3 de mai. de 2024
Poetrix Temáticos - Ditadura Nunca Mais
28 de abr. de 2024
Poetrix de José de Castro
27 de abr. de 2024
EUGÉNIO DE ANDRADE
NOME COMPLETO DO PATRONO: Eugénio de
Andrade
NOME LITERÁRIO: Eugénio de Andrade
![]() |
Eugénio de Andrade |
DATA DE NASCIMENTO: 19 de janeiro de 1923
DATA DE FALECIMENTO: 13 de junho de 2005
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 05
FUNDADOR: Anthero Monteiro
NOME DO
ACADÊMICO ATUAL: Angela Ferreira
VIDA E OBRA DO PATRONO
Eugénio de
Andrade era o pseudônimo de José Fontinhas, poeta que nasceu em Portugal, na freguesia de Póvoa do Atalaia, no Fundão no
dia 19 de janeiro de 1923. Mudou-se para Lisboa aos dez anos devido à separação
dos seus pais.
Frequentou o Liceu Passos Manoel e
a Escola Técnica Machado de Castro, tendo escrito os seus primeiros poemas em
1936. Em 1938, aos 15 anos, enviou alguns desses poemas a Antônio Botto que,
gostando do que leu, o quis conhecer, encorajando-lhe a veia literária.
Em 1943 mudou-se para Coimbra,
onde regressa depois de cumprido o serviço militar convivendo com Miguel Torga
e Eduardo Lourenço. Tornou-se funcionário público em 1947, exercendo durante 35
anos as funções de Inspector Administrativo do Ministério da Saúde. Uma
transferência de serviço levá-lo-ia a instalar-se no Porto em 1950 numa casa
que só deixou mais de quatro décadas depois, quando se mudou para o edifício da
extinta Fundação Eugénio de Andrade na Foz do D’ouro.
Durante os anos que se seguem até
à data da sua morte, o poeta fez diversas viagens, foi convidado para
participar em vários eventos e travou amizades com muitas personalidades da
cultura portuguesa e estrangeira, como Joel Serrão, Miguel Torga, Afonso Duarte,
Carlos Oliveira, Eduardo Lourenço, José
Luís Cano, e muitos outros.
Apesar do seu enorme prestígio
nacional e internacional, Eugénio de Andrade sempre viveu distanciado da
chamada vida social, literária ou mundana, tendo o próprio justificado as suas
raras aparições públicas com «essa debilidade do coração que é a amizade».
Recebeu inúmeras distinções, entre
as quais o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários (1986),
Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus (1988), Grande Prémio de Poesia da
Associação Portuguesa de Escritores (1989) e Prêmio Camões (2001). A 8 de julho
de 1982 foi feito Grande-Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem
Militar de Sant’lago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico e a
4 de fevereiro de 1989 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.
Faleceu a 13 de junho de 2005, no
Porto, após uma doença neurológica prolongada. Encontra-se sepultado no
Cemitério do P`razo do Repouso, no Porto. A sua campa é rasa em mármore branco,
desenhada pelo arquitecto seu amigo Siza Vieira, possuindo os versos do seu
livro As Mãos e os Frutos.
26 de abr. de 2024
SONIA GODOY
NOME COMPLETO: Nadir Torquato
NOME LITERÁRIO: Sonia Godoy
Sonia Godoy |
DATA DE NASCIMENTO: desconhecida
DATA DE FALECIMENTO: desconhecida
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 18
FUNDADOR: Pedro Cardoso
ACADÊMICA ATUAL: Pedro Cardoso
Nadir
Torquato, que usava o pseudônimo de Sonia Gody, como nos apresenta Katia
Marchese, foi poetrixta do Movimento Internacional Poetrix. Na internet não
existem fotos ou escritos sobre sua vida e suas obras. A maneira como
percebemos a patronesse é por meio de amigos do MIP e por documentos como esta
apresentação de Katia Marchese
HOMENAGEM À SONIA GODOY - Por Katia
Marchese
QUERO FALAR DE NADIR
TORQUATO, NOSSA SONIA G.
girassol não gira
à sombra imensa
dos dentes de leão.
Sonia G
Poeta, Poetrix, trabalhava a palavra com a maestria de um blue maduro e ácido, tinha a voz poética intensa como Elis Regina, que aliás ela cantarolava, viveu e vive em outras dimensões sua grande força feminina diante das belezas da arte e das injustiças sociais desta vida.
WILLIAM SHAKESPEARE
NOME COMPLETO: William Shakespeare
NOME LITERÁRIO: William Shakespeare
Fig.
1. Dramaturgo e poeta inglês
DATA DE NASCIMENTO: 23 de abril de 1564
DATA DE FALECIMENTO: 23 de abril de 1616
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 04
FUNDADOR: Angela Bretas
ACADÊMICA ATUAL: Angela Bretas
VIDA E OBRA DO PATRONO
William Shakespeare dramaturgo e poeta
inglês nasceu Stratford-on-Avon, em 23 de abril de 1564. Há poucas informações
seguras sobre sua vida. Sabe-se que ele era filho de um homem próspero em
situação social elevada e que se arruinou, levando a família a dificuldades. Shakespeare
com 18 anos se casou com Anne Hathaway, uma mulher oito anos mais velha. Ele
foi ator e acionista do grupo de lorde Chamberlain, tendo o palco sido um bom
negócio para ele. Em 1596, já tinha normalizado a sua situação econômica, tendo
obtido um título de nobreza para o pai.
Em 1598, instalou-se no Teatro Globo (Globe
Theatre). Começou a escrever poemas como; Vênus
e Adônis (1593); O rapto de Lucrécia
(1594); e 154 sonetos publicados em 1609. Produziu uma grande obra teatral, com
uma visão poética refinada, que agradava a aristocracia, mas também com um
forte caráter popular, que o fez se eternizar. Para divertir o público tinha em
suas peças os assassinatos, as violações, os incestos e as traições. No seu
estilo, os críticos de sua obra reconhecem que houve uma evolução: “passou da
retórica barroca para o lirismo despojado” (Larousse, 1988, p. 5.574)
Foram 37 peças (17 comédias; 10 peças
históricas; 10 tragédias) atribuídas a Shakespeare, que podem ser divididas em
três períodos:
1.
Afrescos históricos como: Henrique VI
(1592); Ricardo III (1593); Henrique IV (1598) e as comédias
ligeiras como: A comédia de erros (1592);
A megera domada (1594)
2.
Período marcado pelas peças com as decepções pessoais e das grandes tragédias. Romeu e Julieta (1595); Júlio Cesar (1599), Hamlet (1601), Otelo
(1604);
3. Período
em que se esboça um certo equilíbrio, com as peças romanescas, como: Macbeth (1605); Rei Lear (1606); Antônio e
Cleópatra (1606)
Fig. 2. Capa e Primeira Página de Henrique IV.1ª e 2ª partes (Skakespeare,s/d [1597; 1598])
24 de abr. de 2024
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
NOME COMPLETO: Carlos Drummond de Andrade
NOME LITERÁRIO: Drummond
Carlos Drummond de Andrade |
DATA DE NASCIMENTO: 31 de outubro de 1902,
em Itabira, MG
DATA DE FALECIMENTO: 17 de agosto de 1987, Rio de Janeiro/RJ
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 06
FUNDADOR: Antônio
Carlos Menezes
NOME DO ACADÊMICO ATUAL: Antônio
Carlos Menezes
VIDA E
OBRA DO PATRONO
Carlos Drummond de Andrade foi um grande poeta,
contista e cronista brasileiro. Pelo conjunto de sua obra, tornou-se um dos
principais representantes da Literatura Brasileira do século XX. É considerado,
por muitos críticos literários, como um dos principais escritores do Modernismo
no Brasil. Sua grande obra é A Rosa do Povo, publicada em 1945.
A trajetória pessoal e literária de Carlos Drummond
de Andrade (1902-1987) merece ser ainda muito iluminada. Um dos maiores nomes
da poesia brasileira de todos os tempos, Drummond levou uma existência
aparentemente modesta e avessa aos holofotes enquanto burilava uma obra vasta e
rigorosa. Vivendo no Rio de Janeiro entre 1934 e 1987, o mineiro atravessaria
boa parte do século XX produzindo poesia, crônica para os jornais e marcando,
sobretudo com sua obra, todas as gerações posteriores da literatura produzida
no Brasil.
Grande mestre do verso livre e largo, também
cultivou o verso minimalista. Ao lado, cinco exemplos de poemas sintéticos. Em
meia dúzia de palavras ele consegue passar uma ideia grande, com direito a
perplexidade, reflexão e ironia.
Curiosidade a respeito do minipoema
"Bahia": mais de 50 anos depois, Drummond publicou um complemento a
esse texto. É "O Poema da Bahia Que Não Foi Escrito", no qual ele
lamenta não ter conhecido a terra de Caymmi. Esse poema está em Amar Se Aprende
Amando, de 1985.
CERÂMICA
Os cacos da vida, colados, formam uma estranha xícara.
Sem uso,
ela nos espia do aparador.
(In José & Outros, José Olympio, 1967)
23 de abr. de 2024
DENISE SEVERGNINI
NOME COMPLETO DO PATRONO: Denise de
Souza Severgnini
NOME LITERÁRIO: Denise Severgnini
![]() |
Denise Severgnini |
DATA DE NASCIMENTO: 19 de março de 1959
DATA DE FALECIMENTO: 09 de janeiro de 2013
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 10
FUNDADOR: Diana Pilatti
NOME DO ACADÊMICO ATUAL: Diana Pilatti
VIDA E OBRA
Denise
Severgnini nasceu em Porto Alegre, mas morava em Lomba Grande, zona rural de
Novo Hamburgo na companhia
das suas duas gatas de olhos azuis como os dela, por quem era apaixonada. Casada com Márcio Prass, não
tinha filhos. Graduada em Biologia pela UFRGS, foi professora da Rede Municipal
de ensino de Novo Hamburgo, lecionando as disciplinas de Ciências, Artes e
Matemática, ensino religioso e Inglês. Desde pequena gostava de escrever. Em
1983 participou de duas coletâneas: Festa na Janela e Cacos de Luar. Por mais
de 20 anos ficou afastada dos escritos poéticos só retomando em 2004 quando
começou a publicar poemas no site da Notívaga Noturna. A partir de então
começou a publicar poemas em site próprio (http//denisesevergnini.multiply.com)
ou em sites de outros poetas virtuais.
Faleceu
no dia 9 de janeiro de 2013, aos 53 anos, devido à parada cardio-respiratória,
deixando a poesia lusófona mais pobre e centenas de poetas e amigos, chocados e
chorosos, desdobrando-se em poemas, mensagens e homenagens a querida amiga das
letras. Escrevia em quase todos os estilos, desde a literatura infantil, diversas
formas de poema, até ao erótico, sendo brilhante em todos. Tem textos
publicados em vários sites, entre eles Recanto das Letras, Jornal Raiz Online,
Poetas e Escritores do Amor e da Paz e Poesia Retrô.
Denise
Severgnini por Diana Pilatti, “saudosa poeta gaúcha, que nos deixou no dia 9 de
janeiro de 2013, aos 53 anos. Também professora, sua escrita audaz transita por
vários gêneros, da prosa ao poema, da literatura infantil à erótica – cujos
textos estão disponíveis em diversos sites especializados em publicações
literárias e também em seu site pessoal na internet. Curiosa e apaixonada pela
inovação, explorava a palavra em todas as suas possibilidades. Dela guardo um
duplix, escrito em 2008, sobre o outono e seus encantos”
20 de abr. de 2024
POETRIX DE OSWALDO MARTINS
Poetrix de Dirce Carneiro
19 de abr. de 2024
17 de abr. de 2024
14 de abr. de 2024
ARMANDO LEAL
É com profunda tristeza [emoção] e grande saudade que sentimos a ausência de um Amigo [Leal] tão verdadeiro. O Armando partiu demasiado cedo, em dois mil e quatro, e nunca [Nunca] nos encontrámos no mundo real. É curioso, em Portugal moramos todos perto uns dos outros [o país é tão pequeno], mas tão distantes, cada um de cada um.
Assim, perdemos boas oportunidades de nos encontrarmos, de aprofundarmos amizades e de criarmos novos horizontes na construção da arte poética. No entanto, no grupo Poetrix [MIP], através da net, existia uma boa afinidade poética.
Chegámos a fazer parceria em vários Duplix [poetrix duplo construído por dois autores].
Vejamos um dos seus Poetrix, talvez o menos conhecido, como se fosse uma pintura ou uma breve impressão feita de palavras:
Na realidade, o nosso poeta Leal gostava do tema pintura… em mais uma mistura pictórica de vocábulos, através do surreal, numa homenagem ao pintor da Catalunha, façamos com os sentidos bem despertos uma viagem introspectiva pelas sombras das palavras, à descoberta das horas perdidas…
Escrever também é esculpir ideias, modelar palavras, dar sentido aos sonhos, desbravando caminhos novos pelos trilhos, ruas, travessas, becos ou avenidas do poema. Tantas vezes sentimo-nos à deriva e refugiamo-nos ou não…
Por vezes, quando olhamos para o mundo que nos rodeia, por distração nossa ou outras razões, apenas conseguimos distinguir certas cores, mas se tivermos um olhar um pouco mais atento, talvez consigamos descobrir que no mundo há sempre mais algumas cores e que todas são, igualmente, importantes e necessárias na vida de todos nós…
Um bom exemplo da sua forma de ser, de estar e de fazer, num dos momentos de pousio, em que a produção escrita esteve um pouco arredada do grupo Poetrix, em Março de dois mil e quatro, escreveu o nosso amigo A[r]mando…
“Então, vamos que vamos? Nada escrito, depois da nossa querida Aila ter assumido de novo a condução da lista? Quando fui director, nos idos anos 80, duma revista do Centro Cultural e esportivo da empresa onde trabalhava escrevi um editorial em que dizia: Transformar tempo em espaço escrito é, desde há muitos séculos, a atitude mais criadora do Homem. Frequentemente diz-se: Não há tempo. E passa-se o tempo à espera que o tempo passe. Acho que é o que se está passando com a nossa lista. Se todos os associados escrevessem de 2 em 2 ou de 3 em 3 dias, mesmo que seja fraquinho, atrás virão outros Poetrix de maior qualidade. Não fiquem a olhar o tempo... a ver se chove ou se faz sol. Abraços. A.Leal”
Lembro-me de, num e-mail enviado para o grupo, ter escrito este parecer...
“Grande Armando, subscrevo as tuas palavras. Abaixo a ociosidade! Mas, atenção, os poetas não preguiçam, voam, viajam… “E viva a Poesia!”
A mensagem do poeta Leal foi lida e, provavelmente, seguida por todos os que amam a escrita poetrix, porque o MIP [Movimento Internacional Poetrix] e o Poetrix sobreviveram a todos os momentos menos fáceis e, passados vinte anos [1999-2019], cá estamos nós a comemorar o abandono da adolescência poetrix, com edição da 6.ª Antologia Internacional Poetrix.
É verdade, não nos esqueçamos que o nosso saudoso amigo e poeta [pela qualidade das suas palavras, pelo trato e pelo ritmo das suas ideias com futuro] é um nome a não esquecer.
Por tudo isto, poetrixta Armando Leal, estejas onde estiveres no mundo virtual [real?] do além vida ou em outro espaço qualquer, uma certeza eu tenho: o Poetrix estará sempre contigo.
Até sempre, Amigo!
Autor: Martinho Branco
Fonte: Antologia 6 – Poetrix 20 anos, Rumo Editorial, 2019