3 de mai. de 2022

Entrevista da Acadêmica Aila Magalhães

ACADEMIA INTERNACIONAL POETRIX


ENTREVISTADA: ACADÊMICA AILA MAGALHÃES

CADEIRA 2 - PATRONO: MANOEL DE BARROS


Neste mês a AIP apresenta entrevista com a escritora, poeta, poetrixta Aila Magalhães.

Sua Biografia pode ser lida no menu Biografias, do Blog da Academia.

Primeiramente, quero agradecer à acadêmica por ter aceitado dar esta entrevista, exclusiva, para o Blog da Academia Internacional Poetrix – AIP. Agradeço também em nome da Diretoria.

1) Qual é sua formação acadêmica e como ela influencia na sua escrita?

Sou da área de Humanas e Tecnologia (Letras, Ciências Sociais) e Tecnologia (Geografia), com especialização em Planejamento Educacional e Mestrado em Educação.

Minha formação acadêmica/profissional não exerce muita influência sobre minha escrita, que ocorre muito em função de momentos, sentimentos...de "supetão", como diria minha mãe.

2) Você tem uma trajetória, uma história de atuação em várias áreas. O que pode nos dizer sobre isto? Qual o papel da Literatura, o ofício de escrever, nesses diferentes contextos?

Amo escrever. Quando criança fui incentivada por uma professora da terceira série, que afirmou que eu escrevia bem. Foi um elogio que levei a sério...rs Não tenho a literatura como ofício, não me obrigo a escrever (exceto quando exigência profissional).

3) Mulher de muitas Artes, qual a Arte que lhe cativa atualmente?

A visual. Há dois anos fiz vestibular na Universidade Estadual do Ceará e fui aprovada. Atualmente estou concluindo o quarto semestre, mas a escrita nunca sairá de meu coração.

6) Às vezes você filosofa. O que a vida lhe tem ensinado?

Viver o momento. Estou aprendendo...

7) Como conheceu a poesia minimalista – o Poetrix? Desde quando escreve Poetrix?

Já conhecia a poesia minimalista de Helena Kolody, Leminski, etc... Aí em uma bela noite de verão conheci Pedro Cardoso (foto ao lado) e Tê Soares em uma sala de bate-papo da Uol. Fui oficialmente apresentada ao Poetrix e dele me apoderei até os tempos atuais, há cerca de 22 anos. Entrei no grupo do Yahoo e nunca mais parei de escrever poetrix

8) O que acha do Movimento Minimalista? Qual o seu legado?  

Gosto do minimalismo, embora não consiga transferir para boa parte da vida. Eu gosto de juntar coisinhas, lembrancinhas, fotos, rabiscos em papel de pão...tranqueiras que amo... O legado somos nós, há mais de 20 anos teimando e sem a menor intenção de parar.

9) De onde vem sua inspiração para escrever? Como é seu processo criativo? Tem períodos em que não produz? Se sim, como reage?

Não tem nada definido. Quando triste, quando feliz, quando de bico... em casa, dentro de um ônibus, viajando... basta ter papel, caneta e ninguém pra conversar que eu saio rabiscando.

10) Como se sente sendo acadêmica da Academia Internacional Poetrix – AIP? Por que escolheu Manoel de Barros como seu patrono? 


Ser acadêmica não faz diferença no modo como me sinto. É algo que criamos para deixar um registro, marcar um tempo. O bom mesmo é escrever um poetrix que nós mesmos dizemos: - Eita!

Manoel me representa. Amo o que ele amou, o que ele escreveu...ele diz as coisas que eu queria dizer de um jeito que ainda não aprendi....mas quem sabe chego "lá", e chegando, vai que ele me dá umas aulas?

11) Como é sua interação nas atividades oficiais da Academia?

Gostaria que fosse mais ativa, mas vice é pra ser meio invisível mesmo, né? De qualquer modo tenho vivido situações complicadas relacionadas à saúde na família, o que tem me deixado um tanto afastada.

12) Qual é a sua opinião sobre as entrevistas que a AIP vem promovendo no seu Blog? Tem alguma sugestão a fazer?

Seguir minimalista.

13) Qual projeto você gostaria de implementar na AIP?

Gosto da imagem... Talvez o grafitrix.

14) Interage nas redes sociais com sua escrita, especialmente com Poetrix, em quais espaços, nas redes sociais? (whatsapp, facebook, site, blog).

Tenho estado afastada das redes sociais pelo mesmo motivo que tenho estado distante na AIP, mas eu gosto mesmo é do tro-lo-ló "face-to-face"

15) Qual sua opinião sobre os coletivos literários na internet? E sobre os coletivos femininos?

Acho importante para as mulheres aprenderem a respeitar e valorizar mais umas às outras. Somos excessivamente competitivas.

16) Como você encara o papel da Arte na nossa vida, na sociedade, no Brasil e no mundo?

Sem ela eu teria enlouquecido nos últimos dois anos.

17) Em quais gêneros literários você já publicou? Gostaria de falar sobre seus livros? Como é vender suas obras?

Não gosto de falar sobre o que escrevo. Quem deve falar é quem leu, porque é impossível um texto ter o mesmo valor (significância) para pessoas diferentes. Quanto a vender, sou péssima com vendas. A maioria dos exemplares dei de presente a pessoas que tinha certeza leriam.

18) Você organizou algumas Antologias, sozinha e em colaboração, que ficou dessas experiências? Existe alguma da qual gostaria de falar em especial?

Todas foram muito especiais, mas no processo da Antologia 6, aprendi bastante...fiz descobertas e amizades.


19) Especificamente sobre a Antologia Poetrix, Mulherio das Letras – Resistência, gostaria de falar alguma coisa?

Foi um trabalho que me deixou muito feliz. Muito bom vivenciar mulheres lendo, divulgando, aplaudindo, valorizando outras mulheres.

20) Cite autores que a influenciaram ou que a influenciam.

Manoel de Barros, Zola, Leminski, Hilda, Clarice, Carolina de Jesus, Kafka, Steinbeck, Drumond, Ana Cristina Cesar, Robert Pirsig, Gabriela Mistral, Silvia Plath, ...

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Entrevista concedida com exclusividade à AIP, para a Diretora de Comunicação Dirce Carneiro - Maio/2022.



11 comentários:

José de Castro disse...

Valeu, Aila Realmente, você conseguiu ser minimalista (ao contrário de mim que fui "maximalista"... rsrs...) Amo Manoel de Barros, sempre uma grande inspiração para todos nós....

Francisco José disse...

Concisa, precisa... um bisturi da palavra no tecido da escrita.

Regina Lyra disse...

Excelente entrevista, Aila. Parabéns a AIP por você fazer parte desta agremiação literária

Marilda Confortin disse...

Dessa vez você foi bem minimalista! E bem sincera. Adorei tua entrevista, moça. Beijos.

Dirce Carneiro disse...

Minimalismo na Poesia e na Prosa? Estilo ou recolhimento, reflexão sobre as prioridades do mundo. Quase lacônica, não menos cirúrgica. Assim é Aila, oceânica ou pingo. Dizendo nas entrelinhas...ou exata como espada.

Andréa Abdala disse...

Aila, obrigada! Você me inspira.

Lílian Maial disse...

Não poderia ter sido diferente: objetiva, franca e adorável! Beijo, moleca!

Pedro Cardoso disse...

oi Aila, que bom ler sua entrevista, gostei muito. Obrigado por lembrar de mim, fico feliz por nossa amizade e encontro. E viva a poesia!!! Um grande abraço!!!

Marília Tavernard disse...

Aila, amiga, sempre direta e franca. Entrevista que deixa transparecer a grande escritora que é. Sempre aplaudida por todos nós que fazemos a academia e pelos leitores ávidos de boas leituras. Beijo grande.

Fragmentos disse...

E, depois de "um longo e tenebroso inverno", de passagem por aqui. Parabéns pelo dia que hoje é todo teu, tão somente teu, Aila.Alegrias tantas e prosperidade sempre! Augusto.

tamarindeiros disse...

Augusto! Há quantos anos, meu caro!!!
Obrigada pela lembrança carinhosa, foi uma boa surpresa! (é que tb andei afastada nos últimos tempos).
Dê notícias da vida... das filhotas amadas, dos netos/netas(?)
Tenho um netinho, Arthur, 4 anos, três netas (Bia, 16), filhos de Daniel, que moram em Recife; Maria Eduarda (15),filha de Rafael e que mora nos EUA e Luna, a caçula das meninas, filha de Iale. Marina ainda solteira.
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Um abraço, meu caro!