MEU PROCESSO CRIATIVO
Por Marília Tavernard
Apesar de
não ser da área literária, sou administradora e aposentada,
gosto de escrever poesia desde a adolescência, por puro prazer. Porém, a partir de 2008,
conheci o Poetrix e ingressei no grupo Yahoo (e-mail), no qual, escrevíamos Poetrix e trocávamos ideias a respeito de nossas escritas. Foi uma época de muito aprendizado.
O Poetrix é um
vício saudável, é conhecer e se apaixonar. Não tenho um ritual ou uma
metodologia específica para escrever. Existem coisas que
escuto que me inspiram, tipo um tema apresentado através de reportagens, algumas imagens e situações com que me deparo no dia a dia, leitura de outros autores, frases que
me chamam a atenção. Muitas vezes copio
e guardo para quando surgir uma
oportunidade de escrita relacionada com aquele tema.
Gosto de
escrever sobre o amor e a natureza, pois são temas muito inspiradores. E inspiram-me ainda algumas publicações das redes sociais e músicas que me fazem voltar no tempo. Às vezes, tenho insights ao deitar, e quando isso acontece, tenho logo que me levantar e anotar,
porque senão o pensamento vai embora com uma rapidez impressionante. Até mesmo quando estou dirigindo vem à mente algumas ideias, e, quando posso, encosto o carro e gravo no celular a intuição. Vou
escrevendo em papéis, no celular, em
cadernos e vão ficando de lado, até um dia eu me sentar e organizar tudo. Escrevo em qualquer lugar, seja no celular ou à mão, quando tenho papel e caneta disponíveis. Escrevo também em salas de espera de consultórios, pois sempre existe demora no atendimento.
Gosto
de ler bastante, não tanto como gostaria, pois atualmente
tenho que me dedicar também às tarefas diárias de casa, e sabemos que elas ocupam
muito tempo. Gosto de ler no sossego, sem muitos barulhos em volta e nem sempre
tenho essa privacidade.
Participo
de grupos de WhatsApp, da Academia Internacional Poetrix, da Confraria Ciranda Poetrix e do Selo Poetrix, ambientes virtuais nos quais escrevemos sobre temas livres ou específicos. Participo ainda do grupo Tercetaria & Cia no qual são apresentadas imagens para escrevermos
aquilo que elas nos inspiram.
Na
Academia e na Confraria temos Diretrizes a serem seguidas e preciso estar
atenta para não escrever algo que vá de encontro ao recomendável. Para mim o título é algumas vezes o mais
difícil. Outras vezes, só de olhar o mote, já vem de imediato. Em geral, tenho que
pensar, trabalhar, burilar. Muitas vezes escrevo e reescrevo um Poetrix, porque a cada leitura acho que tem algo
para ser aperfeiçoado.
Passei um
bom tempo escrevendo somente Poetrix. Ultimamente tenho participado de antologias, como as do Anuário da Poesia Paraense (três Antologias) e de projetos do Selo Editorial Independente (três Antologias) que possibilitam escrever em outros gêneros, como poesia e prosa poética.
Marília Tavernard
Cadeira 15 – AIP