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4 de nov. de 2025

Entrevista do Acadêmico Marcelo Marques






ACADÊMICO MARCELO MARQUES

CADEIRA 28 - AIP 



Entrevista a Dirce Carneiro
Acadêmica – Cadeira 26





1) Você é paulistano. Que lembranças traz da sua infância e como isso influencia na sua escrita?

Nasci em São Paulo e aos 3 anos minha família mudou-se para o Rio de Janeiro, onde vivi até os 12 anos. Este período na minha infância foi marcado por momentos difíceis, pois minha mãe faleceu quando eu tinha 7 anos e tive que me separar também da minha avó materna que era minha referência, devido a novas uniões e separações do meu pai: morei com duas madrastas bem diferentes em seus ritmos de vida e distante da minha família verdadeira, até que aos 11 anos, pude enfim, voltar a viver com minha avó, ainda no Rio, e, no ano seguinte, retornar com ela a São Paulo, para a casa onde eu nasci.

Sempre gostei muito de ler; aprendi bem cedo e ao ingressar na escola, fui considerado apto para iniciar na 2ª Série.

Lembro-me de que na infância, gostava de ler embalagens e quando saía pela cidade, ficava lendo cartazes nas ruas, os nomes das lojas nas fachadas. Onde eu via letras, lá estava eu lendo os trechos. Era meu passatempo preferido e aos poucos comecei a ler gibis e não demorou para eu me interessar por livros e conhecer os autores de poesias e contos, entre outros gêneros e querer passar as historinhas e fantasias que eu criava para o papel.


2) Interessante a sua formação. Desenho e Letras. Como estas Artes se relacionam na sua Literatura?

Na pré-adolescência, também comecei a ter uma afinidade especial pelas imagens e artes plásticas: Fotos, paisagens, desenhos, etc. e após concluir o ensino médio, estava empolgado para entrar na área de Publicidade e me decidi pelo Curso de Desenho de Comunicação. Trabalhei com Produção de Eventos, em agência de Publicidade, desenvolvimento de textos e roteiros, com artes visuais e depois como Design Gráfico, com criações e propagandas por um tempo.

Porém, nunca abandonei o hábito e o gosto pela leitura e escrita, com encanto especial pela música e Poesia, através das belas composições de grande qualidade dos ícones culturais da época. Decidi, assim, pela Faculdade de Letras, visto ser uma área da qual eu sempre gostei de forma especial e cheguei a trabalhar por um curto período de dois anos na área da Educação.

Na minha Literatura, estas duas vertentes da arte se completam, pois sempre associo a minha escrita com alguma imagem. Isso ajuda muito no meu processo criativo. Uma imagem pode me inspirar a criação escrita, assim como algo que eu tenha escrito, me levar a gerar ou buscar uma imagem adequada para complementar.



3) Que outros aspectos da sua educação e formação interferem no seu processo criativo? Como é seu processo?

15 de set. de 2025

Entrevista de Cleusa Piovesan

 


ACADEMIA INTERNACIONAL POETRIX 

ENTREVISTA ACADÊMICA CLEUSA PIOVESAN 

CADEIRA 27, PATRONA TÊ SOARES 

 

Entrevista para Dirce Carneiro, cadeira 26 da AIP (Diretoria 25/27) 

 

1) Qual é sua formação acadêmica e como ela influencia na sua escrita? 

Sou Doutoranda em Letras e Mestra em Letras pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE); tenho Graduação em Letras - Português/Inglês e em Pedagogia; sou especialista em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e em Língua e Literatura; e professora da rede pública do Estado do Paraná desde 2001. Essa formação influencia muito em minha atuação como articulista no âmbito acadêmico, como pesquisadora das relações de gênero e da diversidade racial e cultural, e na minha criação poético-literária, experimentalista em diversos gêneros literários, pela bagagem cultural e científica que representam. 

 

2) Onde você nasceu, passou a infância, juventude? O que guarda desse tempo e lugar/lugares? 

Nasci em São João e, de lá, mudei-me para Santa Isabel do Oeste, onde residi por 30 anos. Em 2006 residi em Planalto, e depois me fixei em Capanema, onde resido desde setembro de 2007; todos são municípios da região Sudoeste do Paraná. Minha identidade como sujeito social foi formada nesses espaços, guardados em minha memória afetiva, desde a infância, com a liberdade de correr livre pelos campos e pelas ruas de uma cidade pequena, de interior. Somente na vida adulta, com o ingresso na universidade, pude viajar e abrir meus horizontes e, após a publicação de meus livros, participei de muitos eventos literários e ingressei em algumas academias, em cidades maiores, porque onde moro não há muita movimentação cultural.  

 

3) Quando e como conheceu o Poetrix? Acha que sua escrita mudou, considerando o início? 

A princípio, destaco a importância das redes sociais como espaços para que o universo literário se expanda, assim, meu primeiro contato com o poetrix foi pela página no Facebook e no Recanto das Letras. Mais tarde, aprofundei meu entendimento sobre a Bula Poetrix e a Bula Aplicada que estipulam a composição do poetrix, quando entrei em contato com o Lorenzo Ferrari, em setembro de 2021, e fui aceita para integrar a Confraria Ciranda Poetrix. Na Confraria, conheci pessoas que já eram acadêmicos da AIP e, quando surgiu a oportunidade de me inscrever para ingressar na AIP, já estava com quase três anos de prática na escrita do poetrix e entendimento da estrutura desse poema minimalista e dos conceitos de Ítalo Calvino quanto à sua composição, e preenchi o formulário para o ingresso como acadêmica. A mudança que ocorreu na minha composição de poetrix é notória, porque, nos primeiros que compus, a maior atenção era dada para a não extrapolação das sílabas poéticas, e depois, com o estudo das Diretrizes da AIP, e das Seis propostas de Ítalo Calvino para o próximo milênio, houve o aprimoramento necessário para que a poeticidade de cada poetrix seja expressa, com maior facilidade. 

 

14 de ago. de 2025

Entrevista de Valéria Pisauro

 ENTREVISTA DE ACADÊMICOS PARA O BLOG  AIP 




VALÉRIA PISAURO 

Cadeira 20, Patrono Anthero Monteiro 

 

Entrevista a Dirce Carneiro 

 

  1. Qual é sua formação acadêmica e como ela influencia na sua escrita? 


Sou graduada em Letras e Teoria Literária pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e em História da Arte pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP). Aperfeiçoei minha formação por meio de cursos de pós-graduação e programas de extensão nas áreas de Ciências Sociais “Brasil/Brasis: Literatura e Pluralidade Cultural”, “Literatura Social e Política” e “Cinema – Arte de Transformação”, promovidos pela UNICAMP, em parceria com o Itaú Cultural.  

Essa trajetória acadêmica, marcada pelo diálogo entre palavra, imagem e pensamento crítico, sustenta minha escrita com densidade estética e engajamento sociopolítico 

 

2) Onde você nasceu, passou a infância, juventude? O que guarda desse tempo e lugar/lugares? 


Nasci e cresci na Vila Industrial, em Campinas, São Paulo - um bairro plantado às margens da linha férrea, onde o apito do trem atravessa o tempo e ainda ecoa na memória. 

A cidade sempre foi dividida por trilhos de ferro — uma muralha simbólica que apartava mundos. À direita, a elite campineira; à esquerda, tudo o que se queria esconder dos olhos era empurrado para trás da Estação Ferroviária. 

A Vila Industrial era as costas da cidade, habitada pelos invisíveis: operários, imigrantes, famílias que a cidade varria para trás da Estação como quem esconde o que não quer encarar. 

Sou neta de um maquinista e cresci próxima à ferrovia, acompanhando diariamente o movimento dos trens e absorvendo, desde a infância, as marcas culturais desse território. 

Minha identidade é inseparável da Vila. Reconheço-me em cada esquina — não como quem observa de fora, mas como quem pertence, como quem sente. Carrego comigo uma herança cultural que articula passado e presente com afetividade e resistência. 

 

3) Você tem uma trajetória, uma história de atuação em várias áreas. O que pode nos dizer sobre isto? Qual o papel da Literatura, o ofício de escrever, nesses diferentes contextos?

 

9 de set. de 2024

ENTREVISTA COM ANTONIO CARLOS MENEZES



ENTREVISTA COM ANTONIO CARLOS MENEZES , por Goulart Gomes








Conte um pouco sobre você, sua trajetória profissional e família

Fiz o curso de direito na Universidade Católica de Pernambuco, advoguei na área do direito do trabalho por um período curto, depois através de concurso publico, fui aprovado para o cargo de delegado de policia, no qual cumpri a minha missão por 23 anos. Atualmente aposentado.


Qual autor exerceu maior influência em sua obra?

Quais suas obras literárias preferidas?

Quanto à literatura, sempre fui apaixonado por livros e poesia. Influenciado pelos romances clássicos, especialmente pelos nossos escritores brasileiros, tentei com ousadia a escrever contos, mas nunca os publiquei. Comecei a ler poesia de Castro Alves, Olavo Bilac, Fernando Pessoa e outros. Despertando-me o gosto de também escrever poesia. No decorrer de tantas leituras poéticas me encantei com a poesia curta de Manoel de Barros.


Quando começou a escrever poetrix? Como o conheceu?

A minha escrita poética é influenciada por obras de vários poetas, principalmente os modernos e contemporâneos.

Conheci o poetrix através de grupos que se dedicavam à escrita do haikai, até que descobri o grupo coordenado pelo mestre e criador do poetrix, Goulart Gomes. Tive a felicidade de ser aceito no grupo do Movimento Internacional Poetrix, no qual participei de todas as antologias organizadas até a presente coletânea, recentemente publicada em comemoração aos 25 anos do poetrix.


Escrever é inspiração ou transpiração?

Quanto à inspiração para as minhas escritas, tem sido como sempre, a natureza, os encantos da vida, o amor, sentimento mais sublime, enfim, o que me toca a alma.

Em 2014, publiquei o meu primeiro livro de poetrix, intitulado, No Silêncio da Tarde. Tendo este ano editado uma segunda versão, através da editora Selo Independente, São Paulo.


Como tem sido sua experiência como membro da Academia Internacional Poetrix?

A minha experiência como membro da Academia Internacional Poetrix tem sido extraordinária, aprendendo sempre com os colegas a escrever de um jeito mais perfeito e de acordo com os ditames dos coordenadores do movimento. Sou um eterno aprendiz com muito orgulho.

Sempre muito grato por continuar fazendo parte da nossa Academia, e aprendendo a escrever melhor esse novo gênero da poesia brasileira.



Abraços poéticos,

Antônio Carlos Menezes