NOME COMPLETO: ANIBAL AUGUSTO FERRO DE MADUREIRA BEÇA
NETO
NOME LITERÁRIO: ANIBAL BEÇA
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Anibal Beça |
DATA DE NASCIMENTO: 13.09.1946
DATA DE FALECIMENTO: 24.08.2009
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 09
FUNDADOR: JUDITH DE SOUZA
NOME DO ACADÊMICO ATUAL: LUCIENE AVANZINI
VIDA E OBRA DO PATRONO
Anibal
Beça nasceu em Manaus (AM) no dia 13 de setembro de 1946, filho de Alfredo
Antônio de Magalhães Beça e de Clarice Corrêa Beça, sobrinho neto do escritor
Aluísio Azevedo, parentesco herdado da sua avó materna que era sobrinha do
escritor. Começou seus estudos em Manaus, e na adolescência foi para Novo
Hamburgo (RS) onde estudou no Colégio São Jacó. Teve a alegria de conviver com
o poeta Mário Quintana em Porto Alegre.
Anibal
Beça foi poeta, jornalista e compositor brasileiro, além de ser considerado o
avô do poetrix. Ao voltar para Manaus, trabalhou como repórter, redator e
editor em diversos jornais locais. Foi ainda diretor de produção da TV Cultura
do Amazonas. Época em que idealizou o suplemento literário “O Muhra”, editado
pela própria secretaria.
Anibal
Beça é considerado o avô do poetrix. Detalhe importante na história desse
terceto fantástico repleto de multiplicidade onde o “mínimo é máximo”. Goulart
Gomes, em seu discurso de posse na Academia Internacional Poetrix, discorreu
sobre uma conversa que teve com Anibal Bessa, expondo seu desejo de lançar um
livro de haikais. ao apresentar o esboço do mesmo, no ano de 1999 e com vários poemas publicados pelo mundo,
resolveu pedi opinião ao escritor Aníbal Beça que tratou de esclarecer e
disse: “pode chamar seus tercetos do que
quiser, mas não de haikais”. Provocado, Goulart Gomes criou uma nova linguagem
literária, o POETRIX.
Anibal
Beça tinha um jeito todo seu de escrever. Gostava criar um conteúdo reflexivo
trazendo a condição humana e a preocupação com o sentido da vida, da
inconstância do tempo e do amor e seus desencontros. Alguns dos seus poemas já
apresentavam versos curtos, buscando uma linguagem econômica. Esse amazonense,
influenciado por Luiz Bacellar, tornou-se o segundo haicaista de Manaus e
mostrou que o haicai é uma poesia presente de norte a sul do Brasil.
Interessante é perceber que seus haicais são tão naturais, que acabam se
confundindo com a própria floresta amazônica.
“Num piscar de
olhos
pestanas batem
asas
foi-se a
borboleta.”
“Folhas
abafadas:
desperta o
uirapuru
a manhã da
selva.”
“Cúmulos nimbo –
a última lua
azul
se pôs amarela.”
“Sob a luz da
lua
segue em direção
da toca –
tranquilo tatu.”