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8 de abr. de 2024

OLGA SAVARY

 

NOME COMPLETO DO PATRONO:  OLGA SAVARY

NOME LITERÁRIO:  OLGA SAVARY



DATA DE NASCIMENTO: 21 de maio de 1933

DATA DE FALECIMENTO: 15 de maio de 2020

NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 03

FUNDADOR: Ana Mello

NOME DO ACADÊMICO ATUAL: Ana Mello

 

VIDA E OBRA DO PATRONO

    Olga Savary nasceu em Belém, no Pará, em 1933. Era filha única do engenheiro eletricista russo, Bruno Savary e da paraense neta de indígenas, Célia Nobre de Almeida. Enquanto criança, absorveu fortemente os elementos da cultura de sua terra natal, transmitidos pela família materna. Até os três anos, teve a vida dividida entre Belém e Monte Alegre no interior do Pará, cidade de seus avós maternos. Em 1936, seu pai, por motivo de trabalho, leva a família para o Nordeste, onde fixa moradia em Fortaleza.

    Em 1942, os pais de Olga se separaram e ela foi para o Rio de Janeiro onde passou a morar com um tio materno, começando a desenvolver suas habilidades literárias. Aos onze anos passa a redigir um jornalzinho, incentivada por um vizinho, para quem escrevia, sendo remunerada por isso. Sua mãe, no início, recriminava a vocação da filha, pois queria que ela se dedicasse à música, o que Olga detestava. Nesse tempo, ela começa a escrever e a guardar seus escritos em um caderninho preto, que sempre era deixado com o bibliotecário da ABI para que sua mãe não o destruísse.

    Sua convivência com a mãe se torna difícil ao ponto de Olga, aos 16 anos, pensar em ir morar com o pai, desistindo por achar que ainda estaria muito perto da mãe. Contudo, aos 18 anos, Olga volta a Belém, indo morar com parentes e estudando no Colégio Moderno. Posteriormente decide voltar para o Rio, onde começa a alavancar sua carreira de escritora.

    Participou do filme de 1968, “Edu, Coração de Ouro”. Correspondente de diversos periódicos no Brasil e no exterior, organizou várias antologias de poesia. Sua obra também está presente em diversas antologias brasileiras e internacionais, como a Antologia de Poesia da América Latina, editada nos Países Baixos, em 1994, com 18 poetas — inclusive dois prêmios nobel: Pablo Neruda e Octabio Paz.

    Foi poeta, como gostava de ser chamada, contista, romancista, crítica, tradutora e ensaista. Traduziu mais de 40 obras de mestres hispano-americanos, como Borges, Cortázar, Carlos Fuentes, Lorca, Neruda, Octavio Paz, Jorge Seprun e Mario Vargas Llosa e os mestres japoneses do Haicai - Basho, Buson e Issa.

    Foi membro do PEN Club associação mundial de escritores, vinculada à UNESCO, da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI - Associação Brasileira de Imprensa e do Instituto Brasileiro de Cultura Hispânica. Foi presidente do Sindicato de Escritores do Estado do Rio de Janeiro em 1997-1998. Foi também conhecida por ter sido a primeira mulher brasileira a lançar um livro inteiramente dedicado a poemas eróticos.

    Colaborou com vários jornais e revistas do Brasil e do exterior. Teve também alguns de seus poemas musicados pelo compositor e intérprete Madan, Pedro Luiz das Neves (1961 - 2014), como "Çaiçuçáua", "Pele" e "Geminiana".

 

26 de jan. de 2024

11 de mar. de 2022

Metrificação - por Ana Mello


Métrica é a medida do verso, a divisão dos versos em sílabas poéticas. A contagem das sílabas poéticas é chamada de escansão e o estudo do metro (medida do verso) - metrificação. Fazer a escansão é escandir, dividir o verso em sílabas poéticas.

As sílabas métricas, ou poéticas diferem das sílabas gramaticais, a sílaba poética é baseada na tonicidade. Contam-se as sílabas ou sons até a tônica da última palavra de um verso.


A medição de versos obedece às seguintes particularidades:

Sinalefa: Junção de duas sílabas numa só, por elisão, crase ou sinérese.

Elisão: Supressão da vogal final átona quando esta estiver diante da vogal que inicia a palavra que se segue.

Crase: Fusão de vogais iguais.

Sinérese: Contração de duas vogais contíguas em um ditongo.

Diésere: Separação de vogais numa mesma palavra, constituindo duas sílabas distintas.

Hiato: Encontro de duas vogais átonas, constituindo uma única sílaba.


Então na prática é assim:

Conta-se da primeira sílaba da primeira palavra até a sílaba tônica da última palavra do verso; o que vier depois é ignorado.

Quando uma palavra termina em vogal e a palavra seguinte começa em vogal, as sílabas em que essas vogais estão se juntam e contam como uma só.

Os dígrafos –rr– e –ss– não se separam. 

Exemplo:

O/ poe/ ta é/ um/ fin/ gi/ dor - 7 Sílabas literárias

O/ po/ e/ ta/ é/ um/ fin/ gi/ dor - 9 Sílabas gramaticais

Fin/ ge/ tão/ com/ ple/ ta/ men/ te - 7 Sílabas literárias

Fin/ ge/ tão/ com/ ple/ ta/ men/ te - 8 Sílabas gramaticais

Que/ che/ ga a/ fin/ gir/ que é/ dor - 7 sílabas literárias

Que/ che/ ga/ a/ fin/ gir/ que/ é/ dor - 9 Sílabas gramaticais

A/ dor/ que/ de/ ve/ ras/ sen/ te - 7 sílabas literárias

A/ dor/ que/ de/ ve/ ras/ sen/ te - 8 Sílabas gramaticais

(Parte de “Autopsicografia”, de Fernando Pessoa)


Quanto ao número de sílabas poéticas, os versos são classificados da seguinte forma:

Monossílabos - 1 sílaba
Dissílabos - 2 sílabas
Trissílabos - 3 sílabas
Tetrassílabos - 4 sílabas
Pentassílabos (ou Redondilha Menor) - 5 sílabas
Hexassílabos (ou Heroico Quebrado) - 6 sílabas
Heptassílabos (Redondilha Maior) - 7 sílabas
Octossílabos - 8 sílabas
Eneassílabos - 9 sílabas
Decassílabos - 10 sílabas
Hendecassílabos - 11 sílabas
Dodecassílabos - 12 sílabas
Bárbaros - mais do que 12 sílabas

Quando os versos têm o mesmo número de sílabas poéticas, ou seja, são regulares, eles recebem o nome de isométricos.

Quando os versos não apresentam regularidade, são chamados de heterométricos. Versos livres aqueles que não obedecem a qualquer forma e versos brancos aqueles que podem apresentar métrica, mas não possuem rimas.

Ana Mello - cadeira 3 da AIP

11 de nov. de 2021

Melhores Poetrix Outubro/2021

 

1º lugar:

PREVISÃO DO TEMPO
Lílian Maial

o sol se escondeu no peito
a chuva lava as dores
pancadas no fim do dia


2º lugar - empatados

MATADOURO À DIREITA
Saulo Pessato

Na vitrine do açougue, o açoite.
A caçamba de lixo, à noite, engole o populacho.
Cospe os ossos — do ofício.


AMPULHETA
Marília Baetas

Sem ponteiros corre o tempo
Todo dia passa
Um pouco de vida


3º lugar – empatados

DELTA VERMELHO
José de Castro

orçamento secreto tripudia
vacina arroz ou absorvente?
sangram as mulheres… e o país.


TERRA ENTRE TERRAS
Ana Mello

noite e mistério
limite de chão
cemitério

DEMAIS POETRIX 

QUE DIA SERÁ?
Dirce Carneiro

Salgar-se ao mar
aglomerar abraços
versar em passeatas



HOMEM AMPULHETA
André Figueira

Sujeito escoado,
de cima a baixo
vidrado no tempo...



BELEZA
Regina Lyra

Tapete das flores
Jambo fruto da infância
Retorno do encanto pela arte.



EM TODOS OS CANTOS
Andréa Abdala

Subindo ladeira
Lata d'água na cabeça
Vão meus sonhos



FRIDAYS FOR FUTURE
Rosa pena

O verde vira cinza
O Azul chora ácido
Greta grita!



GEOMETRIA DA SOBREVIVÊNCIA
Lorenzo Ferrari

Inseto pousa n´água
Peixe abocanha almoço
Circunferências expandem-se...



ONDE ESTARÁS?
Diana Pilatti

pés na areia
o olho percorre a estrela-lembrança
madrugada branca



AMPULHETA
Francisco José

de cima para baixo
... terra nos olhos
questão de tempo



MOLEQUE DE RUA
Angela Bretas

Seu sorriso vem fácil
( -Olha o picolé !)
... e a morte também !



PASÁRGADA
Pedro Cardoso

adeus posto Ipiranga
agora vou pra Bangu
lá sou amigo do rei, Beira-Mar



A MOÇA E O VIOLINO (Para Caitlin de Ville)
Antônio Carlos Menezes

Ela me toca a alma
Me encanto como poeta
Em silêncio permaneço!



CREMADO
Ronaldo Jacobina

Eta! Pó na ampulheta
Continuidade do tempo
De cima para baixo... encantado



CORPOS SONOROS
Marilda Confortin

Se me tocas
Semicolcheio
inteira



MOVIMENTOS INTERNOS
Ricardo Mainieri

praia deserta
nuvens andarilhas
almas blindadas

13 de out. de 2021

12 de jul. de 2021

Lançamento livro Ana Mello

 


Live Lançamento do livro P O E S I A   P R O J E T A D A, da escritora acadêmica Ana Mello com a jornalista Aniuska Van Helden, dia 12/07 às 20h no Instagram da @anaelyod. Uma conversa bacana sobre como tudo chegou ao livro e claro, muita poesia! 

Melhores Poetrix de Junho

Neste mês a disputa foi acirrada. Vejam os mais votados.


1º lugar: Oswaldo Francisco Martins

O TEMPO
Oswaldo Francisco Martins


É bom
Sob nuvens
Mutantes.



2º lugar: Empatados:


FESTA JUNINA
Saulo Pessato


Baile de São João
um beijo na boca
sabor quentão.


BEIJOS
Pedro Cardoso

bocas
nós
atados


CÉU ESTRELADO
Ana Mello

A noite empresta
Vestido negro
De festa


MÉNAGE A QUATRE
Angela Bretas

Cecília cresceu lendo Lobato
Amou Andrade (no mato)
... e confessou com Coralina



3º lugar: Empatados:


MADRUGADA FINDA
Regina Lyra


Prefiro amor existente
Corações, mente.
Alegria do acordar, café quente.



SIMPLES ASSIM
lílian maial


nave avariada
céu estrelado
(re)pouso na poesia


FARO
Aila Magalhães


há matilhas à espreita
odor de sangue ainda úmido...
o alfa testa o desafiante.


Parabéns, participantes!



10 de jun. de 2021

Poesia Projetada - por Ana Mello

"Em mais um dia de quarentena, senti o efeito do isolamento e o medo do vírus, lá fora. Não havia uma saída possível, a curto prazo, e eu ficava muito tempo na janela observando outras pessoas na rua e em outras janelas.

Tive vontade gritar, falar com elas, dizer o que eu estava sentindo e ouvi-las, também.

A forma que encontrei foi a poesia e o lugar, a janela do meu quarto no décimo primeiro andar do edifício onde moro. Usei o poetrix, poemas em forma de tercetos.

Só as projeções não bastaram e usei as redes sociais para multiplicar os leitores e compartilhar meus sentimentos em palavras." Ana Mello

Assistam à reportagem em áudio sobre esse projeto, clicando no link: 
https://www.facebook.com/tvepublicars/videos/347400716450530

E agora, para fechar com chave de ouro, Ana publica o livro POESIA PROJETADA!  Está em pré-venda, com lançamento previsto para julho.

"Surpresa, lirismo, choque de realidade, versos cinematográficos projetados nas noites de Porto Alegre. Um foco de luz esculpido pela palavra. 

22 de mai. de 2021

11 de abr. de 2021

Poetrix de Ana Mello

Identidade

O reflexo é um fato
Na poça de água da chuva
Rosto caricato

(Ana Mello)

30 de mar. de 2021

Discurso de posse de Ana Mello



Confesso que relutei muito em escrever esse discurso. Primeiro porque posse é uma palavra que traz para mim muitas contradições. Não julgo possuir nada nessa vida como coisa definitiva, apenas temporária, por um período,e o ato de tomar posse me parece admitir que possuo, sou dona para sempre. Claro, ninguém possui nada para sempre e até o sempre é relativo. Quanto aos discursos, no modo formal e com toda a pompa, não me representam, pois não gosto de formalidades. Porém, minha avó dizia que em determinadas situações devemos dançar conforme a música e ela era muito sábia nas suas vivências.

Então, para honrar a academia e os demais acadêmicos digo que é realmente uma distinção ter um dia descoberto o poetrix e ter integrado a arte de cometer esses tercetos na minha vida. Adoro o minimalismo, talvez porque julgue não ter tempo para muita conversa e por gostar de extrair o cerne de tudo.

É meu lado químico e gastronômico que se une ao gosto literário e procuro na literatura também a simplicidade de sabores, mas com toda essência e pureza.

Desde o início da minha caminha pelo universo do poetrix procurei divulgar a forma e dar destaque a quem também navega neste mar de poesia. Ocupar uma cadeira na AIP só aumenta minha responsabilidade e espero continuar aprendendo e possuir a criatividade suficiente para contaminar outros poetas e leitores.

Que a eternidade possa contradizer meus conceitos de tempo e deixar o poetrix gravado na memória e na história da literatura.

Amém!

Ana Mello

28 de mar. de 2021

Biografia de Ana Mello

Ana Mello

CADEIRA 3

PATRONO: Olga Savary

FUNDADOR: Ana Mello

ATUAL: Ana Mello

DATA DE INGRESSO: 5 de julho de 2020

Ana Mello, nasceu em São Leopoldo - RS, é licenciada em Ciências e Matemática pela Unisinos. Atua profissionalmente como téc. Química. Fez especialização em Informática na Educação e em Educação a Distância com ênfase na Docência e na Tutoria em EAD pela PUCRS. Ministra oficinas on-line e presencial. Coordena um grupo de criação literária na Metamorfose Cursos. Iniciou suas publicações em 2002 quando foi uma das classificadas no concurso da Carris, Relatos da História e outras Memórias, tendo conto publicado em livro com esse título. Participou de várias Antologias da Editora Litteris e CBJE. Escreve poesias, contos, e crônicas e literatura infanto-juvenil.

Publicou seu primeiro livro em papel em 2009, MINICONTANDO, pela editora Casa Verde. Seus e-books, Verbetrix, Aleivosias e Céu & Inferno podem ser acessados gratuitamente no site Recanto das Letras.

Seus livros podem ser adquiridos na Amazon e no site: http://anamelloescritora.com.br/

Livros:

Minicontanto

Perseu

Ana, Babá de Bichos

Para onde vão os objetos perdidos

Verbetrix

Histórias da Clarinha

Desafio Poetrix (em parceria com Mario Ulbrich)

Palavras de Quinta (organizadora e autora)