NOME COMPLETO DO PATRONO: ITALO
CALVINO
NOME LITERÁRIO: ITALO
CALVINO
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Italo Calvino |
DATA DE NASCIMENTO: 15 de outubro de 1923
DATA DE FALECIMENTO: 19 de setembro de 1985
NÚMERO DA CADEIRA NA AIP: 13
FUNDADOR:
LORENZO G FERRARI
NOME DO ACADÊMICO ATUAL:
LORENZO G FERRARI
VIDA E
OBRA DO PATRONO
Calvino
nasceu em 1923, em Santiago de Las Vegas, um subúrbio de Havana, em Cuba. Seu
pai, Mario, era um agrônomo e botânico,
Em
1925, menos de dois anos depois do nascimento de Italo, a família retornou para
a Itália onde se estabeleceram em definitivo em Sanremo, na costa da Ligúria.
Em
1941, Calvino matriculou-se na Universidade de Turim, escolhendo a Faculdade de
Agricultura onde seu pai já havia ministrado cursos de agronomia. A verdadeira
aspiração de Calvino era ser dramaturgo. Suas cartas a Eugenio Scalfari
transbordam de referências a peças italianas e estrangeiras, e de enredos e
personagens de futuros projetos teatrais. Luigi Pirandello e Gabriele
D'Annunzio, Cesare Vico Lodovici e Ugo Betti, Eugene O'Neill e Thornton Wilder
estão entre os principais autores que Calvino cita como suas fontes de
inspiração.
Calvino
se transferiu para a Universidade de Florença, em 1943, e relutantemente passou
em mais três exames de agricultura.
Turim e comunismo
Calvino
estabeleceu-se em Turim em 1945, após uma longa hesitação entre morar lá ou em
Milão. Abandonou a Faculdade de Agricultura pela Faculdade de Letras. Um ano
depois, foi iniciado no mundo literário por Elio Vittorini, que publicou seu
conto "Andato al comando" (1945) no Il Politecnico, uma revista
semanal com sede em Turim, associada à universidade. Os horrores da guerra não
só forneceram a matéria-prima para as suas ambições literárias, mas também
intensificaram seu compromisso com a causa comunista.
Seu
primeiro livro, Il sentiero dei nidi di ragno (A trilha dos ninhos de aranha)
foi escrito com conselhos editoriais de Pavese e ganhou o Prêmio Riccione em
1947. Com vendas ultrapassando os 5 mil exemplares, um sucesso surpreendente na
Itália do pós-guerra, o romance inaugurou o período neorrealista de Calvino. Num
ensaio clarividente, Pavese elogiou o jovem escritor como um "esquilo da caneta"
que "subia nas árvores, mais por diversão do que por medo, para observar a
vida partidária como uma fábula da floresta". Em 1948, ele entrevistou um
de seus ídolos literários, Ernest Hemingway, viajando com Natalia Ginzburg para
sua casa, em Stresa.