19 de abr. de 2024
17 de abr. de 2024
14 de abr. de 2024
ARMANDO LEAL
NOME COMPLETO: Desconhecido
NOME LITERÁRIO: Armando Leal
DATA DE NASCIMENTO: desconhecida
ANO DE FALECIMENTO: Outubro de 2004
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 16
FUNDADOR: Martinho Branco
ACADÊMICA ATUAL: Martinho Branco
Armando
Leal foi um poetrixta do início do movimento Poetrix, quando ainda não existiam
os recursos das redes sociais de hoje e as poucas ferramentas de
comunicação virtual disponíveis do Brasil eram o e-mail e uma plataforma de
gerenciamento de listas de associados chamada YahooGroups.
Armando Leal era
de Portugal e permaneceu conosco por pouco tempo, de 2001 até 2004. Não
chegamos a conhecê-lo pessoalmente. Assim
como aconteceu com outros poetrixtas do início do - Movimento Internacional Poetrix que partiram precocemente, não registramos
seu nome completo, fotografia nem seus dados pessoais. Por esse motivo, nossas
buscas na internet para obter mais informações, não foram bem-sucedidas. Se alguém tiver mais informações sobre ele, por gentileza encaminhar para a AIP - Academia Internacional Poetrix, para complementarmos a biografia.
O que temos
sobre Armando Leal é um belo e sensível texto escrito pelo acadêmico português
Martinho Branco, publicado na Antologia Poetrix 6 em 2019, o qual transcrevo
fielmente abaixo.
HOMENAGEM À ARMANDO
LEAL – Por Martinho Branco
Para quem conviveu, ainda que virtualmente, através da sua escrita
poética, de Setembro de dois mil e um a Outubro de dois mil e quatro, guarda na
lembrança, certamente, o olhar atento, lúcido e dinâmico, patente nas escritas
do poeta e poetrixta Armando Leal. Quando ele nos deixou… Pedi silêncio, porque
tinha partido um poeta e um bom amigo.
Escrevi num poetrix, na altura, algumas palavras sentidas de homenagem
ao Armando…
Os poetas fazem a diferença
Futuram a vida
Despertam silêncios
É com profunda tristeza [emoção] e grande saudade que sentimos a
ausência de um Amigo [Leal] tão verdadeiro. O Armando partiu demasiado cedo, em
dois mil e quatro, e nunca [Nunca] nos encontrámos no mundo real. É curioso, em
Portugal moramos todos perto uns dos outros [o país é tão pequeno], mas tão
distantes, cada um de cada um.
MANOEL DE BARROS
NOME COMPLETO DO PATRONO: Manoel Wenceslau Leite de Barros
NOME LITERÁRIO: Manoel de Barros
Manoel de Barros |
DATA DE NASCIMENTO: 19 de dezembro de 1916.
DATA DE FALECIMENTO: 13 de novembro de 2014
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 02
FUNDADOR: Aila
Magalhães
ACADÊMICA ATUAL: Aila
Magalhães
VIDA E OBRA DO PATRONO
[...] "Quisera ter conhecido Manoel de Barros
e perdido passos ao seu lado pelas margens de um rio. Imagino quantos
descoisamentos ele poderia ter me revelado. Na impossibilidade desse desejo,
faço-o cúmplice de meus descompletares:
O
apanhador de desperdícios
Uso a palavra para compor meus
silêncios.
Não gosto das palavras fatigadas de
informar.
Dou mais respeito às que vivem de
barriga no chão
tipo água pedra sapo (Manoel de Barros).
Descobrir Manoel de Barros foi assombroso,
foi como olhar dentro de mim.
Quando o leio, é como se estivesse lendo algo escrito para mim, sinto-me encontrando um amigo de velhos tempos.
Não poderia
escolher um Patrono que não ele.” –Trecho do discurso da Acadêmica AilaMagalhães, titular da cadeira 2 da Academia Internacional Poetrix.
Manoel de Barros nasceu em Cuiabá, Mato
Grosso, no dia 19 de dezembro de 1916. Filho de João Venceslau Barros e de
Alice Pompeu Leite de Barros. Passou a infância em fazenda da família
localizadas no Pantanal.
Foi naqueles ambientes primitivos, em contato
pleno com a natureza, que Manoel de Barros cresceu e começou a inventar
palavras como se elas não existissem, como se fossem lagartas que ele criava,
mimava e alimentava para um dia transformá-las em borboletas.
Já na adolescência, no colégio interno na cidade de Campo Grande, onde estudou, o menino pantaneiro identificou-se com a escrita de Padre Antônio Vieira e com sua rebeldia nata chocou os professores, dizendo que, para ele, a frase era mais importante que a fé.
Eu não gostava de refletir, de filosofar; mas os desvios linguísticos,
os volteios sintáticos, os erros praticados para enfeitar frases, os coices na
gramática dados por Camilo, Vieira, Camões, Bernardes - me empolgavam. Ah, eu
prestava era praquilo! Eu queria era aprender a desobedecer na escrita (Manoel
de Barros).
12 de abr. de 2024
Varal de Poetrix - Roseana Murray
11 de abr. de 2024
10 de abr. de 2024
ITALO CALVINO
NOME COMPLETO DO PATRONO: ITALO
CALVINO
NOME LITERÁRIO: ITALO
CALVINO
Italo Calvino |
DATA DE NASCIMENTO: 15 de outubro de 1923
DATA DE FALECIMENTO: 19 de setembro de 1985
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 13
FUNDADOR:
LORENZO G FERRARI
NOME DO ACADÊMICO ATUAL:
LORENZO G FERRARI
VIDA E
OBRA DO PATRONO
Calvino
nasceu em 1923, em Santiago de Las Vegas, um subúrbio de Havana, em Cuba. Seu
pai, Mario, era um agrônomo e botânico,
Em
1925, menos de dois anos depois do nascimento de Italo, a família retornou para
a Itália onde se estabeleceram em definitivo em Sanremo, na costa da Ligúria.
Em
1941, Calvino matriculou-se na Universidade de Turim, escolhendo a Faculdade de
Agricultura onde seu pai já havia ministrado cursos de agronomia. A verdadeira
aspiração de Calvino era ser dramaturgo. Suas cartas a Eugenio Scalfari
transbordam de referências a peças italianas e estrangeiras, e de enredos e
personagens de futuros projetos teatrais. Luigi Pirandello e Gabriele
D'Annunzio, Cesare Vico Lodovici e Ugo Betti, Eugene O'Neill e Thornton Wilder
estão entre os principais autores que Calvino cita como suas fontes de
inspiração.
Calvino
se transferiu para a Universidade de Florença, em 1943, e relutantemente passou
em mais três exames de agricultura.
Turim e comunismo
Calvino
estabeleceu-se em Turim em 1945, após uma longa hesitação entre morar lá ou em
Milão. Abandonou a Faculdade de Agricultura pela Faculdade de Letras. Um ano
depois, foi iniciado no mundo literário por Elio Vittorini, que publicou seu
conto "Andato al comando" (1945) no Il Politecnico, uma revista
semanal com sede em Turim, associada à universidade. Os horrores da guerra não
só forneceram a matéria-prima para as suas ambições literárias, mas também
intensificaram seu compromisso com a causa comunista.
Seu
primeiro livro, Il sentiero dei nidi di ragno (A trilha dos ninhos de aranha)
foi escrito com conselhos editoriais de Pavese e ganhou o Prêmio Riccione em
1947. Com vendas ultrapassando os 5 mil exemplares, um sucesso surpreendente na
Itália do pós-guerra, o romance inaugurou o período neorrealista de Calvino. Num
ensaio clarividente, Pavese elogiou o jovem escritor como um "esquilo da caneta"
que "subia nas árvores, mais por diversão do que por medo, para observar a
vida partidária como uma fábula da floresta". Em 1948, ele entrevistou um
de seus ídolos literários, Ernest Hemingway, viajando com Natalia Ginzburg para
sua casa, em Stresa.
HELENA KOLODY
NOME
COMPLETO DA PATRONA: Helena Kolody
NOME
LITERÁRIO: Helena Kolody
Helena Kolody |
DATA DE FALECIMENTO:15/02/2004
NÚMERO DA
CADEIRA NA AIP: 08
FUNDADOR: Gilvânia
Machado
ACADÊMICA
ATUAL: Gilvânia Machado
VIDA E OBRA
DA PATRONA
Helena Kolody nasceu em Cruz Machado, PR.
Filha de imigrantes ucranianos, morou em várias cidades do Paraná antes de se
mudar para Curitiba, em 1927 onde estudou no Instituto de Educação e formou-se
como Normalista.
“Nasci professora e sempre amei ser professora! A poesia foi um canteiro de flores que nasceu à beira do meu caminho do magistério” - Gravação do programa “Memória Paranaense”, em 1998, com Helena Kolody
Quando criança, Helena gostava de ouvir seu
pai declamar poemas de Tarás Chevtchenko, poeta ucraniano e depois tirar sua
mãe para dançar valsa a redor da mesa de jantar.
A infância bucólica cercada pelo afeto da
família, parentes e amigos e a longa jornada como professora foi um fator que
influenciou muito sua escrita.
Paulo Leminski, seu fiel amigo e incentivador,
dizia que a poesia de Helena lembrava a poesia de Mario Quintana: a mesma
leveza, simplicidade, pureza e santidade. Inclusive, quando do céu de Curitiba
estava muito azul, Leminski costumava dizer que eram os olhos da santa Helena
abençoando todos nós.
“Eu tive o privilégio de conhecer e conviver
um tempinho (insuficiente) com a professora poeta Helena. Além de nos
encontrarmos nas visitas de escritores que as escolas municipais promoviam,
também participávamos de alguns almoços aos domingos no CCI, em eventos
literários promovidos pelo Centro de Letras, Academia Paranaense de Letras e
outros grupos de poesia, cuja participação mais esperada era a da Helena. E ela aparecia, sempre impecável, com seu
cabelo branco arrumado, baton, rouge, colar de pérolas, sorriso e olhar iluminados
e nos últimos tempos, com sua bengalinha de apoio e o braço amigo de sua irmã,
guardiã da obra de Helena”. Marilda Confortin
9 de abr. de 2024
AUGUSTO DOS ANJOS
NOME
COMPLETO: AUGUSTO DE
CARVALHO RODRIGUES DOS ANJOS
NOME LITERÁRIO: AUGUSTO
DOS ANJOS
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_dos_Anjos
DATA DE
NASCIMENTO: 20/04/1984
DATA DE
FALECIMENTO: 12/11/1914
NÚMERO DA
CADEIRA NA AIP: 22
FUNDADOR: Saulo
Pessato
ACADÊMICA
ATUAL: Saulo Pessato
VIDA E OBRA DO PATRONO
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos
nasceu no engenho Pau d´Arco, Cruz do Espírito Santo, Paraíba, no dia 20 de
abril de 1884. Filho de Córdula Carvalho Rodrigues dos Anjos, Alexandre Rodrigues dos Anjos
Começou
seus estudos no Liceu Paraibano e escreveu seus primeiros poemas em 1901, aos
17 anos, no jornal local “O Comércio”.
Em
1903, entrou na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1907. Na
faculdade conheceu o “cientificismo” da chamada “Escola de Recife”, onde se
destacava o afro-sergipano Tobias Barreto. Formou em direito, mas nunca exerceu
a advocacia. Ingressou não magistério secundário, como professor de Literatura
no Liceu paraibano, onde foi aluno.
Estou
os autores clássicos do positivismo, do materialismo mecanicista e do
evolucionismo, com destaque para Comte, Haeckel, Darwin e Spencer, que foram
determinantes em sua visão de mundo e em sua poesia. Some-se a isso a
influência do filosofo alemão Schopenhauer, com seu pessimismo, cuja salvação
estaria na criação artística, sobretudo na poesia. “Somente a Arte, esculpida a
humana mágoa / Abranda as rochas rígidas, torna água / Todo o fogo telúrico
profundo” (“Monólogo de uma Sombra”. Anjos, s/d, p. 16). Um exemplo foi sua
“visão da natureza como um processo recorrente e interminável de geração e
destruição orgânica.” (Pires, s/d).
Casou-se
em 1910 com Ester Fialho, e tiveram dois filhos: Guilherme Augusto Fialho dos Anjos, Glória Fialho Rodrigues dos Anjos. Nesse ano de casamento afastou-se do Liceu
Paraibano, mudando-se para a capital federal, sendo professor de Geografia na
Escola Normal do Rio de Janeiro e do internato do Colégio Pedro II. Com
problemas de saúde se mudou para Leopoldina em Minas Gerais, sendo diretor do
Grupo Escolar Ribeiro Junqueira. Com quatro meses de sua chegada a cidade
mineira, em 12 de novembro de 1914, ele piorou de sua pneumonia e se
encantou.com 30 anos de idade.
8 de abr. de 2024
Varal de Poetrix - Imagem Ilha Deserta
OLGA SAVARY
NOME COMPLETO
DO PATRONO: OLGA SAVARY
NOME LITERÁRIO: OLGA
SAVARY
DATA DE NASCIMENTO: 21 de maio de 1933
DATA DE FALECIMENTO: 15 de maio de 2020
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 03
FUNDADOR: Ana Mello
NOME DO ACADÊMICO ATUAL: Ana Mello
6 de abr. de 2024
MILLÔR FERNANDES
NOME COMPLETO DO PATRONO: MILTON VIOLA FERNANDES
NOME LITERÁRIO: MILLÔR FERNANDES
Millôr Fernandes |
DATA DE NASCIMENTO: 16/08/1923
DATA DE FALECIMENTO: 27/03/2012
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 28
FUNDADOR: Marcelo
Marques Ferreira
NOME DO ACADÊMICO ATUAL:
Marcelo Marques Ferreira
VIDA E
OBRA DO PATRONO
Millôr Viola
Fernandes (1923-2012) nasceu no bairro do Méier, no Rio de Janeiro, no dia 16
de agosto de 1923. Era filho do engenheiro Francisco Fernandes um imigrante
espanhol, e de Maria Viola Fernandes. Deveria ter se chamado Milton, mas a
caligrafia do tabelião o fez Millôr.
Millôr Fernandes foi um
desenhista, humorista, tradutor, escritor e dramaturgo brasileiro. Conhecido
por suas frases provocativas e bem-humoradas, é considerado um dos maiores
dramaturgos do país. Era um artista com múltiplas funções. Escreveu colunas de
humor para as revistas O Cruzeiro e Veja, para o tabloide O Pasquim e para
o Jornal do Brasil.
Ele ficou órfão de pai quando tinha dois anos de
idade. Passou a infância ao lado da mãe e dos irmãos, Hélio, Judith e Ruth,
época em que enfrentaram dificuldades financeiras.
Aos 12 anos, perdeu a mãe e os irmãos se separaram.
Millôr foi morar na casa de um tio materno. Com habilidades para o desenho e
leitor de histórias em quadrinho, copiava quadro por quadro com perfeição.
Início da carreira
Incentivado pelo tio Antônio Viola, Millôr levou seus
desenhos para o periódico O Jornal,
que logo foram publicados lhe rendendo uns trocados.
Em 1938, com 15 anos, o jovem Millôr ingressou no
mercado de trabalho, como office-boy em um consultório médico e na revista O Cruzeiro, de Assis Chateaubriand. Para
se aperfeiçoar em sua especialidade além de iniciar seus estudos no Liceu de
Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Nesse ano, foi o vencedor em um concurso de
contos da revista A Cigarra, onde passou a trabalhar.