(Um retrato poético das mulheres que me teceram ao longo do Tempo! Minha ancestralidade)
BISA
retrato ovalado, rosto sisudo
Vestido preto, coque alinhado
Sonho com seu sorriso
MINHA AVÓ E SEU TEMPO ANALÓGICO
Varrer as folhas da saudade
Novo calendário na parede
Dar corda no relógio
TIA DAS DORES VIÚVA
Limpar a poeira
Folhear o velho álbum
Aquietar as lembranças
MINHA MÃE E SEU CASTELO
Menina-moça fugiu
Contos de fada com o príncipe
Hoje, enfadada da lida.
EU E MINHAS SEMENTES
Atrasei relógio biológico
Sem filhos, plantei girassóis
Pari poemas
Gilvânia Machado
2 comentários:
Excelentes homenagens que a poeta faz à sua ancestralidade. Preservar memórias é um lindo gesto. Parabéns, Gilvânia.
Somos um mosaico infinito. Pedaços acimentados de nossos ancestrais, casa qual no contexto do seu tempo. Parabéns pela homenagem, Gil.
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