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14 de abr. de 2024

MANOEL DE BARROS

 

NOME COMPLETO DO PATRONO: Manoel Wenceslau Leite de Barros

NOME LITERÁRIO: Manoel de Barros

Manoel de Barros

 

DATA  DE NASCIMENTO: 19 de dezembro de 1916.

DATA DE FALECIMENTO: 13 de novembro de 2014

NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 02

FUNDADOR: Aila Magalhães

ACADÊMICA ATUAL: Aila Magalhães

 

VIDA E OBRA DO PATRONO

 

[...] "Quisera ter conhecido Manoel de Barros e perdido passos ao seu lado pelas margens de um rio. Imagino quantos descoisamentos ele poderia ter me revelado. Na impossibilidade desse desejo, faço-o cúmplice de meus descompletares:


O apanhador de desperdícios

 

Uso a palavra para compor meus silêncios.

Não gosto das palavras fatigadas de informar.

Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão

tipo água pedra sapo (Manoel de Barros).

 

Descobrir Manoel de Barros foi assombroso, foi como olhar dentro de mim.

Quando o leio, é como se estivesse lendo algo escrito para mim, sinto-me encontrando um amigo de velhos tempos. 

Não poderia escolher um Patrono que não ele.” –Trecho do discurso da Acadêmica AilaMagalhães, titular da cadeira 2 da Academia Internacional Poetrix.

 

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Manoel de Barros nasceu em Cuiabá, Mato Grosso, no dia 19 de dezembro de 1916. Filho de João Venceslau Barros e de Alice Pompeu Leite de Barros. Passou a infância em fazenda da família localizadas no Pantanal.

Foi naqueles ambientes primitivos, em contato pleno com a natureza, que Manoel de Barros cresceu e começou a inventar palavras como se elas não existissem, como se fossem lagartas que ele criava, mimava e alimentava para um dia transformá-las em borboletas.

Já na adolescência, no colégio interno na cidade de Campo Grande, onde estudou, o menino pantaneiro identificou-se com a escrita de Padre Antônio Vieira e com sua rebeldia nata chocou os professores, dizendo que, para ele, a frase era mais importante que a fé.

Eu não gostava de refletir, de filosofar; mas os desvios linguísticos, os volteios sintáticos, os erros praticados para enfeitar frases, os coices na gramática dados por Camilo, Vieira, Camões, Bernardes - me empolgavam. Ah, eu prestava era praquilo! Eu queria era aprender a desobedecer na escrita (Manoel de Barros).