8 de jan. de 2024
Discurso de Posse de Marcelo Marques
7 de jan. de 2024
Discurso de Posse de Cleusa Piovesan
Discurso de Posse de Claudio Trindade
Saúdo a Presidente desta
Academia, Andréa Abdala Frank e, em seu nome, saúdo toda a Diretoria, a
comissão organizadora da eleição para novos membros em 2023. A todos os
Acadêmicos da casa e aos colegas escritores Poetrixtas que estão tomando posse
hoje nesta solenidade.
Agradeço desde já aos acadêmicos que depositaram a confiança em meu nome para compor a AIP, devido a minha trajetória de escritor. Farei o que estiver ao meu alcance para promover e divulgar e ser um a mais na criação de Poetrix.
Sou Licenciado e Especialista em Química pela UNIJUI/RS, natural de Três Passos-RS, e residente em Ijuí – RS. Iniciei a arte da escrita na graduação, quando publiquei um artigo na Revista da Universidade: Espaços da Escola n. 21, 1996: “O Trabalho de campo como estratégia de ensino-aprendizagem em ciências na sexta série”. Desafios constantes me levaram a escrever poesias para o livro da escola Alunos e professores, mostram o que fazem. Com isso gostei e me desafiei a criar mais. Desta forma estou aqui hoje, junto a um público seleto e com novos projetos. Sou Membro do Circulo dos Escritores de Ijuí – CEI, Letra Fora da Gaveta – LFG (2009). Acadêmico Fundador da Academia Internacional Artes, Letras e Ciências ‘A Palavra do Século 21’ - ALPAS 21 de Cruz Alta – RS (2012) na qual, atualmente estou vice-presidente. Acadêmico Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG (2016). Membro da Confraria Ciranda do Poetrix, Santana da Parnaíba/SP (2021), na qual ocupo o cargo interino de vice-presidente. Academia Virtual Artes e Letras – AVAL (2021). Academia de Letras e Artes da Zona Oeste do Rio de Janeiro – ALAZO (2021). Patrono da 24º Feira do Livro Infantil do Sesc e 20º Feira do Livro de Ijuí – 2013. Possuo quatro publicações solo, três de poesia estilo livre: 2009, poesias – Pensar ... Viver ... , em 2014: Caminhos, em 2021: Tear de Poesias e uma específica de Poetrix: Na Vida Poetrix. E inúmeras Coletâneas/Antologias tanto em poesias de estilo livre ou Poetrix, assim como a Revista Poetrix.
5 de jan. de 2024
Discurso de Posse de Valéria Pisauro
Discurso de Posse de Bianca Ribeiro Reis
Saudações à presidente Andréa Abdala, aos membros da diretoria da AIP e aos colegas acadêmicos!
Sinto-me verdadeiramente honrada em fazer parte deste grupo com tantos talentos. É uma felicidade enorme ter sido eleita. E também estou muito feliz por receber como patrono o grande Guilherme de Almeida, que eu admiro desde que conheci o haicai.
O meu “encontro” com os tercetos encantadores não tem muito tempo. Foi em junho de 2020, em plena pandemia, quando decidi fazer um curso de poesia. Escrever sempre foi uma paixão, mas estava focada em textos para o meu trabalho como profissional de marketing, que exige bastante. Já havia escrito alguns poemas, especialmente para homenagear pessoas queridas, mas estava desconectada desse universo literário.
Durante as aulas, ouvi falar do haicai e comecei a pesquisar sobre poesia minimalista. Logo me deparei com um terceto arrebatador, provocante, cheio de bossa e malandragem; poesia brasileiríssima, uma grande sacada do mestre Goulart. Me apaixonei.
De cara, resolvi, aliás, ousei, participar do Concurso Ciranda Poetrix Prêmio Goulart Gomes e ganhei o 3º lugar, o que me rendeu convite para entrar na Confraria Ciranda Poetrix ao lado de poetas incríveis. A partir daí, escrever poetrix virou um vício.
Em 2021, fiz minha estreia em uma publicação, Antologia Olhar Feminino. Tomei gosto pelas iniciativas coletivas. Então, participei das coletâneas Poetrix 22 anos de Arte Poética, com organização do Lorenzo Ferrari e Poesia Minimalista, organizada por Andréa Abdala, dois acadêmicos que tive a alegria de encontrar no evento “22 anos de Poetrix”, realizado na Oficina Cultural Oswald Andrade, em São Paulo.
Também participei das antologias Pérolas Poetrix e Poetrix 8 – Infinito, com organização de Lilian Maial, poeta que conheci pessoalmente no lançamento que promovemos na Livraria Janela, aqui no Rio de Janeiro, na companhia da presidente da AIP, Andréa Abdala. E, por fim, da V Mostra Poetrix - Sinestesia, livro digital publicado em novembro de 2023 pelo Selo Poetrix.
O meu patrono foi um dos mais bem-sucedidos divulgadores do haicai no Brasil. O terceto guilhermino mantém a estrutura de contagem métrica silábica 5-7-5, mas acrescenta um título e duas rimas: uma, do primeiro com o terceiro verso, e outra interna, no segundo verso, ocupando a segunda e a última sílaba poética.
O estilo do poeta Guilherme de Almeida me conquistou pelo ritmo e regularidade métrica, um andamento quase musical, que acontece muito em função da distribuição das rimas. E eu sou fã de música e chegada a uma rima.
Mergulhei na poesia como uma válvula de escape e acabei capturada pelo poetrix. E, de quebra, ganhei novos amigos. Mas demorou para cair a ficha de que eu sou uma poeta. Engatinhando, é verdade. Mas poeta, com muito orgulho. E agora membro da Academia! Que alegria!
Agradeço aos confrades Lorenzo Ferrari, que tanto me ensinou durante as Cirandas Poetrix, e Ronaldo Jacobina, padrinho que me recebeu e orientou.
Agradecimentos especiais a Pedro Cardoso, Dirce Carneiro e José de Castro pelo incentivo à candidatura, aos colegas que concorreram a vagas aqui, elevando bastante o nível da “competição”, e também a todos os que votaram em mim. Vamos em frente espalhar poesia!
Para finalizar, deixo com vocês um dos meus poetrix:
Muito obrigada!
Bianca Ribeiro Reis - Cadeira 19 da AIP
4 de jan. de 2024
Discurso de Posse de Luciene Avanzini
30 de dez. de 2023
Discurso de Posse de Angela Ferreira
Discurso de Posse de Sandra Boveto
DISCURSO DE POSSE DE SANDRA BOVETO – CADEIRA 7
Prezada diretoria e caros acadêmicos dessa respeitável Academia Internacional Poetrix,
É com imensa gratidão e alegria que saúdo a todos e me apresento, agora como acadêmica e integrante desse círculo tão especial de poetrixtas. Agradeço os votos recebidos e prometo honrar essa distinção pelo tempo que o futuro me permitir.
Considero minha trajetória literária relativamente recente e, até por isso, sei que tenho muito a aprender com vocês.
Iniciei este caminho com um livro infanto-juvenil, feito para meu filho e a pedido dele – O Mundo Exclamante, publicado pela Editora Scortecci no ano de 2016. A partir daí, encontrei, por meio da escrita criativa, uma vida dentro de mim que eu não conhecia, e descobri que poderia multiplicá-la sob a forma e com o conteúdo que eu desejasse.
Após “O Mundo Exclamante”, publiquei alguns contos no Brasil e em Portugal, por meio de antologias de várias editoras. Cheguei à poesia ao ser convidada por um editor português para participar de uma coletânea de poemas. De imediato, respondi a ele que não sabia fazer poemas. Nunca havia feito. Ele insistiu. E foi aceitando esse desafio que a poesia entrou em minha vida para nunca mais sair. Participei de mais algumas coletâneas, a partir de então, também poéticas.
29 de nov. de 2021
Discurso de posse de Dirce Carneiro - cadeira 26
28 de nov. de 2021
Discurso de posse de Ronaldo Ribeiro Jacobina - cadeira 25
Caro Goulart Gomes. Com o criador do Poetrix, saúdo todos os outros Confrades da Academia Internacional Poetrix.
Discurso de posse de Francisco José Soares Torres – cadeira 24
Discurso de posse de Andréa Abdala - cadeira 23
Discurso de Posse de Diana Pilatti - Cadeira 10
30 de mar. de 2021
Discurso de posse de Gilvânia Machado - cadeira 8 AIP
Ilustres confrades e confreiras da Academia Internacional Poetrix, para mim é uma grande honra fazer parte dessa instituição literária.
Quando recebi o convite para ser membro, ocupando a cadeira número oito e a escolher um patrono ou patrona, não hesitei em nenhum momento quando pensei na poeta minimalista paranaense Helena Kolody.
A escolha se deu por várias razões. Primeiro o fato de ela ser a pioneira na escrita de poemas minimalistas no Brasil
Outro motivo que orientou a minha escolha foi a identificação da cosmovisão poética da autora marcada por uma inquietação existencialista. Isso pude constatar ao ler seus poemas e também pesquisar a fortuna crítica da autora. Os estudiosos, na sua grande maioria, afirmam que a inquietação é um dos eixos temáticos de sua obra poética vistos como um questionamento da linguagem e como uma agitação interior do sujeito que, voltado para si mesmo, busca sua origem e transcendência.
Nesse “desassossego”, são temas constantes a solidão, o tempo, a contemplação, a permanência, a memória, a ausência, a transitoriedade da vida. Os estudiosos também apontam uma visão ora marcada pelo encanto da vida, em que a poeta celebra a existência, ora pelo desencanto.
Portanto, a presença do amor, do desejo, da religiosidade na busca do absoluto, da totalidade em contraposição à transitoriedade da vida, são formas de transcender por meio da escrita. Escrever é preencher vazios, ausências, aquietar os desassossegos da alma. Diante dessa consciência, apesar da nostalgia, da saudade de um futuro, a poeta insiste em viver com alegria e sabedoria, vivenciar o momento presente: carpe diem!
No que diz respeito à forma literária, Helena Kolody, como toda poeta minimalista, primava pela concisão dos versos, aparando as arestas, cortando tudo o que era desnecessário até chegar ao poema-pedra lapidado. Tanta intensidade em poucos versos. Tudo isso a faz uma grande poeta. Dizer o máximo com o mínimo na mais perfeita essência da poesia minimalista.
Dentre as diversas formas poéticas minimalistas, Helena Kolody, além de haicais, escreveu dísticos, tercetos, quadras, epigramas e tankas.
Atualmente, faço parte do Movimento Nacional do Mulherio das Letras, que começou em João Pessoa, na Paraíba, e ganhou o mundo. Hoje, temos o Movimento do Mulherio em Portugal, Itália, Espanha, Alemanha, Estados Unidos. E uma das bandeiras do Movimento é dar visibilidade às mulheres escritoras, ler mais as autoras. E quando falamos na poesia minimalista quem mais se destacam são os homens, desde Afrânio Peixoto, Guilherme de Almeida, Millôr Fernandes a Paulo Leminski. As poetas minimalistas não têm tanta visibilidade. No Brasil, além da pioneira Helena Kolody, há outras grandes poetas minimalistas que não alcançaram notoriedade devida pelo seu grande talento. Isso corrobora a luta atual do Movimento do Mulherio das Letras que está ganhando o mundo.
Para mim, o ato de escrever também é preencher silêncios, lacunas, vazios, ausências. E embora sabendo da efemeridade da vida, celebrar a existência é a palavra de ordem. Viver o momento presente como uma dádiva divina, da natureza. Além disso, na poesia a forma minimalista me seduz.
Como afirmou o teórico Todorov, se me perguntarem por que amo a Literatura, a minha resposta é a mesma dele: “Porque ela me ajuda viver”.
Traduzir a condição humana de forma transfigurada poeticamente é um presente divino. No ato de criar há o sopro da inspiração e o suor do burilar. É preciso se debruçar sobre o que se escreve. Saber o que dizer, ter voz própria para não ser mero eco. Cada vez mais, o ato de escrever está se tornando uma necessidade vital para continuar vivendo. No mundo há beleza, cores e perfumes. No entanto, há os desvalidos, os excluídos que não conseguem mais sentir isso por estarem acorrentados aos seus demônios interiores; outros, por serem vítimas de um sistema excludente, de um mundo intolerante que julga as pessoas pela cor, etnia, orientação sexual, classe econômica. A literatura é também uma bandeira em prol dos excluídos, é uma centelha no meio da escuridão. O Sol nasceu para todos. É isso que literatas e literatos têm que defender. A Terra é de todos, ser feliz é um direito de todos!
Por tudo isso sou poeta, sou escritora. Não é um mero penduricalho, título de status, poder. Se eu pensasse assim, minha literatura não passaria pelo processo de humanização e nem tocaria a sensibilidade das pessoas na sua pluralidade. Ao contrário, estaria a serviço do meu ego, a serviço dos opressores e não dos oprimidos. Escrever é um modo de ser e estar no mundo e eu desejo que isso seja da forma mais bela e humana, tanto em forma como em conteúdo!
Agradeço imensamente a Deus essa minha inclinação para as letras, ao meu avô Manuel Targino, que, com seu exemplo de leitor ávido e contador de histórias, despertou em mim o desejo de adentrar no universo mágico da literatura. Minhas memórias afetivas com meus avós são inundadas de poesia. Lembro que ele, agricultor, tinha uma plantação de algodão. Eu, ainda criança, pegava um bisaco e com minha avó íamos colher algodão. Ficava deslumbrada com a beleza da flor do algodão. Quando se afastavam, via os cabelos branquinhos que, muitas vezes, confundiam-se com a brancura do algodão. Eu não sabia que esses eram os primeiros fios tecidos da minha história, os primeiros fios das minhas memórias afetivas.
Nesse momento memorável que é se tornar membro de uma Academia literária, não poderia deixar de agradecer aos meus pais que investiram nos meus estudos e, mesmo quando passei um longo período sem estudar, hospitalizada, eles me presenteavam com o que eu mais amava: livros. Eram os livros meus companheiros de reclusão, longe da escola, dos outros pré-adolescentes.
Agradeço aos mestres do Curso de Letras, profissionais em que eu sentia a Literatura pulsar na veia. Todos ali estavam exercendo o ofício por paixão, por escolha. Cursar Letras, fazer mestrado em Literatura foram também escolhas que eu fiz movida pela paixão! Não foi à toa que passei em primeiro lugar no Curso de Letras.
Outro momento muito significativo foi conhecer e interagir com poetas e escritores. Alguns deles não posso deixar de citar: Goulart Gomes, o inventor dessa bela forma minimalista: o Poetrix. Uma pessoa talentosa, generosa, que acreditou no meu trabalho como organizadora de antologias poéticas e sempre me convidou a participar das coletâneas que ele organizava.
Outro poeta, e também grande parceiro literário, é José de Castro. Moramos no mesmo estado, mas nos conhecemos virtualmente através do Recanto das Letras. Foi ele que me apresentou o poetrix. E eu, tão apaixonada pela forma poética, lancei a fagulha, a centelha incendiando o Rio Grande do Norte. E, generosamente, Castro aceitou o meu convite para fazer parte das antologias Fagulhas Poéticas I e II. Além dele, talentosos poetrixtas de várias partes do Brasil vieram compor as antologias. E, assim, a centelha, como uma pira olímpica, foi percorrendo várias partes do Brasil. São conquistas, alegrias que a Literatura nos traz.
Aproveito o ensejo e agradeço às demais instituições que me acolheram como poeta e escritora: a Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte – SPVA/RN; a Associação Literária e Artística de Mulheres Potiguares – ALAMP; a União Brasileira de Escritores do Rio Grande do Norte – UBE-RN, o Movimento Nacional do Mulherio das Letras. Todos eles constituem uma irmandade literária.
Para finalizar o meu discurso, cito um poetrix de minha autoria:
Estranhamentos
Escavo
silêncios.
Dentro
do poema,
Desvazio-me.
É
isso: poesia é para causar espantos, estranhamentos. É
incorporação. Mexer com os nossos sentidos. Virar-nos pelo avesso,
desvaziar-nos! Preencher-nos! Redimensionar o nosso olhar. Tornar-nos
mais humanos. É um Sopro. Luz! Fiat lux!
Gratidão,
gratidão à Academia Internacional Poetrix!
Gilvânia
Machado
Discurso de posse - Saulo Pessato
Discurso de posse de Pedro Cardoso - cadeira 18
Devolva-me
AS
AS
AS
Discurso de posse de Marilda Confortin - cadeira 14
Discurso de posse de Anthero Monteiro - Cadeira 5
Discurso de posse de Martinho Branco - Cadeira 16
Caríssimos amigos, poetas, poetrixtas, sonhadores, semeadores de palavras e confrades da grande família Poetrix, o mar nos separa e o Poetrix nos une numa profunda e virtual/real amizade.
Grato a todos pelo convite que me endereçaram e por me acolherem como membro da Academia Internacional Poetrix.
Viagem no tempo.
Estávamos no ano de 2001, três ou quatro dias depois do tristemente horroroso e célebre 11 de Setembro. Andava eu a navegar ao sabor do vento pelo universo da rede de comunicação internética, em demanda de novos autores e novas formas de escrita poética. Eis quando, ao virar de uma página virtual, me surgiu uma palavra tremendamente misteriosa… Poetrix!
POETRIX? - Interroguei-me, parafraseando Augusto Gil, no poema “Balada da neve”…
- Será bicho, “será gente”? / Inútil “não será certamente”… (a continuar…)
Patrono: Armando Leal (Portugal) - Os poetas fazem a diferença.
Para quem conviveu, ainda que virtualmente, através da sua escrita poética, de Setembro de dois mil e um a Outubro de dois mil e quatro, guarda na lembrança, certamente, o olhar atento, lúcido e dinâmico, patente nas escritas do poeta e poetrixta Armando Leal.
Quando ele nos deixou… Pedi silêncio, porque tinha partido um poeta e um bom amigo. Escrevi num poetrix, na altura, algumas palavras sentidas de homenagem ao Armando…
Os poetas fazem a diferença
Questionam
Futuram a vida
Despertam silêncios
É com profunda tristeza [emoção] e grande saudade que sentimos a ausência de um Amigo [Leal] tão verdadeiro. O Armando partiu demasiado cedo, em dois mil e quatro, e nunca [Nunca] nos encontrámos no mundo real.
Discurso de posse de Oswaldo Francisco Martins - Cadeira 17
Como no álbum da canção Terral (EDNARDO, 1973), “Eu venho das dunas brancas / Da onde eu queria ficar /”... Dali fui trazido em voo da VARIG em 1976 pela Petrobras para a terra dos soteropolitanos. A mudança aconteceu de forma remunerada e tão só graças à aprovação por concurso público do ainda estudante universitário. Tudo promovido pela petrolífera em convênio com a Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Sim, foi assim que obtive condições materiais para deixar os “mares verdes bravios” de Alencar para acabar definitivamente encantado pela beleza das centenas de igrejas do lugar de todos os santos e de todos os orixás, de tanta beleza na exuberante primeira capital do país. A prova de tal união estável tem então quatro décadas e meio: 1976-2021... Tudo isso ainda parece ter acontecido ontem.
Neste momento não consigo me afastar do pensamento empresarial Odebrecht, com o qual tanto convivi em minha trajetória laboral em busca da própria sobrevivência: entendo que a boa, verdadeira e exitosa arte literária acontece quando ela nasce, cresce e se perpetua. É o caso da consagrada arte minimalista e, em particular, do ainda novíssimo poetrix.
É de muito tempo atrás – desde adolescente – que venho rabiscando versos, sempre guardando-os em cadernos e folhas de papel. Muitos deles foram definitivamente perdidos sem deixar rastro nem sequer na mente do profeta.
A relembrança feita antes incorpora a influência do genitor do confrade, Oswaldo Evandro Carneiro Martins, poeta parnasiano, intelectual eclético, poliglota, com formação superior em Ciências Humanas e Exatas, doutor em Direito, professor universitário, o maior e melhor professor deste que vos fala.
Costumava dizer o genitor que o filho tinha a veia poética, o que naturalmente funcionou como um catalisador de motivação para o interesse do confrade pela poesia e que essa ganhasse força e culminasse no atual estágio literário deste aprendiz de poetrix hoje. Uma coisa é certa: o confrade jamais alcançará seu genitor na criação, na riqueza e na beleza de versos, mas não apenas aí será menor, pois o será também em todos os legados advindos do pai.
Ululante é para quem uma vez tenha tecido e/ou adquirido familiaridade com trovas e sonetos há de guardar decerto intimidade com as estrofações desses escritos quando corretamente versificados. Em particular, na seara dos tercetos, onde também são abrigados haicais e haicus, há presente a forma em três versos que estruturalmente tangencia a do poemeto caracterizado como poetrix.
No princípio, ainda nos anos 2000, ainda sem ter a tipificação completamente definida, o poetrix fora confundido meramente com o terceto e, antes de ter obrigatoriamente título, o novíssimo poemeto já guardava características que o separavam claramente dos poemetos nipônicos tais como a não exigência de temática sobre a Natura, a não obrigatoriedade de rimas nem de métrica nenhuma para os versos, sem estabelecer entanto restrição nenhuma sobre isso.
Traços
típicos dos poemetos citados antes foram então constatados no
poetrix com significativa frequência. Houve incorporação de tais
coincidências e essas ainda acontecem hoje, o que não é difícil
de ser verificado na vasta produção de poetrix em todos os meios em
que o poemeto está presente atualmente.
Além da vasta produção do vate em sonetos petrarquianos e shakespearianos, trovas, quadras e tercetos, o confrade tem se debruçado na identificação da existência de poetrix embutido em trova (trotrix), em quadra (quatrix); e, também, na possibilidade da existência de trova em poetrix (trixtro) e em quadra (trixqua). Para uma melhor compreensão das interconversões apresentadas aqui é recomendável proceder a leitura do ensaio de OFM Uma nova forma de interação entre poemetos: trotrix, trixtro, quatrix e trixqua. Disponível em:
https://www.recantodasletras.com.br/ensaios/5768359. Acesso em: 31 jul. 2021.
Na obra solo de estreia em poetrix do autor, Realidades versejadas em poetrix (2002), tomos I e II, constam conjecturas sobre a linguagem literária em poetrix, as quais foram transformadas no artigo Conjecturas sobre a linguagem literária poetrix. (Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-literatura/5775129. Acesso em: 31 jul.2021.)
Algumas das conjecturas tratadas no trabalho citado antes já foram demonstradas e/ou provadas pelo confrade e, pelo que se pode depreender, a futurologia tem se mostrado consistente, fato que se nos revela congruente com a disseminação e a aceitação do poetrix no Brasil e pelo mundo afora.
Mais livros do confrade em poetrix se seguiram: Erotrix (2006), Poetrix (2006), Instantes em poetrix (2009). Outras obras literárias publicadas de OFM são: Desabafo em versos (2006), A caçada matinal e outros contos (2006), Realidades versejadas em sonetos (2007), Crônicas verdadeiras: na pulsão de registrar (2009) e A titulação pelo saber (2009).
Goulart Gomes tem sabido muito bem conduzir e manter o grupo de poetrixta, fato esse que tem funcionado como pilar de sustentação do sucesso do poetrix pelo empenho e pelo intenso poetrixar de vates ao longo dos 22 anos de vida dessa linguagem literária, que não para de crescer em variantes e formas desafiadoras, todas estreitamente dependentes da criatividade dos seus praticantes.
Dentre todas as formas já consolidadas ressaltam-se o duplix e o triplix, pela simples razão de promoverem a interação entre poetrixtas, o que é fundamental para que se mantenham coesos os poetrixtas que confeccionam poetrix em todas as formas ora estabelecidas e consagradas, os quais até se predispõem a novas e inovações formulações a ver com o trabalho poetrix. OFM recomenda uma breve incursão pelo seu ensaio Contribuições ao novíssimo poetrix. (Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/ensaios/5773551. Acesso em: 31 jul. 2021.); e, também, pelo ensaio Formas poetríxticas: erotrix, concretrix e outras. (Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/ensaios/5773597. Acesso em: 31 jul. 2021.)
Há o fato de que anos atrás se aprovou, entre os poetrixtas, a Bula poetrix.
(Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/teoria-literaria-sobre-poetrix/7007823. Acesso em: 31 jul. 2021).
Ela recentemente sofreu pertinentes lapidações por competentes e destacados vates, reconhecidos poetrixtas muito hábeis na concepção de excelentes poetrix.
Justamente na Bula poetrix que figuram características apontadas para a confecção de poetrix – de evidente valor literário – e, dessa maneira, ela se presta para consumar a tipificação do poetrix, a qual deve servir de orientação para quem se atrever a compor poetrix.
A evolução do poetrix enquanto linguagem literária se consolidou no país e no mundo. Isso fez muito bem e nutriu o confrade que vos escreve com importantes balizas que, em sendo respeitadas, logicamente devem implicar em evidente ganho de qualidade para a lavra poetríxtica. Aos novatos, a Bula poetrix deve facilitar a iniciação da escrita quando da composição literária em linguagem poetríxtica. À guisa de exemplo pelo confrade sobre tamanho, título, fazer poetríxtico etc se tem o seguinte poetrix:
Na sequência dos fatos anteriores e para dar sustentação à realidade da prática poetríxtica hoje, além das publicações de trabalhos quer individuais ou coletivos de autores de poetrix – para registros literários (sobre o poetrix) – e manter a união dos literatos afeitos ao poetrix, eis que nasce a AIP – Academia Internacional Poetrix, entidade que congrega poetrixtas com trabalhos literários que têm indubitavelmente se constituído em contribuições à prática e à divulgação do poemeto poetrix por intermédio de quaisquer meios de publicização.
Este versejador vem continuadamente aprendendo sobre a escrita em poetrix desde 1999, ano em que o Aníbal Bessa fez despertar a luz do Lampadinha em Goulart Gomes ao comentar via conversa virtual a obra minimalista TRIX, POEMETOS TROPI-KAIS. Desse glorioso insight tido por Goulart brotou o poetrix justo com essa obra em que ele então acreditava apresentar haicais. Naquela mesma ocasião OFM estreava no mundo literário com a obra solo Pedaços de uma existência na Feira do Livro realizada em Salvador em 1999 – momento em que contava com expressivo número de trabalhos literários publicados em obras coletivas igualmente literárias.
Além dos trabalhos avulsos em publicações literárias nacionais, o confrade havia participado de justas literárias diversas conquistando medalhas e certificados como premiação. Tudo isso – publicações e prêmios conquistados em justas literárias – integra o currículo literário do confrade, não cabendo aqui enumerá-los em função da elevada quantidade desses registros, fato esse que se nos mostra incongruente com a extensão pretendida para o presente discurso.
O confrade chega enfim à AIP sendo convidado pelo confrade Goulart Gomes para assumir uma das cadeiras da entidade recém-fundada, depois transformada em Cadeira 17, com o patrono dela sendo de escolha deste acadêmico.
O poetrixta escolheu como patrono o autor do soneto Apelo, o poema mais traduzido do Português para línguas estrangeiras: Eno Teodoro Wanke.
A biografia e a obra literária do patrono da Cadeira 17 da AIP ainda deverão ser motivo de um trabalho futuro do confrade para exposição na página da AIP na rede mundial de computadores.
Todavia não foram os tercetos do belíssimo soneto shakespeariano que definiram o nome do escritor Wanke para patrono do Cadeira 17 da AIP. Trata-se de escolha que se pauta na significativa contribuição wankeana ao movimento literário pela trova no Brasil no século passado, onde o poema entendido como trova (abordado aqui antes) pôs inicialmente o confrade no minimalismo bem antes de abraçar e mergulhar no poetrix.
É mister acrescentar neste momento que a trova literária preserva o rigor da métrica e mantém a forma das rimas (cf. antes abordados), graças à forte atuação das Sessões da União Brasileira de Trovadores (UBT) espalhadas pelo Brasil e junto aos vates e trovadores devotados à discussão e à geração de escritos sobre esse consagrado poema. Informações amiúde sobre a trova podem ser vistos no artigo (de autoria deste confrade) Breve abordagem da trova. (Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-literatura/ 5774616. Acesso em: 31 jul. 2021.)
Interações via internet no domínio do antigo grupo para discussão do poetrix estimularam o confrade a mergulhar na composição em poetrix, compondo uma lavra que atinge algumas dezenas de milhares de poetrix, com mais de três mil desses já postados no site Recanto das Letras, além de publicar cinco livros em poetrix – dentre muitas outras publicações. Recomenda-se aqui uma incursão pelo artigo O poetrix em discussão. (Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-literatura/5775088. Acesso em: 31 jul. 2021.)
Tem-se que o poetrix se encontra em processo de evolução e que a AIP deve ser o palco em que todas as discussões que envolvam a arte minimalista em poetrix e que ela deverá regular as ações envolvendo a participação de poetrixtas em prol do continuado desenvolvimento e/ou aprimoramento da notável e consagrada linguagem literária em poetrix.
Que todos nós caminhemos harmonicamente na AIP de mãos dadas pela criação artístico-literária através da senda poetríxtica!
Oswaldo Francisco Martins