NOME COMPLETO DO PATRONO: Manoel Wenceslau Leite de Barros
NOME LITERÁRIO: Manoel de Barros
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Manoel de Barros |
DATA DE NASCIMENTO: 19 de dezembro de 1916.
DATA DE FALECIMENTO: 13 de novembro de 2014
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 02
FUNDADOR: Aila
Magalhães
ACADÊMICA ATUAL: Aila
Magalhães
VIDA E OBRA DO PATRONO
[...] "Quisera ter conhecido Manoel de Barros
e perdido passos ao seu lado pelas margens de um rio. Imagino quantos
descoisamentos ele poderia ter me revelado. Na impossibilidade desse desejo,
faço-o cúmplice de meus descompletares:
O
apanhador de desperdícios
Uso a palavra para compor meus
silêncios.
Não gosto das palavras fatigadas de
informar.
Dou mais respeito às que vivem de
barriga no chão
tipo água pedra sapo (Manoel de Barros).
Descobrir Manoel de Barros foi assombroso,
foi como olhar dentro de mim.
Quando o leio, é como se estivesse lendo algo escrito para mim, sinto-me encontrando um amigo de velhos tempos.
Não poderia
escolher um Patrono que não ele.” –Trecho do discurso da Acadêmica AilaMagalhães, titular da cadeira 2 da Academia Internacional Poetrix.
Manoel de Barros nasceu em Cuiabá, Mato
Grosso, no dia 19 de dezembro de 1916. Filho de João Venceslau Barros e de
Alice Pompeu Leite de Barros. Passou a infância em fazenda da família
localizadas no Pantanal.
Foi naqueles ambientes primitivos, em contato
pleno com a natureza, que Manoel de Barros cresceu e começou a inventar
palavras como se elas não existissem, como se fossem lagartas que ele criava,
mimava e alimentava para um dia transformá-las em borboletas.
Já na adolescência, no colégio interno na cidade de Campo Grande, onde estudou, o menino pantaneiro identificou-se com a escrita de Padre Antônio Vieira e com sua rebeldia nata chocou os professores, dizendo que, para ele, a frase era mais importante que a fé.
Eu não gostava de refletir, de filosofar; mas os desvios linguísticos,
os volteios sintáticos, os erros praticados para enfeitar frases, os coices na
gramática dados por Camilo, Vieira, Camões, Bernardes - me empolgavam. Ah, eu
prestava era praquilo! Eu queria era aprender a desobedecer na escrita (Manoel
de Barros).