romântico da Segunda Geração em que o poeta explora as emoções exacerbadas e a subjetividade, nele representados pela invocação de uma fada, ser místico, de seus sonhos e da sua imaginação, deixando para trás o que supõe ser uma perversa, talvez, crua, realidade material, de sentimentos idealizados. Por meio do poema o eu lírico faz um pedido a um ser imaginário, ao qual se atribui poderes mágicos, a fim de lhe aplacar as dores causadas pela perda de um amor intenso, que ainda povoa seus pensamentos e o faz sofrer.

 

 

24 de fev. de 2024

Interação Poética - Andréa Abdala e José de Castro




 


Este é um grafitrix com G maiúsculo e com A maiúsculo também, de Autoral e de Andréa Abdala. 

São vários os “A” que me levam a dizer: Amei! O grafitrix é Maiúsculo pela grandeza e simplicidade contidos na ideia metalinguística: a janela sendo o veículo para falar do que os seus "olhos" veem naquela manhã. Ela é a própria moldura para evidenciar a mensagem poética construída nos versos. 

Há uma integração e diálogo plenos, desde a imagem até a leveza metafórica de um verde que "agasalha o sol"; não só isso, mas aponta para algo mais sutil construído na metáfora seguinte: "sementeira de um sorriso", o que, por si só, nos alegra o coração. 

Interessante observar que o grafitrix é duplamente autoral pelo fato de a poeta ser também quem captou a imagem numa foto muito expressiva, que nos mostra o contraste entre os tons do interior do quarto e a claridade lá de fora; e, ao mesmo tempo, denota o leve balanço da cortina do quarto ao vento. Todos esses elementos visuais e textuais dialogam. 

O texto resultou em um poetrix que nos leva a uma fruição superior, a uma grandeza singela que emociona. Aqui, tudo é poesia, texto e imagem. Parabéns, Andréa Abdala. Obrigado por tão singular presente. 

Forte abraço. José de Castro, cadeira 11 AIP.


14 de dez. de 2023

Poetrix Natalino de Andréa Abdala



ADORNO NATALINO 

No lobby, o presépio 
Noel trajando porcelana
Lembranças decorativas 


DOGUINHO NO NATAL

Na mesa muitos risos 
Nos rostos, saudades 
Jesus tudo observa


SANTA CEIA !

Família entregue às gostosuras 
Natal, olhar de menino
Jesus tudo perdoa


O VOO DA RENA 

Dádivas do Natal 
Noel afoito se apressa 
Presente de vó, o neto 

Andréa Abdala