28 de mar. de 2024

GUILHERME DE ALMEIDA

 

NOME COMPLETO: Guilherme de Andrade e Almeida

NOME LITERÁRIO: Guilherme de Almeida

Guilherme de Almeida

 DATA DE NASCIMENTO: 24/07/1890

DATA DE FALECIMENTO: 11/07/1969

NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 19

FUNDADOR: Regina Lyra

NOME DO ACADÊMICO ATUAL: Bianca Ribeiro Reis

 


VIDA E OBRA DO PATRONO

 

Linha do tempo

Poeta, jornalista, tradutor, advogado, crítico de cinema e ensaísta, Guilherme de Andrade e Almeida nasceu em Campinas (SP) no dia 24 de julho de 1890. Filho de Estevam de Almeida, jurista e professor de direito, e de Angelina de Andrade, se formou em direito em 1912.

Atuou como promotor público em Apiaí e em Mogi-Mirim durante um breve período e em 1914 retornou à capital paulista para trabalhar no escritório de advocacia do pai até 1923, quando passou a se dedicar prioritariamente à atividade de escritor, iniciada alguns anos antes.

As peças “Mon Coeur Balance” e “Leur Âme”, escritas em parceria com Oswald de Andrade, foram a estreia de Guilherme de Almeida na literatura, no ano de 1916.

Guilherme de Almeida ingressou no jornalismo literário, trabalhando como redator do jornal O Estado de São Paulo e do Diário de São Paulo. Foi diretor da Folha da Manhã e da Folha da Noite.

O poeta casou-se em 1923 com Belkis (Baby) Barroso do Amaral, com quem teve um filho - Guy Sérgio Haroldo Estevão Zózimo Barroso de Almeida - e passou a residir no Rio de Janeiro. Em 1925, regressou a São Paulo e voltou a trabalhar no Jornal O Estado de São Paulo, onde passou a fazer crítica cinematográfica e crônica social.

Faleceu no dia 11 de julho de 1969 e encontra-se sepultado no Mausoléu do Soldado Constitucionalista de 1932, no parque do Ibirapuera (SP).

 

Poesia

Sua estreia na poesia ocorreu em 1917 com a publicação do livro “Nós”, composto apenas de sonetos. Os livros publicados até 1922, de inspiração romântica, o colocaram entre os maiores líricos brasileiros.

A essência de sua poesia era o ritmo “no sentir, no pensar, no dizer”. Dominou amplamente os processos rímicos, rítmicos e verbais, bem como o verso livre, explorando os recursos da língua, a onomatopeia, as assonâncias e aliterações.

Manuel Bandeira assinalou que Guilherme era “il miglior fabbro” (o melhor artesão) da poesia brasileira – designação de Ezra Pound aos escritores cuja produção era tecida pelo artifício e pelo empenho.

27 de mar. de 2024

Grafitrix de Luciene Avanzini


 

Grafitrix de Marilda Confortin


 

ELIANA MORA

 NOME COMPLETO DA PATRONA: ELIANA MORA

NOME LITERÁRIO: ELIANA MORA

Eliana Mora


DATA DE NASCIMENTO: 22/12/1948

DATA DE FALECIMENTO: sem registro

NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 26


FUNDADOR: DIRCE CARNEIRO


NOME DO ACADÊMICO ATUAL: DIRCE CARNEIRO



VIDA E OBRA

 

Eliana Mora foi muito discreta. Não há muitos detalhes sobre sua vida. Ela foi jornalista, filha de russa e polaco, professora universitária, poeta, especialista na Arte de Dizer, integrou o Movimento Internacional Poetrix - MIP, tendo participado de Antologias do grupo. Seus blogs, seus textos, são de uma beleza de dar saltos e sustos. Espantos diante do belo. É pura Arte, em imagens, letras, obras primas, nas quais ela se inspira.

Na 1ª edição da Antologia Poetrix, de 2002, ela fez uma autobiografia, em que declara que

é adotada pelo Rio de Janeiro. Capricorniana, de 22 de dezembro de 1948, filha de russa e polaco, imigrantes judeus. Seu pai escreveu e musicou muitos poemas. Dizia que ser poeta “é uma coisa que já nasce com a gente”.

A gracinha de menina foi “levada” aos cinco anos a frequentar o Curso  Olavo Bilac “A Arte de Dizer”, pela mãe [“ela tem tanto jeito”].

Como a futura “diva” não sabia ler, decorava as poesias que a mãe lia para ela. E recebeu seu diploma aos 17 anos. É jornalista e tem dois homens [filhos, gente!]

Vez por outra ministra palestras e cursos de interpretação de texto poético.

Seu primeiro livro parece que agora...sai!

No seu Blog, Líriodeserto – como se um lírio nascesse no deserto. No deserto de mim, está escrito, em quem sou eu:

“….no meio do caminho, sudeste, Brasil. Uma mulher que amanheceu a vida com Poesia. E com ela segue pelos entardeceres.”

Do Rio de Janeiro, filha de imigrantes, seu pai dizia que “ser poeta é uma coisa que nasce com a gente”

Eu concordo, tenho sempre dito que ser poeta está no DNA.

 

Exemplo nos poemas a seguir:

 

NÃO EXISTE FÓRMULA

 

...e o som divino a me rondar

talvez para apenas

me mostrar

 

levas de sonho

em acordes flamejantes

a compor a avenida

do poema

 

e eu não sei como explicar

esse simples

teorema

 

tão lindo

intenso

[e subliminar]

 

(Eliana Mora, 05/02/2017)

 

26 de mar. de 2024

Kathleen Lessa

 

NOME COMPLETO DA PATRONA: Kathleen Menezes Lessa

NOME LITERÁRIO: Kathleen Lessa

Kathleen Lessa


DATA DE NASCIMENTO: 14 de novembro de 1949

DATA DE FALECIMENTO: 14 de junho de 2016

NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 15

FUNDADOR: Marília Nazareth Baêtas Tavernard

NOME DO ACADÊMICO ATUAL: Marília Tavernard



VIDA E OBRA DA PATRONA

 

Kathleen Lessa nasceu na cidade de São Paulo, em 14 de novembro de 1949, quando esta ainda era "a terra da garoa", descende de holandeses e portugueses. Licenciada em Letras (Português e Francês) pela Faculdade Oswaldo Cruz e em Ciências Sociais e Políticas pela USP, com especialização em Sociologia Urbana e Sociologia da Vida Cotidiana. Fez especialização de Francês e Literatura Francesa em Paris; especialização em Literatura Brasileira e Teoria Literária na USP. Foi professora de Português, Francês, Literatura, Redação e Sociologia durante 33 anos, em colégios particulares, municipais e estaduais.

Durante muitos anos, ela corrigiu redações para concursos públicos e concursos vestibulares. Efetivou-se como professora de I° e II° graus nas secretarias Municipal e Estadual de Educação. Trabalhou com Programas Curriculares de Língua Portuguesa para a PMSP. Começou a escrever poesia aos 10 anos e nunca mais parou! Aposentada, dedicou-se cada vez mais à literatura, a ler muito e continuar escrevendo. Debruçou-se também sobre as Aldravias, fazia parte da Sociedade Brasileira dos Poetas Aldravianistas.

Publicava a maioria de seus textos no Recanto das Letras, desde 2005, e no Kaleidoscópio Literário, seu site, http://kathleenlessa.prosaeverso.net. Em ambos, o leitor encontrará grande variedade de textos: acrósticos, aldravias, cartas, contos, crônicas, frases, gramática e ortografia, haikais, indrisos, mensagens, pensamentos, poesias, poetrix, prosa poética, sonetos, tautogramas, teoria literária, textos eróticos, trovas e PPS.  Publicou também trabalhos poéticos em vários sites.

Kathleen Menezes Lessa, foi uma professora que se expressava através da poesia, era conhecida por sua paixão pelas palavras, versos e poesia, mesmo sendo reservada em sua exposição pessoal. Kathleen gravava suas observações e experiências para transformá-las em belas composições literárias. Sua escrita refinada e amor pela literatura a acompanharam ao longo da vida. Kathleen deixou um legado de palavras e emoções.

Contemporânea do grupo Yahoo, sempre dava dicas importantes: “Não deixem de adquirir a obra reunida de Leminski, "Toda Poesia", lançada recentemente pela Companhia das Letras. Conta com cerca de 600 poemas, projeto acompanhado por Alice Ruiz”.

Sempre fazia referência a suas publicações no Recanto das Letras. Foram, ao todo, 3.682 textos, 14 áudios (poesias recitadas pela autora) e 36 e-books.

24 de mar. de 2024

Poetrix Temáticos - Mulheres de todos os dias


Poetrix Temáticos
 

MULHERES DE TODOS OS DIAS






MARIA

todo dia uma dor
todo dia uma luta
a fé como companhia

Bianca Reis



À MULHER DESCONHECIDA

Na sua mão, o pensamento
Nos seus olhos, meu ser
Na sua boca, meu beijo eterno

Lorenzo Ferrari


SAUDADES

Mulher forte resolvida
Tranças no cabelo da filha
Memórias vivas no coração

Marília Tavernard



PARTÍCULAS DE MULHERES

De Maria a Marias
faixas de guerra ou de garra?
lutas particulares sem trégua

Cleusa Piovesan


MULHER DE GAZA

seu corpo-templo violado
seus filhos esqualidos assassinados
o mundo se cala (exceto o non grata)

lílian maial



VESTES FEMININAS

Esquivam-se da dor
Esquecem-se na rotina
Invisíveis tons do existir

Andréa Abdala


EU, ROBÔ POSITRÔNICO

aspiro o quente ar da galáxia
trago o perfume das mulheres
meu salto é interestelar

Francisco José


UNIVERSO-MULHER

Revela em espaços o segredo
Entre leis e regras o oculto
Órbitas fora-da-lei

Marcelo Marques


FÊMEA QUANDO GEME

Mostra encantos mil...
Ela nada teme.
Deixa o par febril.

Oswaldo Martins


PSIU HISTÓRICO

Mulheres silenciosas, não...
Gênero silenciado, apagado
Seu parto de liberdade grita

Dirce Carneiro


DESTINO MULHER

Cada ciclo um sangramento
Espinhos e flores escorrem
Profano vermelho sagrado.

Valéria Pisauro


ROTINA

mal dorme
noite curta, pouco sonha
acorda… a lida do dia a engole

José de Castro


MULHERES DE TODO TEMPO

lata d'água pesa na cabeça
diploma cozinha à panela
o altar diz "sim" a vida não

Francisco José


LÁGRIMAS DE DOR

Meio-dia, sopa rala na panela
Menino faminto
Olhos frustrados

Marília Tavernard


AMO-A AFRODITE

Aprendi amar assim
Analiso acima abaixo
Amo-a a parte

Lorenzo Ferrari


FEMME FATALE

Desfile de negligê ou de gala
armada de autoestima
às vezes, bela; outras, fera no cio

Cleusa Piovesan


CRIAMOS ASAS

velha escadaria de preconceitos
subir não tem fim
melhor voar, mulher

Sandra Boveto


BELA FÊMEA TÃO GUERREIRA

Vera fortaleza rígida.
Trava luta verdadeira.
Pela guerra, nunca frígida.

Oswaldo Martins


VENERÁVEL VELUDO

a vulva é visgo e é vida
invariável vítima da violência
voraz vórtice de versos

lílian maial


MULHERES DE MAIO

praça chora
corações trincados
mães e mãos de ferro

Claudio Trindade

Poetrix Temáticos - Mulheres de todos os dias

Poetrix Temáticos
 

MULHERES DE TODOS OS DIAS




ANCESTRALIDADE AMEAÇADA

Filhas de velhas benzedeiras
Maestrinas à beira-rio
Regem pedras, sonham o mar.

Valéria Pisauro


QUEM SERÁ?

Deus, primeiro criou o homem
Experiente, criou algo novo
Melhor criação do Criador

ronaldoRjacobina


MULHER E SEU LUGAR

lar é onde tem ar
lá, além da vista
fora do alcance instituído

Sandra Boveto


VIDA ARROZ SEM FEIJÃO

corta a cebola…
um bife, quatro filhos
lágrima também é tempero

José de Castro


MULHERES NUM MUNDO DISTÓPICO

Já não há palavras
Poesia foge
Prosa não dá conto

Dirce Carneiro


HUMANA

demais ou insuficiente
à prova, sempre
vence quando se ama

Sandra Boveto


ELAS

das tetas líquido consagra
criação sublime no espaço
magnífico útero de Gaia

Angela Ferreira


AMPLA VERDADE

Mulher madura presente
Homem maduro transformado
Grande menino nas mãos

Marcelo Marques


CAMALEANDO DIA A DIA

desejos piscam fantasias
vida em chamas
in visíveis batalhas sem fim

Luciene Avanzini


MULHER DE HOJE

se vira desde o nascimento
seu projeto de vida é luta
a cada mês, lágrimas de sangue

lilian maial


MULHER

Mãe, amante, amiga
Companheira forte
Ponte para a vida

Marcelo Marques


COTIDIANO

Mulher mãe, mulher esposa
Cozinheira de mão cheia
Cuidadora de vidas

Marília Tavernard


A ASSANHADA 

Antecipa a todas
Aparece antes
Acontece

Lorenzo Ferrari


IMPERMANÊNCIAS FEMININAS

Medo de não Mudar
Metamorfose em trânsito
Mulher com M maiúsculo

Cleusa Piovesan


IRMÃ DOS POBRES

ativista humanitária
mulher do povo
nome da caridade

Claudio Trindade


ROSA

Carrega seus dias sozinha
Mãe de cinco expatriados
Território de espinhos

Andréa Abdala

Poetrix Temáticos - Mulheres de todos os dias


Poetrix Temáticos
 

MULHERES DE TODOS OS DIAS


SERTÃO FEMININO

Vestidos despontam seios
Farol de sonhos, sol ardente
Meninas secam antes de florir.

Valéria Pisauro


LUTA

Traveste-se por seus sonhos
Quebra paradigmas
Mulher Diadorim

Dirce Carneiro


MULHER EM SEU CORPO

Sua beleza incontestável
Curvas que entornam desejos
Promessas de um novo amanhecer

Lorenzo Ferrari


DONA DE QUÊ?

arruma a casa e lava a louça
passa a roupa, passa o tempo
engoma silêncios

José de Castro


VAZIO DA GUERRA

Perdas sem fim
Desabrigadas do lar
Zumbis sobreviventes

Marília Tavernard


MULHERES DE GAZA

coro de vozes silenciadas
eterna luta por liberdade
lágrimas ecoam em prantos

Luciene Avanzini


DE NOME, MULHERES

Vestem-se de coragem
Ousadas, carregam os dias
Deitam-se com sutis esperanças

Andréa Abdala 


VALORIZAR

Mulher multifacetas
Tarefas executadas num piscar de olhos
Doméstica executiva

Marília Tavernard


MULHERES SOBERANAS

Importâncias inestimáveis
Sem preço e grande valor
Senhoras dos que brincam de senhor

Marcelo Marques


FEMININA E DE PALAVRA

Monogâmica mulher.
Lindo e eterno coração.
Maravilha e perfeição.

Oswaldo Martins


MADUREZA

Cabelos tingidos de branco
Luzes da experiência
Destino desinibido de resistir.

Valéria Pisauro


GÊNERO FERIDO

Ecoam dores e clamores
Fila da farinha sem fim
Mulher-Gaza povoa o mundo

Dirce Carneiro


MULHER POESIA

versos flutuam no infinito
alma fortecida resiste
sussurra faminta existência

Luciene Avanzini


MULHERES DAS LETRAS

seu pensar no papel
ideias que brigam
escrevem farpas diárias

Claudio Trindade


DO FEMINISMO

todo jardim é uma guerra
rosas têm pétalas e caem
mulheres apanham

lilian maial


ÓVULOS ROMPIDOS

olhos de Palas tinha
perdido olhar de Gaza
ó vários destinos

Francisco José


CAI NA REAL

sono pouco, sonhos muitos
não ter marido… ganhar na loteria
segue a vida… marmita vazia

José de Castro


UNIVERSO MULHER

Um planeta fora de órbita
cheia de dedos... e de anéis
vaidade na passarela

Cleusa Piovesan

FORÇA AMAZÔNICA

contra invasões
Dorothy da esperança
anjo da floresta

Claudio Trindade

22 de mar. de 2024

PAULO LEMINSKI

 

NOME COMPLETO DO PATRONO: Paulo Leminski Filho

NOME LITERÁRIO DO PATRONO: Paulo Leminski

 

Paulo Leminsky


DATA DE NASCIMENTO DO PATRONO: 24/08/1944, Curitiba/PR

DATA DE FALECIMENTO DO PATRONO: 07/06/1989, Curitiba/PR

CADEIRA NÚMERO: 11

FUNDADOR DA CADEIRA: José de Castro

OCUPANTE ATUAL: José de Castro

 

VIDA E OBRA DE PAULO LEMINSKI

 

          O nome completo de Paulo Leminski é Paulo Leminski Filho. Nasceu em 24 de agosto de 1944, em Curitiba/PR. Era filho de Paulo Leminski, militar de origem polonesa, e Áurea Pereira Mendes, de descendência africana.

          Com 12 anos, Leminski ingressou no Mosteiro de São Bento, em São Paulo, onde estudou latim, teologia, filosofia e literatura clássica. Em 1963, abandonou o Mosteiro, e nesse mesmo ano foi para Belo Horizonte onde participou da Semana Nacional de Poesia de Vanguarda, quando conheceu Décio Pignatari, Haroldo de Campos e Augusto de Campos, criadores da Poesia Concreta.

          Antes disso, em 1961, casou-se com a artista plástica Neiva Maria de Sousa, da qual se separou em 1968.  Nesse mesmo ano, casou-se com a poeta Alice Ruiz, com quem teve três filhos: um menino (Miguel Ângelo), que faleceu aos dez anos e duas meninas: Áurea Alice Leminski (homenagem à sua mãe e à esposa) e Estrela Ruiz Leminski.

          Em 1964, publicou seu primeiro poema na revista “Invenção”, editada pelos concretistas. Nesse mesmo ano, assumiu o cargo de professor de História e Redação em cursinhos pré-vestibulares.

          Em 1966, obteve o primeiro lugar em um concurso popular de poesia moderna. De 1969 a 1970, decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator de publicidade e TV.

          Publicou textos em revistas alternativas, antológicas do tempo marginal, como “Muda”, “Código” e “Qorpo Estranho”, publicações que consagraram grande parte da produção dos anos 1970.

          Em 1975, Paulo Leminski iniciou sua trajetória de “escritor maldito” com o romance “Catatau”, por ele classificado como prosa experimentalista. A obra é uma espécie de alegoria tropicalista que gerou críticas não muito favoráveis. Chegou a publicar mais um romance, intitulado “Agora é que são elas”.

          Leminski foi jornalista, escritor e poeta de vanguarda, ensaísta, crítico literário, tradutor, professor, além músico e letrista. Considerava-se um designer de texto.

          Dominava seis idiomas: latim, grego, japonês, inglês, francês e espanhol. Traduziu diversas obras de autores e personalidades como John Fante, Lawrence Ferlinguetti, James Joyce, John Lennon, Samuel Beckett, Petronio (Satyricon, traduzida do latim), além de ter traduzido um livro sobre poesia egípcia antiga. Publicou alguns ensaios literários e biografias de Cruz e Souza, Matsuo Bashô, Jesus, Trotski e Edgar Allan Poe.


18 de mar. de 2024

ANTHERO MONTEIRO

 

NOME COMPLETO DO PATRONO: ANTHERO MONTEIRO

NOME LITERÁRIO: ANTHERO MONTEIRO

Anthero Monteiro


DATA DE NASCIMENTO: 04/04/1946

DATA DE FALECIMENTO:  05/04/2022

NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 05

FUNDADOR: ANTHERO MONTEIRO

NOME DO ACADÊMICO ATUAL: VALÉRIA PISAURO


VIDA E OBRA DO PATRONO


ANTHERO MONTEIRO nasceu na vila de S. Paio de Oleiros, concelho de Santa Maria da Feira, Portugal, em 1946.

Estudou na Congregação do Espírito Santo, em Viana do Castelo e em Braga, e concluiu os estudos secundários no Liceu Nacional de Aveiro.

Licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Fez o Mestrado em Estudos Portugueses, na Universidade de Aveiro e publicou, na Roma Editora, de Lisboa, a dissertação: “O Misticismo Laico de Manuel Laranjeira”.

Trabalhou na Direção-Geral do Ensino Básico como coordenador de orientadores de estágios pedagógicos.

Ministrou aulas de português e francês e coautor de oito livros didáticos na Editorial Asa e na Porto Editora, destinados a Portugal e a Cabo Verde. Colaborou num dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora.

Coordenou uma experiência pedagógica, denominada ICAV – Iniciação à Comunicação Audiovisual, durante cerca de dez anos, na zona norte e centro do país.

Atuou na formação de docentes na área da Didática Específica da Língua Portuguesa, em vários centros de formação de professores (Santa Maria da Feira, Porto, Espinho, Oliveira de Azeméis e outros).

Publicou na Revista Voz Activa, do Centro de Formação das Escolas de Espinho, vários artigos de índole pedagógico-didática, e ensaios literários, entre eles: “O Estereótipo na Comunicação” na revista Colóquio – Educação e Sociedade, da Fundação Calouste Gulbenkian; o ensaio “O Monstro-Barão, a Bela Adormecida e a Rosa Mística”, na revista Forma Breve, da Universidade de Aveiro, além de vários ensaios publicados em “O Primeiro de Janeiro” e apontamentos sobre história local no jornal Diálogo e na Revista Villa da Feira, da Liga dos Amigos da Feira.

Diretor e fundador, durante doze anos, do jornal regional “Diálogo”, da sua terra natal.

Dirigiu por trinta e oito anos, a Biblioteca Pública de S. Paio de Oleiros, onde organizou colóquios, feiras do livro, encontros com escritores, visitas de escolas, sessões de cinema e de poesia, feiras do livro, entre muitos outros eventos.