NOME COMPLETO DO PATRONO: Matsuo Munefusa
NOME LITERÁRIO: Matsuo
Bashô
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Matsuo Bashô |
DATA DE NASCIMENTO: 1644
DATA DE FALECIMENTO: 28 de
novembro de 1694
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 01
FUNDADOR:
Goulart Gomes
NOME DO ACADÊMICO ATUAL: Goulart
Gomes
VIDA E
OBRA DO PATRONO
Matsuo Munefusa, conhecido pelo
pseudônimo de Bashô, nasceu no Japão em uma família de samurais agricultores,
oriundos da classe dos guerreiros, mas deixou o campo aos 23 anos de idade para
se dedicar completamente à literatura. Estuda, então, com Kitamura Kigin, que
já iniciara a transformação do haicai (um terceto composto de cinco, sete e
cinco sílabas), do qual Bashô viria a ser o maior mestre. Em contato com o
zen-budismo de Zengin, seu segundo professor, Bashô formou sua própria
filosofia. Com a morte de Zengin, em 1667, viajou para Kyoto e, em 1672, para
Yedo, hoje Tóquio.
Em Yedo aperfeiçoou seu conhecimento
das regras poéticas. As escolas de poesia existentes, Kofu e Danrin, estavam
decadentes, e Bashô criou uma escola própria, chamada Shofu. Pouco a pouco,
jovens poetas admiradores da sua poesia e da sua vida contemplativa se reuniram
em torno dele. Bashô não tinha domicílio fixo, ia de cidade em cidade,
recitando para quem o quisesse ouvir. Estabeleceu-se, por fim, em Fukagawa,
perto de Yedo, numa cabana. No seu retiro, aperfeiçoava-se no conhecimento e na
prática do zen-budismo.
Em 1684, tornou-se de novo peregrino.
Bashô costumava registrar cada viagem
sua num diário ou em poemas que representavam a sua vida, toda consagrada ao
êxtase poético e à contemplação da natureza e da gente simples.
Em 1689 abandonou sua cabana e partiu
para o Norte do Japão. Continuou sua vida errante até 1694, em permanente
aperfeiçoamento espiritual, enquanto seu estilo ganhava em força de evocação,
concisão e simplicidade. Nesse ano, doente, instalou-se em Osaka. Foi enterrado
no templo Yoshinakadera.
Bashô ocupa lugar de primeiro plano na
literatura do Japão, não só em razão de sua obra, mas também pela sua
personalidade exemplar, que serviu de modelo a gerações inteiras de poetas. A
originalidade da escola de poesia Shofu era definida por três termos:
"sabi", "shiori" e "hosomi". O primeiro aludia à
sobriedade que nasce da meditação do poeta diante da natureza; o segundo, à
harmonia, regra de ouro da poesia; o terceiro, à tranquilidade atenta que
resulta também da contemplação poética. A escola de Bashô recomendava o
abandono do formalismo em benefício da própria expressão sincera dos
sentimentos e emoções. O haicai atingiu, assim, profunda essência poética e
fina sutileza de expressão.
Autor: Goulart Gomes
Referência
Enciclopédia Mirador Internacional.