18 de ago. de 2022

Entrevista com Acadêmico - Francisco José

 AIP - ENTREVISTA POR ESCRITO DE ACADÊMICOS PARA O BLOG DA AIP

ENTREVISTADO:
ACADÊMICO: FRANCISCO JOSÉ SOARES TORRES
CADEIRA: 24
PATRONO: MARCOS GIMENES SALUN

Neste mês apresentamos a entrevista com o médico, escritor e poeta, Acadêmico Francisco José Soares Torres.

Sua Biografia completa pode ser lida no menu Biografias, do Blog da Academia. Seu discurso de posse também está disponível na sua página pessoal neste Blog.

Primeiramente, quero agradecer ao acadêmico por ter aceitado dar esta entrevista, exclusiva, para o Blog da Academia Internacional Poetrix – AIP. Agradeço também em nome da Diretoria.

1) Fale-nos um pouco de você: onde nasceu, sua infância, que lembranças guarda com sua família, o que é prazeroso recordar.

Nasci no dia 12 de novembro de 1956. Nesta data, meus pais estavam em Crateús, Ceará, para onde haviam se dirigido a fim de que minha mãe me desse à luz e de onde retornaríamos em seguida, a Buriti dos Montes, Piauí. Fui batizado na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim tendo como padrinho de batismo, São Francisco de Assis.
De volta para casa, cercada por areia cristalina, brincava no quintal aberto, empurrando com as mãos cepos de madeira de lei como se fossem carros e trotando vértebras de bois com os dedos indicador e médio escarranchados na curvatura desses ossos, como se fossem lombos de gado da fazenda.
Então, elevava os olhos para os morros que cercavam Buriti dos Montes, imaginando o que haveria para além daqueles cumes envoltos em mistério e magia. Em minha imaginária máquina do tempo, vejo minha avó carregando uma lata d’água protegendo a cabeça com uma rodilha de pano e meu avô, depois de embrenhar-se por breves momentos, no mato, voltar com um feixe de lenha nas costas atirando-o com estrupido no chão para hábil destroçá-lo com o machado, lenhando a madeira em cavacos para acender o café da manhã; minha mãe abrir os mourões da porteira do curral a fim de ordenhar as vacas leiteiras, deixando, no interior do cercado, do lado de fora, os machos e se dirigindo até uma fôrma rústica de madeira para prensar o queijo de coalho, sendo que metade do leite era recolhida em tigelas de Agnes para ser bebido mugido; revejo meu pai à luz de lamparina, fazendo deslizar, entre as palmas das mãos, um frasco de penicilina com o pó liofilizado, enquanto a seringa de vidro, a agulha de metal e o êmbolo da injeção fervilhavam na água, flambados por uma chama azul, alimentada com álcool, para aplicar no deltoide de minha avó, que estava morrendo: naquele momento, desejei ser médico. Em cima da mesa de madeira mal talhada, o café borbulhava na água que desmanchava um pedaço de rapadura para adoçá-lo. Logo que levantávamos da mesa, começava um sarau de poesia...

2) Você nasceu num berço literário. Sua mãe recitava poesia para você dormir. Outros membros da família também cultivavam a arte. Fale-nos sobre isso.

Minha mãe me embalava numa rede para dormir, declamando de cor versos da literatura de cordel, principalmente os cadernos do poeta José Camelo de Melo Resende: O Romance do Pavão Misterioso, Pedrinho e Julinha, Coco Verde e Melancia, O Valor da Mulher, Entre o Amor e a Espada, e Os Três Cavalos Encantados e seus Três Irmãos, que meu pai trazia de Crateús, de onde chegava com os alforjes da sela do cavalo recheados de boa leitura. Um tio poeta me incentivava a ler em voz alta, depois do jantar, à luz de uma vela feita de sebo de carneiro, embebida em azeite, num pires, em verso e prosa, tudo o que existia na pequena biblioteca da família. Meu pai era repentista e sobrinho-neto de um conhecido poeta da região, o qual era cego.

3) Como médico, a Literatura, enquanto Arte, interage com a Medicina, no seu caso?

Gosto muito de Mitologia: o centauro Quíron , nascido na Tessália, no Norte da Grécia, era médico ...

Nasci no Sertão dos Inhamuns, leste do Piauí, terra de gente que não come barro, uma região infestada por cascavéis que elevavam na ponta da cauda o chocalho, de onde tiravam as notas do prelúdio de um breve canto de morte, onde a luta por sobrevivência era difícil e transcorria numa era de devastação e miséria, tornando a maioria das pessoas rudes e práticas e comumente não formava habitantes com índole de artista, mas gerou uma família que se tornou o oásis poético desse rincão duro e seco, cantando sua terra e sua gente de forma simples e delicada, espalhando por toda a região um singelo canto. Que ninguém se aproximasse demais dos poetas, esse era o recado que dava a vida real. Mas como carregava a síndrome do mal dos poèts maudits comigo, fiz Medicina para curar um pouco a mim mesmo também. Durante longos anos dedicados ao exercício de uma das mais belas das artes, pensei que estivesse “curado”: engano fatal! Paulatinamente, aquela miíase que havia sido implantada e permanecia em estado latente em meu corpo, após um longo período de incubação volta, atingindo-me com toda sua “virulência”, infectando-me “gravemente”. Assim, entre sonhos e pesadelos, entre ciência e delírio, era acordado no meio da noite pela Inspiração. Como o mito de Prometeu, que durante o calor do dia tinha o fígado devorado por uma águia (o tal germe) para somente diante do frio da noite se recompor, espero levar um tempo indeterminado para, entre tapas de um verme (praticando a arte da clínica) e beijos de uma musa (exercendo a arte da escrita), poder conservar todas as energias exigidas para o devaneio poético.

4) Existem idas e vindas em sua vida. Sua mãe viajou a Crateús especialmente para o seu nascimento, tendo voltado a Buriti dos Montes, onde se criou. Este fato tem algum significado especial para você?

Sim, minha mãe saiu de sua cidade-natal para meu nascimento num centro mais avançado porque algumas mulheres estavam morrendo de parto nas mãos de parteiras práticas. Só que, quando nasci, fui acometido de uma “doença do recém-nascido”, dizendo os médicos que não tinha cura. Então, minha mãe fez uma promessa a São Francisco de Canindé, cidade cearense localizada a duzentos quilômetros de Crateús. Antes de retornar ao Piauí, batizou-me e escolheu como meu padrinho de batismo São Francisco de Assis, promessa que eu deveria pagar quando fosse adulto. Paguei a promessa no dia 20 de julho de 2003. A partir daí, todos os anos, no dia 4 de outubro, faço minha “romaria” a Canindé.

5) Seu nome - Francisco – é em homenagem ao Santo. Fale-nos sobre isso, a importância desse personagem na sua história.

Meu nome seria Fernando, mas ficou sendo Francisco José: o primeiro nome em homenagem ao Santo e o segundo em referência a meu avô materno, cujo nome era José, que também tinha ido acompanhar sua filha Maria a Crateús e foi meu padrinho por procuração. Sempre prestei verdadeira devoção ao santo italiano, cujo nome era Giovane, antes que seu pai, ao regressar de uma de suas viagens à França, mudasse o nome do filho para Francesco, em homenagem aos franceses. São Francisco sempre foi como um amigo próximo, um “farol” em minha vida, o poeta da Lauda das Criaturas, ou Cântico do Irmão Sol. Em 2016, participei do XXVI Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores com o conto Irmão Sol, Irmã Lua, que me rendeu uma premiação e que conta a história de amor impossível entre Francisco e Clara de Assis. Tenho como livros de cabeceira: a hagiografia Vida de São Francisco de Assis de Tomás de Celano, a biografia Francisco de Assis de Hermann Hesse e as laudas Flagelo e Amor de Jacopone da Todi, poeta franciscano que viveu entre 1230 e 1306, um dos nomes mais notáveis da poesia italiana, estudado e apreciado por Giuseppe Ungaretti e Otto Maria Carpeaux.

6) Essa aura profética no seu entorno, o nome das cidades, a escolha do seu nome, a família, o seu interesse, desde cedo, pela Literatura, os concursos. Fale-nos sobre isso.

Fiz minha primeira viagem, de Buriti dos Montes a Castelo do Piauí, de caminhão-misto e de Castelo para Teresina, de ônibus-misto: um caminhão com uma boleia seguida de três ou quatro fileiras contínuas de bancos feitos de madeira com assentos para passageiros, uma carroceria também de madeira para carregar mercadorias e, no teto, um bagageiro para as malas; o ônibus-misto era bem parecido com o caminhão, só que um ônibus adaptado, em vez de um caminhão. Em 2018 escrevi o conto Viagem Insólita para A Pizza Literária - Décima Quinta Fornada – da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores, 30 Anos de fundação da Regional São Paulo, em que o personagem viajava em um caminhão-misto. Viajei depois de ônibus convencional e de trem azul - um trem de passageiros com ar condicionado e serviço de bordo melhor do que o dos aviões de hoje. Da poltrona, pela janela, via a natureza mudando e escrevia, rezando, o poema, Suprema Rima; e assim as viagens prosseguiam, até finalmente chegar ao destino; encantava-me com os nomes das localidades, mesmo antes de conhecê-las e fazia alusões a ilusões. Em Castelo, li toda a coleção Clássicos Literatura Universal, bem como os livros de filosofia Os Pensadores. No Curso Primário ganhei meu primeiro concurso, com tema sobre o Dia da Independência, de onde retiro o trecho:

Tassalhos de Joaquim, pedaços de José,
para Silva ver.
Xavier o modelo independente,
esquartejado nas cidades de Minas,
exemplo àqueles que também,
quisessem ser
os mais novos mártires da Independência,
carne fresca para açougueiro vender.

Já em Teresina, no Ginasial, a nível municipal, fui premiado com uma redação sobre Os Idosos que versava sobre A Semana do Idoso e no Ensino Médio ganhei os concursos Maratona Escolar de Literatura nos níveis estadual e nacional quando meu conto O Passado É Inevitável foi publicado num jornalzinho da Bloch Editores e que mais tarde, em 2014 publiquei nos Anais do Conselho Regional de Medicina do Piauí.

7) Que livros você já escreveu e em que gêneros? Qual a matéria dos seus livros? Tem estratégia especial para vender suas obras?

Publiquei seis livros de poesias: Nossas Estações, O Céu dos Poetas, Síndrome Poética, A Barca do Sal, O Poeta das Areias e Poetrix – O Terceto Fantástico; escrevi um livro de crônicas: O Planeta dos Macróbios e outro de Contos: O Outro Lado, além de participar como coautor em algumas coletâneas: Anais da Sociedade Brasileira de Médicos Escritores (SOBRAMES); A Pizza Literária da SOBRAMES Paulista; Poetrix – 22 Anos de Arte Poética, do Selo da Confraria Ciranda Poetrix; das Antologias: R[E]XISTIR, proposta por Goulart Gomes e Aila Magalhães e Antologia 8 Infinito, primeira Antologia organizada pela Academia Internacional Poetrix –AIP- a ser lançada, que foi proposta pela atual gestão da Diretoria da AIP, sob a coordenação de Lilian Maial; além das antologias: SPINA – A Nova Poesia Brasileira e De Mãos Dadas, da Associação Brasileira dos Poetas Spinaístas (SBPS).

A matéria de meus livros gravita entre a poesia livre e o Poetrix, passando por Contos, Crônicas, Peças de Teatro (Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, no prelo) e Literatura de Cordel: A Peleja do Poeta com o Robô, O Retorno de Lampião ao Sertão, O Poeta do Amanhã (já publicados) e Bob Esbanja e Lula Maluco (a publicar).

Em nosso país, infelizmente, não existe um público admirador de livros, portanto, publico meus livros para amigos e familiares, sempre na expectativa de se tornarem populares, o que pode vir a acontecer, quem sabe, um dia?

8) Como escolhe os títulos de suas obras? Se fosse definir o seu estilo, na prosa e na poesia, o que diria?

Os títulos de meus livros de poesias geralmente fazem referência a um poema em destaque, que figura como título da obra, o mesmo acontecendo com os contos, com as crônicas e com os cordéis (organizei seis cordéis de minha autoria em um único livro e dei a ele o título de um dos livretos). Tenho uma única peça teatral escrita. Definiria o meu estilo como de gênero lírico na poesia, fantástico no conto, crítico na crônica e político na peça teatral.

9) Como conheceu a poesia minimalista – o Poetrix? Desde quando escreve Poetrix?

Já conhecia o Haicai, tendo escrito alguns. Conheci o Poetrix pelo Facebook, por intermédio do jornalista Marcos Gimenes Salun - integrante do MIP - em 2016 o qual me convidou para o Grupo Poetrix em 2018, quando publiquei um único terceto:

OLHANDO O CÉU

peguei carona
cheia de estrelas
passava a noite.

Mas só comecei a publicar regularmente a partir de outubro de 2020, pois fiquei dois anos estudando o Poetrix. A partir daí, passei a publicar em média um Poetrix por dia no Grupo Poetrix e no Recanto das Letras.

Quando fiquei sabendo que o estado de saúde do Salun tinha se agravado bastante, decidi que, se fosse eleito para a AIP  e o pior viesse a acontecer ao meu amigo, o tomaria como meu patrono, o que de fato aconteceu. Em setembro de 2021, candidatei-me à Academia Internacional Poetrix – AIP, sendo eleito em novembro.


10) O que acha do movimento minimalista? Qual o seu legado?

Sempre gostei da escrita minimalista. O minimalismo na linguística vem se desenvolvendo mais, desde o início dos anos 1990, partindo do princípio de que a estrutura gramatical não deve ser algo maior ou mais complexa do que o mínimo necessário para, satisfazendo a gramaticalidade, alcançar o sistema ideal que o minimalismo procura explorar em seus conceitos, a partir de uma transformação defendida por Noam Chomsky na obra Aspectos da Teoria da Sintaxe ao dizer mais ou menos assim:

“A frase: ‘a mãe ouve que a criança canta’
poderia ser resumida em: ‘mãe ouve, criança canta’”.

Na Literatura, já gostava muito da obra de Ítalo Calvino, a exemplo de As Cidades Invisíveis e Palomar que são obras curtas, além de suas Seis Propostas Para o Próximo Milênio, uma “declaração de ética, mais que poética”, conferências para a Universidade de Harvard, livreto minimalista se comparado com A Hermenêutica do Sujeito, de Michel Foucault, conferências para o Collège de France. O legado da poesia minimalista chega ao Século XXI como adequado aos tempos modernos, quando se tem cada vez menos paciência para ler obras volumosas.

11) De onde vem sua inspiração para escrever? Como é seu processo criativo? Tem períodos em que não produz? Se sim, como reage?

Todo processo criativo nasce de fora, como realidade crua e se interioriza, enquanto arte: para a vida real, Sócrates não era bonito até mesmo para um filósofo, tinha uma redonda cabeça disforme, uns olhos grandes e fundos, o nariz túrgido de um leproso e Platão era uma figura de ombros largos de atleta, mas os bustos que chegaram até nós nos fazem enxergar modelos de homens adorados por seus discípulos. A Monalisa de Da Vinci era uma mulher encantadora, mesmo tirada do modelo masculino de um amante do pintor. A bela Harlot de Rodin não passava de uma desagradável mulher de rua estilizada pelo artista.

“Não se pinta com as mãos, mas com o cérebro”, disse Michelangelo.

Diz-se que a imaginação precede o pensamento - e é necessária a ele; e que a atividade formadora de imagens na mente vem antes da atividade racional que forma os conceitos. É assim meu processo criativo: embelezando a fealdade estética e enfeando a beleza amórfica. Quando acho que não estou produzindo bem, procuro dormir mais, porque minha inspiração vem sempre depois de uma breve dormida, a me puxar pelo dedão do pé e só consigo voltar a pegar no sono novamente, se escrever algo poético ou criativo.

12) Como se sente sendo acadêmico da Academia Internacional Poetrix – AIP? Você já nos contou porque escolheu Marcos Gimenes Salun como seu patrono, bela homenagem.

Foi um sonho lindo, ter sido eleito para a AIP. 
Quando recebi, no dia da eleição, a mensagem de Lílian Maial (foto à esquerda) no Messenger eu idealizei ainda mais a bela figura feminina da poetrixta que me havia convidado para concorrer a uma das vagas: vi seus olhos brilhando para mim, as covinhas de seu rosto, foi como visualizar o holograma de uma deusa, tamanha era minha satisfação. 
Minha felicidade foi indizível ao entrar para o Grupo da AIP, participar das Berlindas, do Melhor do Mês, depois compor a Diretoria, tudo funcionou para mim como uma bela e desejada utopia de mel, da qual jamais quererei sair.

A escolha do Marcos Gimenes Salun (foto à direita) partiu de um desejo meu de poder sentar-me a seu lado na Academia porque nos tornamos grandes amigos e ele era membro do Movimento Internacional Poetrix - MIP que havia me apresentado o Poetrix em 2016.

13) Como é sua interação nas atividades oficias da Academia?

A melhor possível. Sempre com respeito e admiração por todos os membros-confrades. Sou muito grato a toda a Diretoria, que me tem apoiado e ajudado bastante, haja vista uma de certa limitação em lidar com a tecnologia da informática. Nos Saraus posso contar com o incentivo da Diretoria e com a participação dos demais membros da AIP.

14) Qual projeto você gostaria de implementar na AIP?

Tenho proposto o que considero mais uma ação do que um projeto propriamente dito. Gostaria que nós membros da AIP divulgássemos a Academia Internacional Poetrix nas Academias Estaduais de Letras, cada acadêmico em seu respectivo estado. Lembro que o Professor Wilson Seraine, de Teresina, ao ser convidado como membro-pesquisador da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, divulgou a ABLC na Academia Piauiense de Letras, enobrecendo a popular Literatura de Cordel. Wilson não é cordelista, mas um estudioso da literatura de cordel e integra a ABLC como membro-pesquisador.
Tenho frequentado as reuniões da Academia Piauiense de Letras aos sábados a cada quinze dias e entendo que essa é uma forma de divulgarmos a poesia minimalista Poetrix.
Na foto à esquerda, na Academia Piauiense de Letras, com o Presidente Zózimo e poeta Chico Miguel de Moura, oportunidade para divulgar o Poetrix.

15) Fale-nos dos projetos de que participa onde mora. Especialmente, como Presidente de Academia, poderia traçar um paralelo com a AIP?

Sou Presidente da Academia de Letras do Vale do Poti – ALVAP -, no município de Buriti dos Montes, PI, onde trabalhamos com alguns projetos: Maratona Escolar de Literatura nas escolas municipais e estadual de ensino; fundamos uma Academia Estudantil de Letras; fizemos um concurso de Poetrix entre os membros da ALVAP após uma oficina de Poetrix, com o apoio da Confraria Ciranda Poetrix e estamos estendendo o concurso entre os estudantes, por intermédio da Academia Estudantil; divulgamos o Poetrix entre os professores, tal que alguns já estão começando a defender Trabalhos Científicos de Cursos Superiores utilizando como tema o Poetrix. Como estou membro da Diretoria da AIP (cargo do qual me orgulho muito), fazemos na cidade sede da ALVAP e demais cidades da região, um trabalho de apresentação de Saraus, melhores poemas do mês e uma berlinda que chamamos de Seu Gosto na Berlinda, antigo programa de rádio de Teresina dirigido pelo famoso e saudoso radialista Roque Moreira, como um paralelo e sob a inspiração da AIP e do Poetrix, que estamos sempre divulgando por todos os rincões onde trabalhamos a poesia.

16) Interage nas redes sociais com sua escrita, especialmente Poetrix, em quais espaços, nas redes sociais? (whatsapp, facebook, site, blog).

Publico meus Poetrix nos grupos de Whats App dos quais faço parte (AIP; Confraria Ciranda Poetrix; ALVAP – ESCRITORES; ACADEMIA INTERNACIONAlL POETRIX; Publicação AIP; Por um TRIX, e LITERALIDADE); No facebook: Academia Internacional Poetrix - AIP, Grupo POETRIX e facebook pessoal. No instagram pessoal: franciscojosesoarestorre. No Recanto das Letras. E no Blog da AIP.

Publico outras formas poéticas, como SPINA no grupo Sociedade Brasileira de Poetas Spinaístas e Cordel na forma de livretos de cordel em sites e blogs de outros cordelistas.

17) Qual sua opinião sobre os coletivos literários na internet?

Os coletivos literários, como as antologias e coletâneas tradicionais, já nos são bastante familiares e fazem parte da rotina de escritores que, assim, passam a otimizar o alcance de seus textos. Os coletivos literários na internet tornam-se mais ágeis e populares, com publicações dos mais variados gêneros em sites específicos, proporcionando, na diversidade, textos eróticos, sonetos, contos de terror ou textos de cunho político, tornando esse ambiente totalmente democrático, possibilitando a seus autores mostrarem as suas melhores facetas e geralmente permitindo ampliar a diversidade geográfica ao encurtar distâncias entre as várias regiões do Brasil, podendo englobar também, outros países de língua lusófona como Portugal e Moçambique, por exemplo, e ainda os Estados Unidos.

18) Como você encara o papel da Arte na nossa vida, na sociedade, no Brasil e no mundo?

A Arte enquanto Estética é necessária a todas as atividades do ser humano e pode ser encontrada na Política, na Lógica, na Ética e mesmo na Metafísica prolongada – a Epistemologia, considerada por alguns filósofos como “uma ciência desinteressante e sem méritos”, porém não penso assim, e Kant é um grande exemplo disso. No Brasil atual a Arte vem sendo desmerecida, desfalcada da sociedade, precisamos voltar a estampá-la e decalcá-la no pensamento do brasileiro em geral, pois discordo veementemente do autor de O Imbecil Coletivo, porque nosso país não é um gigante que se deita “em berço esplêndido”, e o brasileiro é um Davi em pé de arte, pronto para derrubar qualquer Golias.

19) O que aconselha para quem quer chegar a ser um bom escritor? Quais são as características de um bom escritor?

Perseverança, amor e dedicação à escrita, começando cedo porque, É de pequenino que se torce o pepino, um tipo de slogan da Editora Brasil-América LTDA (EBAL) especializada em quadrinhos infanto-juvenis que eu lia desde criança; procurar um espaço para publicações, que pode ser desde as redes sociais até uma editora qualificada. Manter um bom ritmo tanto de leitura como de escrita. Quando adolescente, escrevia para grandes editoras do Rio de Janeiro na seção Concurso de Contos, onde não era aceito por ser menor de idade, e meus pais não poderem dar o seu aval porque não deviam saber dessas imersões literárias que eu escondia, mas que eram verdadeiros exercícios de escrita. Bom escritor, para mim é aquele que escreve muito, aprende com os erros, busca os acertos.

20) E quanto ao Poetrix, que conselho daria para quem deseja atingir o bom Poetrix? O que acha da questão fatiar ou não fatiar? Você acha que o critério do não fatiamento está prejudicando o Poetrix, como dizem alguns poetas?

Como disse Thomas Alva Edison: Genialidade é 1% de inspiração e 99% de transpiração. Nossa Pérola – O Poetrix tem sido bem mais generoso com os poetrixtas, ao afirmar: Poetrix é 10% de inspiração e 90% de transpiração. Mas é preciso suar. Meu Conselho é lapidar o Poetrix recém-saído do forno da inspiração, transpirar bastante e, como costumo dizer: o escritor é o estivador de pensamentos trabalhando num ativo porto, num fervilhante cais, no agitado mar de sua pacata existência, consultando as estrelas não apenas em busca de orientação nos mares, mas também, à procura de uma resposta para entender o enigma de sua própria vida. Acho que dá para evitar fatiar porque o Poetrix é um fardo que deve pesar sobre a cabeça do poetrixta, esse Platão de ombros largos, esse Sócrates de cabeça grande, esse Kant do existencialismo, este estivador de pensamentos trabalhados. Creio no critério do não fatiamento, nas santas Diretrizes, na remissão do pecado de fatiar, na ressurreição do bom Poetrix, na Poesia eterna, amém.

21) Cite autores que o influenciaram ou que você admira.

Fui influenciado pela literatura russa: lia desde cedo os romancistas Dostoievsky, Tolstoi (acabei de ler Tolstoi & Tolstáia, do casal Tolstoi, recentemente publicado), Gogol e o contista Tchekhov, e meu livro preferido é Os irmãos Karamazov.

Gosto também daquele alemão Hermann Hesse adepto da filosofia indiana de Sidarta; de Thomas Mann e sua Montanha mágica, de pensamentos; da poesia do Corvo de Edgar Allan Poe; dos Homens ocos de T. S. Elliot; do Mouro de Veneza de Shakespeare; das Metamorfoses de Ovídio; do José que foi Drummond de Andrade; dos Jardins de inverno de Pablo Neruda...

Não gosto de Paulo Coelho e nem Olavo de Carvalho, apesar de ter lido todos os livros de Paulo Coelho achando que o defeito era meu.

Li também os de Olavo de Carvalho tentando entender como um ativista de esquerda se transformou no guru da extrema direita, para concluir que o último se contaminou, definitivamente, com a Revolta contra o mundo, de Julius Evola.

No minimalismo, sou admirador de Calvino, Leminski e Álvaro Posselt.

No Poetrix propriamente, admiro todos os bons poetrixtas que conseguem construir belos tercetos.

22) Cite um poetrix e um poema seu dentre os preferidos.

Gosto do Poetrix: 

RELAÇÃO RETRÔ

ela em casa: mora
eu no banco: juro
no amor a_credito;

E do poema:

AMOR E ARTE

Sou a arte
De uma dor que me alucina
Sou a parte
De uma dor que me alumina
Sou mártir...
Sou ator da minha dor.
Sou o verbo
Conjugado e mal dormido
Sou acerbo
Não amado e não vivido.
Sou a luz
Do meu sol já esquecido
Sou o fel do meu amor.
Sou a parte
Dessa dor que não me ensina
Sou a arte
Desse ator da minha sina
Sou a bílis
Do doce da minha dor.
Sou o mel...
Do amargor da minha vida.

23) Finalmente, existe algo mais que queira acrescentar nessa entrevista?

Apenas e tão somente quero dizer que, tendo me escolhido como advogado crítico desta minha entrevista, afirmo que me saí tão bem quanto mal, portanto estou empatado comigo mesmo e qualquer juiz, diante desse fato, deverá me dar ganho de causa levando em consideração o famoso veredicto: “in dubio pro reo”!





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Entrevista exclusiva para a AIP - Diretoria de Comunicação
Agosto/2022 - Dirce Carneiro


40 comentários:

José de Castro disse...

Gostei demais desse caudal de informações que nos trazem inúmeras lições de vida, de literatura e de criação... Parabéns, nobre amigo e poeta. Admiro demais a sua inventiva poesia.... Grande abraço e desejo-lhe muito sucesso vida literária afora.

Marilda Confortin disse...

Filosofia e poesia pura, Francisco! Você é gigante até quando o Poetrix pede para vc ser mínimo. Belíssima entrevista. Parabenizo também a entrevistadora que soube extrair o teu melhor.

Dirce Carneiro disse...

Francisco nos leva dos clássicos ao moderno, passando pelo humor, o maravilhoso fantástico, vários estilos literários.
Muita poesia, as lembranças, a fantasia, o voo da imaginação...
Disciplinas se mesclam, demonstração de que tudo é ARTE, como preconizavam na Antiguidade.
Parabéns e muito grata!

Francisco José disse...

Grato, José de Castro, pelas palavras escritas, que aladas, saem do papel e alçam voo alcançando meus ouvidos. Um forte abraço!

Francisco José disse...

Obrigado, Marilda por ter tido alma e ouvidos para ler esta entrevista e me vestir de palavras tão carinhosas. Beijo no coração!

Francisco José disse...

Dirce é aquela entrevistadora que traz a medida certa para cada audiência: se por um lado é capaz de conter o nosso entusiasmo com a precisão de um ourives, por outro, sabe lançar calor e luz sobre o entusiasta, sendo que, no conjunto, formamos o corpo uníssono como o maestro com sua orquestra.

Dirce Carneiro disse...

Poeta és Francisco, nos versos e na prosa, imagino que também na Medicina...

Lorenzo Ferrari disse...

Chico muito boa a entrevista. Foi uma viagem as tuas terras e consegui visualizar todas as passagens. Vc escreve muito bem. Vamos chegar lá. Rumo ao poetrix atemporal...

Francisco José disse...

Lorenzo, sempre se lançando à frente de seu tempo, com a Academia no pensamento, a Confraria no coração e um brilho nos olhos!

Lilian Maial disse...

Francisco, estou boquiaberta com sua excepcional entrevista! Que delícia viajar com você pela infância - cheguei a sentir o cheiro do fogão de lenha e do café - conhecer a família-raiz, seus hábitos e todo esse alinhavo de amor e poesia! Gostosa de ler, interessante de conhecer, surpreendente no conteúdo literário! Impressionante sua cultura literária! Além de toda essa maravilha, fiquei absolutamente envaidecida com sua citação à minha pessoa! Não esperava esse carinho, que guardarei para sempre no meu coração! Como bem falou a Dirce, ficamos imaginando o médico incrível que vc deve ser! Bendito o dia em que o convidei para a AIP! Parabéns a você, pela bela é contagiante entrevista, e à Dirce, pela condução e execução da delicada tarefa! 🌹❤️😘

Anônimo disse...

Chico Zé, amado "afilhado" no Ciranda Poetrix, já conhece minha admiração pela sua competência literária. Quando o achei no Facebook foi "encantamento à primeira vista". Aceitou meu convite para integrar nosso grupo, batizado como Confraria Ciranda Poetrix. Sinto-me honrada com você lá, ficando, mais ainda, pelo convite que fez para prefaciar seu maravilhoso livro, o primeiro de Poetrix. Minha admiração cresce a cada leitura de sua obra, simultaneamente à nossa amizade.
Hoje, estou aqui, literalmente deslumbrada com o que li nessa entrevista. A narrativa poética de seu percurso de vida, seu gosto ímpar em escolha de palavras, citações, seu jeito peculiar de colocar as respostas deu um charme especial à imagem que tenho em mente de seu "ser". Incrível! Parabéns, meu Confrade querido, grandioso, maiúsculo! Não precisa de troféus, já é o próprio troféu consagrado da literatura. Parabenizo também a entrevistadora, que conduziu, de forma magnífica, a entrevista. Abraços poéticos para vocês!

Anônimo disse...

Beth Iacomini

Francisco José disse...

Lílian, querida você é neta de Teresina e isso já nos une bastante. Convite feito, pedido aceito, candidato eleito: sou filho de sua intenção. Caminhemos lado a lado, sigamos afim o ímã dessa estrada sempre rumo ao norte, rasgando o ferro e o boro desse chão, cavoucando a estrada da poesia da vida; e bebamos junto a água doce das plagas alagadas da escrita.

Francisco José disse...

Beth, minha madrinha de confraria. Teu belo ser mora comigo e me faz doce companhia. Te conheci antes de mim, quando teu vento já soprava do meu lado e no ir e vir de nossas células sanguíneas, fizemos o nosso coração sorrir: isso se chama dèjavú!

Andréa Abdala disse...

É uma honra estar dividindo este espaço com uma pessoa tão sensível, delicada, humana e nobre como você, Francisco. Obrigada pela entrevista.

Francisco José disse...

(PARA ANDRÉA)
Sua emoção é branca//Como a limpeza//De sua gratidão//Seu sorriso é franco//Como a leveza//De uma canção//Sua alma é o timbre//De seu olhar azul//Seu corpo tem tinta//De violão//Suave é a ave//Que ainda singra//No lar descampado//De tua campina//Luz de boa menina//No mar habitado//De um verde verão. (Nossas Estações - Francisco José Soares Tores - Editora da Gráfica do Povo)

Dirce Carneiro disse...

Agradeço as menções ao trabalho realizado. As Entrevistas da AIP resultam de uma aprovação da Diretoria à minha proposta, que a acolheu e trabalhou para idealizar o formato. Há um texto básico para as perguntas, contudo, cada entrevistado é estudado por mim para que as perguntas sejam adaptadas. Sempre que necessário eu recorro à Diretoria, quando surge alguma dúvida ou dificuldade.
Agradeço ao Francisco e a todos que foram entrevistados até agora, pela aquiescência e colaboração.
Tive contado com a poesia de Francisco por ocasião do concurso de Poetrix, quando a Confraria ainda era o Grupo Ciranda e quando eu ainda estava por lá. Ele se apresentou com o pseudônimo Chico Zé, com um poetrix bem sucinto, eu, que era da banca examinadora, logo percebi, pela modo de construir o poetrix, que se tratava de alguém que entendia do ramo literário e defendi o seu poetrix. Note-se que não sabíamos a biografia nem o nome verdadeiro dos participantes. Só tomávamos contato com os poetrix.

Francisco José disse...

Querida Dirce, essas entrevistas guardadas, muito bem escalonadas, fazem-nos saber quem somos: das hespérides, os pomos!

Pedro Cardoso disse...

Grande Irmão!! Que orgulho ler a sua entrevista. Nota mil, um grande abraço!!!

Francisco José disse...

Muito obrigado, grande Pedro. Você foi uma de minhas inspirações poetrixtas, logo que conheci o Poetrix. Grande abraço!

Regina Lyra disse...

Chico Zé,
Sua entrevista acrescenta coisas da sua vida pessoal e literária.
Você e um ser humano muito querido. Bom estarmos juntos nessa Academia e podermos trocar experiências enriquecedoras. Aplausos!

Francisco José disse...

Muito grato a você, Regina Lyra. Prazer em dividir esse espaço na Academia Internacional Poetrix com talentos como o seu. Bjs.

Lílian Maial disse...

Não canso de reler. Quero pegar um avião e pousar num poema seu, em Teresina!

Helson Soares disse...

Uma luz literária na nossa família. Buriti e região se orgulha do médico, mas tem verdadeira admiração pelo escritor. Nossa ALVAP só existe pela sua dedicação, mas seguindo esse farol poderemos ter bons frutos literários. Estou sempre a sua disposição.

Herculano Soares disse...

A escrita poética faz transmutação do sofrer em beleza. Dr. Francisco José nos brinda com uma história de vida que é própria personificação da linguagem poética, o que me faz acreditar que nosso mundo pode ser um lugar melhor, que quanto mais pérolas forem espalhadas, mais corações que estão congelados ou petrificados também transformarão suas dores em outras pérolas.

Thiago Monte disse...

Excelente entrevista, meu amigo. Uma luz sobre a sensibilidade e beleza de Buriti dos Montes e do potencial de seu povo.

Anônimo disse...

Parabéns, Dr. Francisco José, pelo seu talento, criatividade e inteligência! Escrever é uma arte,e você tem esse dom riquíssimo em conteúdo, assim como a arte de curar. Tens minha admiração! Parabéns, grande Mestre! Fico feliz pelas conquistas!👏👏👏

Francisco José disse...

Muitíssimo grato a Helson, Herculano e Thiago, acadêmicos da Academia de Letras do Vale do Poti (ALVAP), pelo carinho. Abraços, amigos, desse seu presidente de Academia. Sigamos!

Francisco José disse...

Muito obrigado, Ivone querida. Seu comentário é muito valioso para mim. Abraço.

Anônimo disse...

Parabéns Dr. pela belissima entrevista. Sempre admirei pelo excelente trabalho como médico. Nos ultimos anos tive a oportunidade de conhecer um pouco como poeta e escritor, pois tenho a honra de conviver com o mesmo nos trabalhos da ALVAP. E hoje, certamente mutiplicou-se minha admiração , ja que, Francisco José além de nos mostrar toda uma trajetória que lhe deu sustentação para chegar onde está hoje, nos trouxe também um esboço literário que impreciona qualquer um. E ainda demosntrou ser um grande filósofo. Parabéns mais uma vez meu amigo.
Carlos Antonio

Francisco José disse...

Sensibilizado com mais um grato comentário de outro de nossos acadêmicos da ALVAP, a qual conduzo com zelo e respeito desde 15 de dezembro de 2017, sempre do lado de vocês, queridos membros. Um forte abraço, Carlos Antônio Monte, o nosso Carlito.

Teodoro disse...

Parabéns pela entrevista e por toda sabedoria! Uma verdadeira aula pela literatura! Sucesso sempre!

Francisco José disse...

Obrigado, Teodoro, pelo comentário. Abraço a você e sua família.

Liz Rabello disse...

Conheci este incrível médico, poeta, escritor que perambula pelas palavras com a maestria de um bisturi, às descobertas dos termos inusitados, para lhes dar novos tons... Muito recentemente... Mas já estamos juntos em duas Antologias do Spina e mais duas da Confraria Ciranda Poetrix e logo no mais uma terceira... INFINITO, onde tive a honra de ser sua convidada especial. Em sua entrevista, chorei, emocionada, em vários momentos. Mas fiquei muito espantada pelo alto conteúdo de sua vivência literária, tanto como escritor, as quanto leitor... Parabéns meu querido amigo.

Rimas Cruas disse...

Uma aula. Uma crônica. Uma autobiografia. Literapura

Luciene Avanzini disse...

Chico Zé que entrevista sensacional! Um mergulho poético! Ameiiiiii! Parabéns amigo querido

Francisco José disse...

Grato a Liz, uma flor que fala; dedico a ti o pequeno trecho de poema: tua boca exala perfume// da rosa que tu és//.
Agradeço, também, o belo comentário de Rimas Cruas.

Francisco José disse...

Muito obrigado, querida Lu, sempre gentil, meiga e amiga. Mil abraços carinhosos!

Daniel Macedo disse...

Uma excelente entrevista, tenho grande admiração por Dr. Francisco José, pelo grande médico que é, agora ainda mais, pelo brilhante escritor e poeta, pois traz uma leitura leve, sensível e muito bem descrever as maravilhas da nossa Buriti dos Montes, entre muitos outros contextos.
Parabéns 👏👏👏

Francisco José disse...

Gratidão, Daniel. Feliz por suas palavras. Abraços.