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31 de mar. de 2021

POETRIX: UM JEITO BRASILEIRO DE FAZER TERCETOS - Por Lílian Maial

Desde seu nascimento, no final da década de 90, o poetrix vem causando polêmica, além de demonstrações dramáticas apelativas de arroubos críticos nos desavisados, ou aqueles que se ocupam em criticar o que não entendem, o que não conhecem a fundo, ou o que simplesmente ignoram. 

Em alguns casos, apenas o desdém dos que não participaram de seu nascimento.

Goulart Gomes, poeta baiano, é um aficionado pela língua portuguesa, um estudioso de seus signos, e um inteligente defensor de neologismos. Goulart – poeta premiado – frequentava grupos de estudo e discussão dos haikais, porém, como bom brasileiro (e baiano), percebeu que o haikai é um produto genuinamente oriental, interessando as quatro estações do ano (muito bem delimitadas no Japão), como uma fotografia de instantes poéticos. Nada a ver com nosso modo irreverente, sarcástico e social de fazer poesia. Nada a ver com os modernismos que já eram impostos aos tercetos tropicais, banalizando a terminologia nipônica que tão bem define e pratica o haikai.

Assim, Goulart deixa os grupos de haikais, como um dissidente inquieto, e elabora um manifesto, numa tentativa de “abrasileirar” os tercetos, diferenciando-os dos haikais.