Mardilê Friedrich Fabre nasceu em Cachoeira do Sul (RS), em 1938, e faleceu em outubro de 2018.
Mardilê também publicou seus textos em sites, na internet, como Recanto das Letras (www.recantodasletras.com.br), produzindo poemas de todos os tipos, transitando pelo verso livre, pelo soneto, até as formas orientais do haicai e do tanka, além do poetrix.
Em sua própria descrição:
“Sou um indivíduo com qualidades e defeitos que aprendeu, no decorrer da vida, a respeitar e amar os outros indivíduos com suas qualidades e seus defeitos.
Faço trabalhos voluntários, sou revisora de textos, amo ler, ir ao cinema, ao teatro, a museus, a espetáculos de dança (qualquer tipo), ouvir música, apreciar uma paisagem bonita no silêncio... A natureza me encanta... Tenho medo de andar de avião e de elevador... Sou fiel aos amigos e aos amores... Como todo o mundo, gosto de ser incentivada. Gosto de jogar conversa fora com os amigos... Gosto de passear à beira mar, à tardinha...
Sou capricorniana, legítima representante do signo: tenaz, teimosa, persistente, amante das artes e por aí vai... os capricornianos sabem... e os que convivem com eles também.
Sou tanto e não sou nada. Quem sou?
Sou a ave que voa no sonho
Sou o vento que canta risonho
Sou o riacho que renova a alegria
Sou o sol que nasce cada dia
Sou a lua que prateia as flores
Sou a noite que oculta os amores
Sou a estrela que orienta o navegante
Sou o mar que de mistérios é exorbitante
Sou a poesia que enuncia magia
Sou o sorriso que a face contagia
Sou o amor que aquece o coração
Sou a lágrima que cai por um mundo cão
Sou o erro que quer acertar
Sou a melodia que a emoção vem acalentar
Sou o tempo que carrega a vida
Sou o infinito que desafia a partida”
Alguns poetrix Mardilê Fabre:
Só Amor
Nossas almas se envolveram.
Marcamos encontro.
Paixão fatal.
Florzinha da rua
Entre as pedras da rua, com afã,
nasce a solitária princesa azul.
Pobre florzinha! morre sem um séquito...
Vela
Vela violácea, vermelha
viceja vencendo o vácuo,
vagorosamente vela a vida.
Loucos momentos
Investigo-me.
Fragmentos de mim
destilam-se em labirintos.
Destino Gravado
No berço da poesia,
desatando versos,
recolho saudades.
Acalento
Afetuoso abraço,
abençoado abrigo,
agradável acolhida.
Paz
Silencia o dia…
Cai a chuva.
Lava a alma da poesia.
Surreal
Palavras ocas,
mistura de rimas,
poesia tonta.
Alguns duplix e triplix com Mardilê Fabre:
por um fio // no horizonte
lua virgem // em luares de desejo
balança // ávida de azul
entre o céu e o mar // prata da casa
Mardilê F. Fabre // Lílian Maial
Liberdade // Sonho
Na solidão // ainda casulo
Sonha com liberdade // imagina borboleta
Inebriada de beleza // em primavera.
Mardilê Friedrich Fabre // Ana Mello
Olhos // Nos Olhos
Dois olhos, // nus,
duas lágrimas, // emoção...
duas punhaladas. // De repente, o silêncio, a solidão...
Mardilê Friedrich Fabre // tsrossi
JOÃO DE BARRO//CONSTRUÇÃO//PERFEIÇÃO
Com ousadia e atrevimento,//De barro, o João//Pouco a pouco,
Empenha-se na obra,//Faz erigir no galho//Na árvore em flor,
Seu lar e da fiel companheira...//Sua mansão//Eis a moradia perfeita.
Denise Severgnini // Bhall Marcos /// Mardilê Fabre
Grafitrix de Mardilê Fabre:


Fonte:
http://fremitosdaalma.blogspot.com/p/quem-sou-eu_29.html
http://sociedadedospoetasamigos.blogspot.com/2012/09/mardile-friedrich-fabre-poeta-brasileira.html
www.recantodasletras.com.br
3 comentários:
Obrigada, Lílian, por resgatar a memória de nossa poetrixta Mardilê.
Uma pessoa doce, sensível e muito querida.
Mardilê eternamente querida
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