4 de jan. de 2024

Discurso de Posse de Luciene Avanzini



Saúdo a Presidente desta Casa, Andréa Abdala, a toda Diretoria, a Comissão que organizou a eleição para novos membros 2023 e a todos os acadêmicos.

Gratidão aos que confiaram o seu voto na minha trajetória literária. Farei o que estiver ao meu alcance para continuar sendo digna da confiança de vocês.

Parabenizo Goulart Gomes por sua iniciativa de criação da Academia Internacional Poetrix, ao lado de todos os que acreditaram nele e colocaram esse projeto em ação. Acredito que a AIP é um meio poderoso para a definição, desenvolvimento, promoção, estímulo fortalecimento, amadurecimento e divulgação do Poetrix!

Sou biológa, professora, contadora de histórias, amante das artes. Desde que me entendo por gente, a magia da leitura me capturou nas malhas das suas redes, o que me levou a me aventurar na escrita. Sou uma eterna aprendiz na arte de escrever! É nela que coloco minhas alegrias, angústias, tristezas, esperanças, de forma que, cada poema é um pedacinho de mim que será compartilhado com meus leitores!


O meu encontro com o poetrix se deu através da Rosângela Trajano (Danda). No início resisti um pouco, não acreditava conseguir criar poetrix, sentia dificuldade em aplicar e entender as diretrizes que a bula exigia, mas com tempo e a paciência dos integrantes da Confraria Ciranda Poetrix passei a pensar e amar esse terceto. Hoje, assumo que sou viciada no Poetrix e a cada dia aprendo um pouco mais! Estou sempre engajada em divulgar essa expressão literária através das minhas redes sociais em saraus literários. Atualmente tenho dois livros-solo: Tecituras Poetrix – 1ª Ed – vol 27, Belo Horizonte, Venas Abiertas (2021); e Vivências Poetrix, 1ª Ed – São Paulo: Scortecci (20023). Participo também de Antologias específicas de poetrix organizadas pela Confraria Ciranda Poetrix.

Faço parte da Diretoria e da Comissão de Avaliação de Conteúdo do Selo Confraria Ciranda Poetrix, que tem como objetivo publicar obras específicas de poetrix, além de auxiliar no dia a dia com as pré-avaliações dos poemas que irão para votação, um grande desafio que deu certo. Muitos outros projetos estão na incubadora e logo circularão entre nós!

E viva o Poetrix!

Biografia do Patrono

ANÍBAL BEÇA

Aníbal Beça (Aníbal Augusto Ferro de Madureira Beça Neto) (1946-2009) nasceu em Manaus, Amazonas, no dia 13 de setembro de 1946. Filho de Alfredo Antônio de Magalhães Beça e de Clarice Corrêa Beça. Era sobrinho-neto do escritor Aluísio Azevedo, parentesco herdado da sua avó materna que era sobrinha do escritor. Começou seus estudos em Manaus, e na adolescência foi para Novo Hamburgo (RS) onde estudou no Colégio São Jacó. Teve a alegria de conviver com o poeta Mário Quintana, em Porto Alegre.

Aníbal Beça foi poeta, jornalista e compositor brasileiro. Ao voltar para Manaus, trabalhou como repórter, redator e editor em diversos jornais locais. Foi ainda diretor de produção da TV Cultura do Amazonas, época em que idealizou o suplemento literário O Muhra, editado pela própria secretaria.

Ele tinha um jeito todo seu de escrever, gostava criar um conteúdo reflexivo, trazendo a condição humana e a preocupação com o sentido da vida, da inconstância do tempo e do amor e seus desencontros. Alguns dos seus poemas já apresentavam versos curtos, buscando uma linguagem econômica. Esse amazonense, influenciado por Luiz Bacellar, tornou-se o segundo haicaísta de Manaus e mostrou que o haicai é uma poesia presente de norte a sul do Brasil. Interessante é perceber que seus haicais são tão naturais, que acabam se confundindo com a própria floresta amazônica:



“Num piscar de olhos
pestanas batem asas
foi-se a borboleta.”

“Folhas abafadas:
desperta o uirapuru
a manhã da selva.”

“Cúmulos nimbo –
a última lua azul
se pôs amarela.”

“Sob a luz da lua
segue em direção da toca –
tranquilo tatu.”



Entre suas obras destacam-se:

Folhas das selvas – Haicais; Filhos das Várzeas (1984); Marupiara – Antologia de Novos Poetas do Amazonas (1988); Suite para os Habitantes da Noite (1995); Banda da Asa (1998); Folhas da Selva (2006); e Noite Desmedida & Terna Colheita (2006).

Foi vice-presidente da União Brasileira de Escritores (UBE-AM), presidente da ONG “Gens da Selva”, Presidente do Sindicato de Escritores do Estado do Amazonas, Presidente do Conselho Municipal de Cultura e Membro da Academia Amazonense de Letras. Foi também membro do Clube da Madrugada, entidade que reunia os movimentos renovadores das áreas literárias e artísticas do Amazonas. Envolvido com a música, deixou contribuições como compositor, produtor de espetáculos e de discos. É autor de vários sucessos da música popular regional. Participou ativamente de diversas manifestações culturais do Amazonas.

Aníbal Beça faleceu em Manaus, Amazonas, no dia 25 de agosto de 2009.

Termino aqui, repleta de gratidão, e deixo um pouco de mim em forma de poetrix:


A SETE CHAVES

minha alma sussurra
rasgo-me em prosa e verso
rabisco segredos

Luciene Avanzini


3 comentários:

Andréa Abdala disse...

Seja bem-vinda, maninha Luciene!!

Boveto Sandra disse...

Parabéns, Luciene. Gostei de te conhecer um pouco mais.

Marilda Confortin disse...

Bem vinda Luciene! Sinta-se em casa 🌸