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8 de jan. de 2024

Discurso de Posse de Marcelo Marques


É com imensa alegria que hoje venho saudar à Diretoria, através da qual estendo meus cumprimentos a todos os acadêmicos que aqui já estavam, aos membros ingressantes, que assim como eu, passam a partir de agora a fazer parte da Academia Internacional Poetrix, bem como aos demais leitores a quem minhas palavras alcançarem.


“Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”. (Eclesiastes 3:1)

Inicio meu discurso de posse com este versículo, pois creio que tudo tem momento certo e sempre é tempo de agradecer.

Primeiramente a Deus, pela vida, por tudo que me tem concedido constantemente através da existência e a quem intercede a Ele por mim.

Aos meus pais, pelo meu nascimento, pela minha família e em especial à minha avó Odette Marques Castanheira, in memoriam, que com muito esforço proporcionou a minha educação e me ensinou o bom caminho a ser seguido nos desafios e escolhas da vida.

Carinhosamente, com imenso amor, à minha querida esposa Josy, com quem compartilho lutas e vitórias da minha vida, por sua generosidade no incentivo constante e compreensão em todos os momentos.

Enfim, a todas as pessoas que colaboram de alguma forma na construção de quem sou e passo a ser a cada momento, muito obrigado!

Nasci na capital de São Paulo, em 26/02/1972 e quando eu tinha três anos de idade, minha família mudou-se para o Rio de Janeiro, onde vivi a infância. Minha mãe faleceu quando eu tinha sete anos, até que na pré-adolescência, aos 12 anos, retornei a São Paulo com minha avó materna, e voltei a viver na casa onde nasci.

Desde criança, tenho prazer na leitura, comecei lendo embalagens, letreiros de lojas e placas pelas ruas, antes de ingressar na escola e depois disso, passei a ler os autores de poesias, contos, entre outros. Gostava muito de estudar e fazer cursos, o que me despertou interesse pelas pesquisas e pela criatividade, dedicando-me também ao desenho, pintura e às artes plásticas em geral. Tive encanto especial pela leitura e pelas letras das belas composições musicais da época, através de tantos ícones culturais, sempre achei minhas respostas na música e na poesia.

Inicialmente profissional da área administrativa, entre 1995-1998, fiz o curso técnico e me formei em Desenho de Comunicação (ETEC), trabalhei com produção de eventos, propaganda e criação publicitária, no desenvolvimento de textos, roteiros, comunicação visual, produção artística em geral e depois com criações gráficas. Em 2014, me formei na Universidade de Letras Português-Inglês (UNICSUL), e trabalhei durante um curto período de dois anos na área da Educação, passando em seguida a trabalhar na área judicial da Previdência Pública Estadual de São Paulo (SPPREV). Em 2019, concluí a pós-graduaçãolato sensu em Direito Previdenciário (UniDBSCO).

No início, eu não valorizava devidamente o que escrevia; considerava apenas como desabafos íntimos que eu guardava para reler nos momentos de solidão. Aos 13 anos, na 8ª série, ao participar de um concurso escolar de redação e ganhar o 1º lugar, fui muito incentivado a prosseguir escrevendo.

Dois anos depois, participei de outro concurso no Ensino Médio, que selecionou os melhores trabalhos da rede estadual de ensino, sobre o tema “Segurança”. Tendo vencido o concurso, meu poema foi escolhido para representar a minha escola. Assim, tive o primeiro poema publicado na Coletânea Estudantil de 1988. A partir daí, comecei a organizar os meus escritos e a divulgá-los, iniciando com a participação em concursos e ingressando em alguns movimentos literários.

Integrante do Movimento SAMPOESIA, publiquei em 1995 o poema "Raízes". Em 1996, participei da Antologia VI Palavras de Poetas, com os poemas "Nosso Planeta" e "Recordações". Em 1999, participei do Painel Brasileiro de Novos Talentos 2, com o poema "Virtudes Escondidas".

7 de jan. de 2024

Discurso de Posse de Cleusa Piovesan


Boa noite a todos e a todas!


Saúdo, primeiramente, à Diretoria em vigência: Presidente: Andréa Abdala; Vice-presidente: Pedro Cardoso; Tesoureiro: Francisco José Torres; Diretoria de Comunicação e Secretaria-Geral: Marília Tavernard; Diretoria de Cultura e Evento: Goulart Gomes, também criador do poetrix, essa pérola da Literatura Contemporânea, e aos demais acadêmicos da Academia Internacional Poetrix!


... é maravilhoso ter intimidade suficiente com as palavras para brincar com elas, além de ser pura arte...

(Tê Soares)



QUEM É TÊ SOARES?


Terezinha P.S. Sayago Soares, Tê Soares) – Nasceu em São Paulo/SP, em 15/11/1952, mudou para Brasília/DF em 1978, e faleceu em 23/04/2023, em Brasília. Graduada em Letras e Pedagogia na Universidade do Distrito Federal (UDF), atuou como professora e coordenadora pedagógica, no Centro Educacional Leonardo da Vinci, em Brasília. Ela também era corretora das provas do ENEM. Tê Soares teve dois filhos: Mariana e Rodrigo, que lhe deram três netos.




FUGAZ (TÊ SOARES)

Cama desarrumada,
liberdade para as borboletas
estampadas nos lençóis...



Tê Soares é co-criadora do Duplix, com Pedro Cardoso. Pelo contato virtual que o Movimento Internacional Poetrix - MIP Academia Internacional Poetrix proporcionou a seus autores, a interação poética foi possível e Pedro Cardoso e Tê Soares começaram, como disse Tê “a trocar poetrix e a perceber que havia uma grande sintonia na compreensão dos conteúdos e nas ideias. Um dia, Pedro encaminhou um poetrix e a Tê não resistiu. Para mexer com ele e sair brincando com as palavras, criou e juntou um poetrix e pronto! Era um autêntico Duplix!”, e assim, o poetrix foi tomando novas formas, ampliando-se para o Triplix e para o Multiplix. A contribuição de Tê Soares no MIP é digna de louvor e admiração. Eis o primeiro Duplix, de autoria de Pedro Cardoso // Tê Soares:


EU e EU

Menino carente // menina contente
feito pinto no lixo // feito quem brinca de cochicho
rega a vida, enganando a boca // negando a dor, veemente e louca



QUEM SOU EU?


Cleusa Piovesan – Doutoranda em Letras; Mestra em Letras, com graduação em Letras – Português/Inglês e em Pedagogia; Especialista em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, e em Língua e Literatura; pesquisadora das relações de gênero; escritora e poetisa; organizadora de três livros com alunos, e 13 obras publicadas, de autoria própria. Tem participação em mais de 60 antologias e coletâneas; acadêmica do Centro de Letras do Paraná; integrante do Centro de Letras de Francisco Beltrão/PR; acadêmica da Academia Brasileira de Letras e Artes Minimalistas – ABLAM); integrante da Confraria Ciranda Poetrix; e da Associação Brasileira de Poetas Spinaístas; Acadêmica Correspondente da Academia Literária Internacional – ALPAS 21.


Comecei a escrever na década de 1980, mas deixei meus escritos amadurecendo em gavetas, caixas, papéis avulsos jogados nos armários e estantes até a iniciativa de publicar um livro com os alunos. Na empolgação, publiquei três livros de autoria própria no mesmo ano de 2016: um de poemas; um em prosa, de contos e crônicas; e outro de causos populares, reunindo tudo o que havia escrito em mais de 30 anos. Não parei mais. Comecei a publicar em antologias, a participar de concursos, tendo algumas premiações e, não fosse por falta de dinheiro, e pelo pouco retorno financeiro com a venda dos livros e o deficiente hábito de leitura da população brasileira, mais obras sairiam dos arquivos de Word para a edição.

Posso dizer que sou uma experimentalista da literatura e a literatura contemporânea me permite transitar por vários gêneros poéticos, já conhecidos, e alguns novos, de modo que minha inquietação com a funcionalidade da linguagem e suas formas de expressão me atraem e vou em busca de aprender cada vez mais como degustar essa “sopa de letrinhas”.

Escrever me dá a liberdade de ser um pássaro sem asas que voa na imaginação e recolhe migalhas de histórias (reais ou imaginárias) com a força do pensamento, para além da realidade vivida, permitindo que a força das palavras desvele quem realmente sou. Registro meu mundo e o de outrem, sem compromisso com a verdade, apenas com a alteridade, afinal, “o poeta é um fingidor...”.  

Discurso de Posse de Claudio Trindade

 

Saúdo a Presidente desta Academia, Andréa Abdala Frank e, em seu nome, saúdo toda a Diretoria, a comissão organizadora da eleição para novos membros em 2023. A todos os Acadêmicos da casa e aos colegas escritores Poetrixtas que estão tomando posse hoje nesta solenidade.

Agradeço desde já aos acadêmicos que depositaram a confiança em meu nome para compor a AIP, devido a minha trajetória de escritor. Farei o que estiver ao meu alcance para promover e divulgar e ser um a mais na criação de Poetrix. 

Sou Licenciado e Especialista em Química pela UNIJUI/RS, natural de Três Passos-RS, e residente em Ijuí – RS. Iniciei a arte da escrita na graduação, quando publiquei um artigo na Revista da Universidade: Espaços da Escola n. 21, 1996: “O Trabalho de campo como estratégia de ensino-aprendizagem em ciências na sexta série”. Desafios constantes me levaram a escrever poesias para o livro da escola Alunos e professores, mostram o que fazem. Com isso gostei e me desafiei a criar mais. Desta forma estou aqui hoje, junto a um público seleto e com novos projetos. Sou Membro do Circulo dos Escritores de Ijuí – CEI, Letra Fora da Gaveta – LFG (2009). Acadêmico Fundador da Academia Internacional Artes, Letras e Ciências ‘A Palavra do Século 21’ - ALPAS 21 de Cruz Alta – RS (2012) na qual, atualmente estou vice-presidente. Acadêmico Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG (2016). Membro da Confraria Ciranda do Poetrix, Santana da Parnaíba/SP (2021), na qual ocupo o cargo interino de vice-presidente. Academia Virtual Artes e Letras – AVAL (2021). Academia de Letras e Artes da Zona Oeste do Rio de Janeiro – ALAZO (2021). Patrono da 24º Feira do Livro Infantil do Sesc e 20º Feira do Livro de Ijuí – 2013. Possuo quatro publicações solo, três de poesia estilo livre: 2009, poesias – Pensar ... Viver ... , em 2014: Caminhos, em 2021: Tear de Poesias e uma específica de Poetrix: Na Vida Poetrix. E inúmeras Coletâneas/Antologias tanto em poesias de estilo livre ou Poetrix, assim como a Revista Poetrix.

5 de jan. de 2024

Discurso de Posse de Valéria Pisauro


Prezada Presidente Andréa Abdala, Diretoria, integrantes da Academia Internacional Poetrix e fundadores, minha sincera saudação!

Saúdo o poeta, historiador e acadêmico Goulart Gomes, criador do gênero e fundador da Academia Internacional Poetrix, pelo seu incansável trabalho de projeção e divulgação para que o Poetrix alcançasse o êxito merecido dentro do cenário nacional e internacional.

Agradeço, também, aos acadêmicos que me prestigiaram com os seus votos, obrigada!

Desde já, comprometo-me em bem servir aos propósitos da Academia, elevando a cultura, a literatura, sempre com orgulho, dedicação e alegria. Com isso, poderemos fortalecer e fazer ainda mais conhecida a nossa AIP.

Caros acadêmicos ingressantes, acadêmicos de ontem, acadêmicos de amanhã.

E a todos os amigos e familiares que nos assistem virtualmente, boa noite!

É uma grande honra, orgulho e alegria me tornar membro nesta renomada Academia, ao lado de grandes poetas, pelos quais tenho grande apreço, admiração e respeito. Todos me encantam e me inspiram.

O dia 09 de dezembro de 2023 vai ficar marcado para sempre no meu coração.

Sou de Campinas-SP, neta de um maquinista e cresci às margens da linha do trem, acompanhando suas idas e vindas. Para mim, nada era mais belo e invencível que aquela máquina metálica que rasgava o horizonte abrindo caminhos para o novo. 

Discurso de Posse de Bianca Ribeiro Reis


Saudações à presidente Andréa Abdala, aos membros da diretoria da AIP e aos colegas acadêmicos!

Sinto-me verdadeiramente honrada em fazer parte deste grupo com tantos talentos. É uma felicidade enorme ter sido eleita. E também estou muito feliz por receber como patrono o grande Guilherme de Almeida, que eu admiro desde que conheci o haicai.

O meu “encontro” com os tercetos encantadores não tem muito tempo. Foi em junho de 2020, em plena pandemia, quando decidi fazer um curso de poesia. Escrever sempre foi uma paixão, mas estava focada em textos para o meu trabalho como profissional de marketing, que exige bastante. Já havia escrito alguns poemas, especialmente para homenagear pessoas queridas, mas estava desconectada desse universo literário.

Durante as aulas, ouvi falar do haicai e comecei a pesquisar sobre poesia minimalista. Logo me deparei com um terceto arrebatador, provocante, cheio de bossa e malandragem; poesia brasileiríssima, uma grande sacada do mestre Goulart. Me apaixonei.

De cara, resolvi, aliás, ousei, participar do Concurso Ciranda Poetrix Prêmio Goulart Gomes e ganhei o 3º lugar, o que me rendeu convite para entrar na Confraria Ciranda Poetrix ao lado de poetas incríveis. A partir daí, escrever poetrix virou um vício.

Em 2021, fiz minha estreia em uma publicação, Antologia Olhar Feminino. Tomei gosto pelas iniciativas coletivas. Então, participei das coletâneas Poetrix 22 anos de Arte Poética, com organização do Lorenzo Ferrari e Poesia Minimalista, organizada por Andréa Abdala, dois acadêmicos que tive a alegria de encontrar no evento “22 anos de Poetrix”, realizado na Oficina Cultural Oswald Andrade, em São Paulo.

Também participei das antologias Pérolas Poetrix e Poetrix 8 – Infinito, com organização de Lilian Maial, poeta que conheci pessoalmente no lançamento que promovemos na Livraria Janela, aqui no Rio de Janeiro, na companhia da presidente da AIP, Andréa Abdala. E, por fim, da V Mostra Poetrix - Sinestesia, livro digital publicado em novembro de 2023 pelo Selo Poetrix.

O meu patrono foi um dos mais bem-sucedidos divulgadores do haicai no Brasil. O terceto guilhermino mantém a estrutura de contagem métrica silábica 5-7-5, mas acrescenta um título e duas rimas: uma, do primeiro com o terceiro verso, e outra interna, no segundo verso, ocupando a segunda e a última sílaba poética.

O estilo do poeta Guilherme de Almeida me conquistou pelo ritmo e regularidade métrica, um andamento quase musical, que acontece muito em função da distribuição das rimas. E eu sou fã de música e chegada a uma rima.

CARIDADE

Desfolha-se a rosa:
parece até que floresce
o chão cor-de-rosa.



INFÂNCIA

Um gosto de amora
comida com sol. A vida
chamava-se "Agora".



Mergulhei na poesia como uma válvula de escape e acabei capturada pelo poetrix. E, de quebra, ganhei novos amigos. Mas demorou para cair a ficha de que eu sou uma poeta. Engatinhando, é verdade. Mas poeta, com muito orgulho. E agora membro da Academia! Que alegria!

Agradeço aos confrades Lorenzo Ferrari, que tanto me ensinou durante as Cirandas Poetrix, e Ronaldo Jacobina, padrinho que me recebeu e orientou.

Agradecimentos especiais a Pedro Cardoso, Dirce Carneiro e José de Castro pelo incentivo à candidatura, aos colegas que concorreram a vagas aqui, elevando bastante o nível da “competição”, e também a todos os que votaram em mim. Vamos em frente espalhar poesia!

Para finalizar, deixo com vocês um dos meus poetrix:


TÁBUA DE SALVAÇÃO

mundo insano...
me atraco na poesia
iludo o cotidiano



Muito obrigada!

Bianca Ribeiro Reis - Cadeira 19 da AIP







4 de jan. de 2024

Discurso de Posse de Luciene Avanzini



Saúdo a Presidente desta Casa, Andréa Abdala, a toda Diretoria, a Comissão que organizou a eleição para novos membros 2023 e a todos os acadêmicos.

Gratidão aos que confiaram o seu voto na minha trajetória literária. Farei o que estiver ao meu alcance para continuar sendo digna da confiança de vocês.

Parabenizo Goulart Gomes por sua iniciativa de criação da Academia Internacional Poetrix, ao lado de todos os que acreditaram nele e colocaram esse projeto em ação. Acredito que a AIP é um meio poderoso para a definição, desenvolvimento, promoção, estímulo fortalecimento, amadurecimento e divulgação do Poetrix!

Sou biológa, professora, contadora de histórias, amante das artes. Desde que me entendo por gente, a magia da leitura me capturou nas malhas das suas redes, o que me levou a me aventurar na escrita. Sou uma eterna aprendiz na arte de escrever! É nela que coloco minhas alegrias, angústias, tristezas, esperanças, de forma que, cada poema é um pedacinho de mim que será compartilhado com meus leitores!


O meu encontro com o poetrix se deu através da Rosângela Trajano (Danda). No início resisti um pouco, não acreditava conseguir criar poetrix, sentia dificuldade em aplicar e entender as diretrizes que a bula exigia, mas com tempo e a paciência dos integrantes da Confraria Ciranda Poetrix passei a pensar e amar esse terceto. Hoje, assumo que sou viciada no Poetrix e a cada dia aprendo um pouco mais! Estou sempre engajada em divulgar essa expressão literária através das minhas redes sociais em saraus literários. Atualmente tenho dois livros-solo: Tecituras Poetrix – 1ª Ed – vol 27, Belo Horizonte, Venas Abiertas (2021); e Vivências Poetrix, 1ª Ed – São Paulo: Scortecci (20023). Participo também de Antologias específicas de poetrix organizadas pela Confraria Ciranda Poetrix.

Faço parte da Diretoria e da Comissão de Avaliação de Conteúdo do Selo Confraria Ciranda Poetrix, que tem como objetivo publicar obras específicas de poetrix, além de auxiliar no dia a dia com as pré-avaliações dos poemas que irão para votação, um grande desafio que deu certo. Muitos outros projetos estão na incubadora e logo circularão entre nós!

E viva o Poetrix!

Biografia do Patrono

ANÍBAL BEÇA

Aníbal Beça (Aníbal Augusto Ferro de Madureira Beça Neto) (1946-2009) nasceu em Manaus, Amazonas, no dia 13 de setembro de 1946. Filho de Alfredo Antônio de Magalhães Beça e de Clarice Corrêa Beça. Era sobrinho-neto do escritor Aluísio Azevedo, parentesco herdado da sua avó materna que era sobrinha do escritor. Começou seus estudos em Manaus, e na adolescência foi para Novo Hamburgo (RS) onde estudou no Colégio São Jacó. Teve a alegria de conviver com o poeta Mário Quintana, em Porto Alegre.

30 de dez. de 2023

Discurso de Posse de Angela Ferreira

 

Saúdo com toda estima @s nobres acadêmic@s da egrégia Academia Internacional Poetrix – AIP, em especial o criador do gênero poético da qual fui agraciada em ocupar a cadeira 5, Patrono Eugênio de Andrade. Confesso a surpresa diante de tamanha responsabilidade em difundir a arte literária Poetrix.

Sobre o Patrono Eugênio de Andrade, pseudônimo José Fontinhas, poeta português nascido em Póvoa de Atalaia, Município do Fundão / Portugal, foi um homem reservado, aparecia pouco em público, expôs vida e sentidos em poemas curtos. Publicou mais de vinte livros de poesias, além de traduções e outras obras reconhecidas. Dentre as várias premiações, um dos mais importantes foi o Prêmio Camões (2001).

Fomos presentead@s com a beleza e sensibilidade demonstrada em alguns trechos de seus poemas.

Retrato Ardente
Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.
----------------------------------------
Sê paciente; espera que a palavra amadureça
e se desprenda como um fruto ao passar
o vento que a mereça.

Sua trajetória, nesta existência, findou-se em 2005, sendo este ano de 2023 a comemoração de seu centenário.

Tive uma infância saudável junto dos irmãos e meus pais que desde cedo nos estimularam à leitura. Sempre que podia, minha mãe adquiria livros infantis e realizava roda de conversa sobre o texto lido, sem imaginar o benefício dessa atitude devido a sua pouca instrução formal. A coleção dos Irmãos Grimm foi essencial para o apreço à literatura e desenvolvimento da escrita.

Durante a adolescência fiz paródias e gostava de rascunhar poesias, mas não tinha consciência de guardar para posteridade. Gostava de ler a poesia romancista de Gonçalves Dias, os escritos espiritualistas de Cecília Meirelles, assim como outros que me inspiram à vida.

Conheci o Poetrix em 2012, quando das inscrições para seleção de participação na Antologia Fagulhas Poéticas II. Imediatamente me apaixonei pela composição do gênero criado por Goulart Gomes.

Inicialmente, supus que, devido a semelhança visual com o Haicai, não seria difícil a feitura do poema. No entanto, as características próprias de sua estrutura deixaram nítidas que seria um desafio. Escrevi, sem convicção de que daria certo, pois havia escritor@s, poetas consolidados no ramo.

Fui surpreendida ao saber que havia conquistado o prêmio máximo! Sim, considero assim, pois foi uma grande honra estar dentre tant@s poetas experientes e reconhecid@s.
Posso dizer que o mesmo aconteceu agora com a oportunidade e confiança destinadas a mim a partir da seleção e convite para assumir a cadeira 5 da AIP.

Agradeço à Isi Caruso, antecessora da cadeira que assumo, aos acadêmic@s Gilvânia Machado que me apresentou ao Poetrix e Lorenzo Ferrari, sempre tão responsável e atencioso com tod@s, Beth Iacomini, responsável por minha inclusão na Confraria Ciranda Poetrix, também aos que zelam por essa maravilha de gênero que tende a ser reconhecido no Brasil e no mundo.

Gratidão a tod@s!
Angela Ferreira

Discurso de Posse de Sandra Boveto

 DISCURSO DE POSSE DE SANDRA BOVETO – CADEIRA 7

Prezada diretoria e caros acadêmicos dessa respeitável Academia Internacional Poetrix, 

É com imensa gratidão e alegria que saúdo a todos e me apresento, agora como acadêmica e integrante desse círculo tão especial de poetrixtas. Agradeço os votos recebidos e prometo honrar essa distinção pelo tempo que o futuro me permitir.

Considero minha trajetória literária relativamente recente e, até por isso, sei que tenho muito a aprender com vocês. 

Iniciei este caminho com um livro infanto-juvenil, feito para meu filho e a pedido dele – O Mundo Exclamante, publicado pela Editora Scortecci no ano de 2016. A partir daí, encontrei, por meio da escrita criativa, uma vida dentro de mim que eu não conhecia, e descobri que poderia multiplicá-la sob a forma e com o conteúdo que eu desejasse. 

Após “O Mundo Exclamante”, publiquei alguns contos no Brasil e em Portugal, por meio de antologias de várias editoras. Cheguei à poesia ao ser convidada por um editor português para participar de uma coletânea de poemas. De imediato, respondi a ele que não sabia fazer poemas. Nunca havia feito. Ele insistiu. E foi aceitando esse desafio que a poesia entrou em minha vida para nunca mais sair. Participei de mais algumas coletâneas, a partir de então, também poéticas. 

29 de nov. de 2021

Discurso de posse de Dirce Carneiro - cadeira 26


C-ASAS
(Dirce Carneiro)

viagem foi boa
pouso bagagem
linhas vívidas


Saúdo a Presidente desta Casa, Marilda Confortin, a Diretoria e todos os acadêmicos, fundadores e ingressantes.

Aos que confiaram o seu voto na minha trajetória literária agradeço sinceramente.

Parabenizo Goulart Gomes, pela feliz iniciativa de criação da AIP, poderosa via de fortalecimento, projeção, divulgação e criação de Poetrix, espaço de convivência fecunda de poetas.

Ressalto o trabalho eficaz do Comitê para Eleição de Novos Membros da AIP 2021, pela orientação durante a campanha, acolhida e clima amistoso. Eleição histórica, por ter sido a primeira para conduzir membros, pelo voto dos acadêmicos fundadores. É uma honra.

Caros poetas.

Dizem que devemos acreditar naquilo que sonhamos e a que nos dedicamos. Fiz um exercício de fé, esboçando esta mensagem durante a campanha de eleição para membros da AIP. Foi o meu jeito de aquietar-me e entregar este Sonho Poetrix ao Universo (fé - na intimidade do ser).

28 de nov. de 2021

Discurso de posse de Ronaldo Ribeiro Jacobina - cadeira 25


Caro Goulart Gomes. Com o criador do Poetrix, saúdo todos os outros Confrades da Academia Internacional Poetrix.

Cara Marilda Confortin. Com a Presidente, saúdo todas as outras Confreiras da AIP.

Saúdo também a todas Pessoas que nos assistem ou assistirão. Boa Noite!

É uma honra ocupar a cadeira de número 25 da Academia Internacional Poetrix, que terá como Patrono, o Médico, Professor, Escritor e Poeta Afrânio Peixoto. Vamos relembrar aqui um pouco da história do nosso patrono:

Discurso de posse de Francisco José Soares Torres – cadeira 24

 

Queridos amigos que me precederam e os que agora foram eleitos juntamente comigo, preciso dizer que, com imensa satisfação, dou entrada nesta casa que hoje é nossa! Também não poderia deixar de dizer que todos nós, que ocupamos as atuais vinte e seis cadeiras da Academia Internacional Poetrix (AIP), fizemo-lo no período pandêmico global da epidemia de um vírus mortal que grassa e devasta ainda o planeta. Assim, começo citando Ítalo Calvino: “A literatura (e talvez somente a literatura) pode criar os anticorpos que coíbam a expansão desse flagelo linguístico”, referindo-se à terceira das seis propostas para o próximo milênio, intitulada exatidão, a qual poderia oferecer a solução para a literatura, enquanto arte da linguística, ao nos ensinar que, assim como a vacina tem sido a solução final para o controle da atual epidemia virótica, a literatura será a salvação para evitar a evolução de uma peste na imagem da linguística, no milênio que ora se inicia.

Discurso de posse de Andréa Abdala - cadeira 23

 

Prezado Goulart Gomes, criador do gênero e fundador desta Academia, e amigos poetrixtas, é com imensa honra e alegria que hoje me encontro aqui entre vocês. Sinto-me verdadeiramente em casa; muitos de vocês fazem parte da minha vida virtual a mais de duas décadas. Vejo-me neste momento poetrixta eleita, ocupando a cadeira 23 desta congregação literária, tendo Sávio Drummond como Patrono.

Não tive o privilégio de conhecer Sávio, porém a admiração que tinham por ele chegou à mim, por meio de depoimentos e textos literários compartilhados por Goulart.

Sávio Drummond, baiano, médico, possui um belo acervo de contos, poesia e poetrix, além da sua habilidade para desenhar. Como desenhista criou caricaturas de amigos e capas dos livros de diversos escritores do Grupo Cultural Pórtico. Tratava-se de uma alma liberta, por isso não demorou muito neste plano. Após seu falecimento prematuro, Goulart descreveu sobre a maestria do poeta nas artes em geral - "Passeava do trágico ao cômico, do lírico ao popular, com muita leveza e propriedade."

Discurso de Posse de Diana Pilatti - Cadeira 10



“Sou força, energia vital e arrimo (...)
Sem máscara ou exibicionismo,
Vou em frente”

Denise Severgnini


Com grande alegria saúdo os amigos e amigas poetas, membros da Academia Internacional Poetrix, e demais leitores que aqui chegarem.

Saúdo a poeta gaúcha, radicada na Argentina, Isiara Caruso, minha antecessora, que ocupava a cadeira número dez nesta Academia, por muito tempo representante do Movimento Internacional Poetrix na Argentina, e com a qual compartilho o amor pelo magistério e pela literatura.

Nesta data, assumo a cadeira número dez, que homenageia Denise Severgnini, saudosa poeta gaúcha, que nos deixou no dia 9 de janeiro de 2013, aos 53 anos. Também professora, sua escrita audaz transita por vários gêneros, da prosa ao poema, da literatura infantil à erótica – cujos textos estão disponíveis em diversos sites especializados em publicações literárias e também em seu site pessoal na internet (link). Curiosa e apaixonada pela inovação, explorava a palavra em todas as suas possibilidades. Dela guardo um duplix, escrito em 2008, sobre o outono e seus encantos:

30 de mar. de 2021

Discurso de posse de Gilvânia Machado - cadeira 8 AIP


MARESSÊNCIA

Trago um mar
Na solidão, cato conchas
Descubro-me pérola

(Gilvânia Machado)



OS TRISTES

Em seus caramujos,
os tristes sonham silêncios.
Que ausência os habita?

(Helena Kolody)



Ilustres confrades e confreiras da Academia Internacional Poetrix, para mim é uma grande honra fazer parte dessa instituição literária.

Quando recebi o convite para ser membro, ocupando a cadeira número oito e a escolher um patrono ou patrona, não hesitei em nenhum momento quando pensei na poeta minimalista paranaense Helena Kolody.

A escolha se deu por várias razões. Primeiro o fato de ela ser a pioneira na escrita de poemas minimalistas no Brasil

Outro motivo que orientou a minha escolha foi a identificação da cosmovisão poética da autora marcada por uma inquietação existencialista. Isso pude constatar ao ler seus poemas e também pesquisar a fortuna crítica da autora. Os estudiosos, na sua grande maioria, afirmam que a inquietação é um dos eixos temáticos de sua obra poética vistos como um questionamento da linguagem e como uma agitação interior do sujeito que, voltado para si mesmo, busca sua origem e transcendência.

Nesse “desassossego”, são temas constantes a solidão, o tempo, a contemplação, a permanência, a memória, a ausência, a transitoriedade da vida. Os estudiosos também apontam uma visão ora marcada pelo encanto da vida, em que a poeta celebra a existência, ora pelo desencanto.

Portanto, a presença do amor, do desejo, da religiosidade na busca do absoluto, da totalidade em contraposição à transitoriedade da vida, são formas de transcender por meio da escrita. Escrever é preencher vazios, ausências, aquietar os desassossegos da alma. Diante dessa consciência, apesar da nostalgia, da saudade de um futuro, a poeta insiste em viver com alegria e sabedoria, vivenciar o momento presente: carpe diem!

No que diz respeito à forma literária, Helena Kolody, como toda poeta minimalista, primava pela concisão dos versos, aparando as arestas, cortando tudo o que era desnecessário até chegar ao poema-pedra lapidado. Tanta intensidade em poucos versos. Tudo isso a faz uma grande poeta. Dizer o máximo com o mínimo na mais perfeita essência da poesia minimalista.

Dentre as diversas formas poéticas minimalistas, Helena Kolody, além de haicais, escreveu dísticos, tercetos, quadras, epigramas e tankas.

Atualmente, faço parte do Movimento Nacional do Mulherio das Letras, que começou em João Pessoa, na Paraíba, e ganhou o mundo. Hoje, temos o Movimento do Mulherio em Portugal, Itália, Espanha, Alemanha, Estados Unidos. E uma das bandeiras do Movimento é dar visibilidade às mulheres escritoras, ler mais as autoras. E quando falamos na poesia minimalista quem mais se destacam são os homens, desde Afrânio Peixoto, Guilherme de Almeida, Millôr Fernandes a Paulo Leminski. As poetas minimalistas não têm tanta visibilidade. No Brasil, além da pioneira Helena Kolody, há outras grandes poetas minimalistas que não alcançaram notoriedade devida pelo seu grande talento. Isso corrobora a luta atual do Movimento do Mulherio das Letras que está ganhando o mundo.

Para mim, o ato de escrever também é preencher silêncios, lacunas, vazios, ausências. E embora sabendo da efemeridade da vida, celebrar a existência é a palavra de ordem. Viver o momento presente como uma dádiva divina, da natureza. Além disso, na poesia a forma minimalista me seduz.

Como afirmou o teórico Todorov, se me perguntarem por que amo a Literatura, a minha resposta é a mesma dele: “Porque ela me ajuda viver”.

Traduzir a condição humana de forma transfigurada poeticamente é um presente divino. No ato de criar há o sopro da inspiração e o suor do burilar. É preciso se debruçar sobre o que se escreve. Saber o que dizer, ter voz própria para não ser mero eco. Cada vez mais, o ato de escrever está se tornando uma necessidade vital para continuar vivendo. No mundo há beleza, cores e perfumes. No entanto, há os desvalidos, os excluídos que não conseguem mais sentir isso por estarem acorrentados aos seus demônios interiores; outros, por serem vítimas de um sistema excludente, de um mundo intolerante que julga as pessoas pela cor, etnia, orientação sexual, classe econômica. A literatura é também uma bandeira em prol dos excluídos, é uma centelha no meio da escuridão. O Sol nasceu para todos. É isso que literatas e literatos têm que defender. A Terra é de todos, ser feliz é um direito de todos!

Por tudo isso sou poeta, sou escritora. Não é um mero penduricalho, título de status, poder. Se eu pensasse assim, minha literatura não passaria pelo processo de humanização e nem tocaria a sensibilidade das pessoas na sua pluralidade. Ao contrário, estaria a serviço do meu ego, a serviço dos opressores e não dos oprimidos. Escrever é um modo de ser e estar no mundo e eu desejo que isso seja da forma mais bela e humana, tanto em forma como em conteúdo!

Agradeço imensamente a Deus essa minha inclinação para as letras, ao meu avô Manuel Targino, que, com seu exemplo de leitor ávido e contador de histórias, despertou em mim o desejo de adentrar no universo mágico da literatura. Minhas memórias afetivas com meus avós são inundadas de poesia. Lembro que ele, agricultor, tinha uma plantação de algodão. Eu, ainda criança, pegava um bisaco e com minha avó íamos colher algodão. Ficava deslumbrada com a beleza da flor do algodão. Quando se afastavam, via os cabelos branquinhos que, muitas vezes, confundiam-se com a brancura do algodão. Eu não sabia que esses eram os primeiros fios tecidos da minha história, os primeiros fios das minhas memórias afetivas.

Nesse momento memorável que é se tornar membro de uma Academia literária, não poderia deixar de agradecer aos meus pais que investiram nos meus estudos e, mesmo quando passei um longo período sem estudar, hospitalizada, eles me presenteavam com o que eu mais amava: livros. Eram os livros meus companheiros de reclusão, longe da escola, dos outros pré-adolescentes.

Agradeço aos mestres do Curso de Letras, profissionais em que eu sentia a Literatura pulsar na veia. Todos ali estavam exercendo o ofício por paixão, por escolha. Cursar Letras, fazer mestrado em Literatura foram também escolhas que eu fiz movida pela paixão! Não foi à toa que passei em primeiro lugar no Curso de Letras.

Outro momento muito significativo foi conhecer e interagir com poetas e escritores. Alguns deles não posso deixar de citar: Goulart Gomes, o inventor dessa bela forma minimalista: o Poetrix. Uma pessoa talentosa, generosa, que acreditou no meu trabalho como organizadora de antologias poéticas e sempre me convidou a participar das coletâneas que ele organizava.

Outro poeta, e também grande parceiro literário, é José de Castro. Moramos no mesmo estado, mas nos conhecemos virtualmente através do Recanto das Letras. Foi ele que me apresentou o poetrix. E eu, tão apaixonada pela forma poética, lancei a fagulha, a centelha incendiando o Rio Grande do Norte. E, generosamente, Castro aceitou o meu convite para fazer parte das antologias Fagulhas Poéticas I e II. Além dele, talentosos poetrixtas de várias partes do Brasil vieram compor as antologias. E, assim, a centelha, como uma pira olímpica, foi percorrendo várias partes do Brasil. São conquistas, alegrias que a Literatura nos traz.

Aproveito o ensejo e agradeço às demais instituições que me acolheram como poeta e escritora: a Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte – SPVA/RN; a Associação Literária e Artística de Mulheres Potiguares – ALAMP; a União Brasileira de Escritores do Rio Grande do Norte – UBE-RN, o Movimento Nacional do Mulherio das Letras. Todos eles constituem uma irmandade literária.

    Para finalizar o meu discurso, cito um poetrix de minha autoria:

Estranhamentos

Escavo silêncios.
Dentro do poema,
Desvazio-me.


É isso: poesia é para causar espantos, estranhamentos. É incorporação. Mexer com os nossos sentidos. Virar-nos pelo avesso, desvaziar-nos! Preencher-nos! Redimensionar o nosso olhar. Tornar-nos mais humanos. É um Sopro. Luz! Fiat lux!

Gratidão, gratidão à Academia Internacional Poetrix!

Gilvânia Machado


Discurso de posse - Saulo Pessato

Certa vez, perguntei aos mestres que conselho inspirador dariam a um jovem aspirante a poeta, ainda inseguro dos seus trilhos. E Drummond assim me respondeu:

Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro
são indiferentes.
Nem me reveles teus sentimentos,
que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.
O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.


Pessoa, corroborativo, quase não assumindo a mentira e o fingimento poético, completou:

Sentir? Sinta quem lê!

Foi assim que escolhi o trem — ou seria o comboio de cordas? — pelo qual seguiria viagem no universo da poesia, ainda que a insegurança estilística me levasse, vez por outra, a cogitar baldeações.

Discurso de posse de Pedro Cardoso - cadeira 18

Discurso de posse de Pedro Cardoso na Academia Internacional Poetrix


Devolva-me

AS
    AS
        AS

É com este Poetrix Concreto de Sonia Godoy - SONIA MARIA FERREIRA DE GODOY - (16/09/1948 – 31/03/2011) - paulistana, Psicóloga, Poetrixta de primeira linha, além de grande incentivadora, que inicio minhas considerações.

E assim, abro minhas ASAS para esse novo voo..!

Nunca foi tão fácil e gratificante escolher um Patrono. Desde o instante em que fui convidado a ocupar uma Cadeira nesta Academia, seu nome saltou-me aos olhos com força bruta. Sempre a tive como uma referência ímpar dentro do Movimento Internacional do Poetrix.

Sem os seus escritos e poemas Concretos, minhas Teorias Literárias não seriam as mesmas. Seus textos nunca respeitaram os limites da mesmice, suas frases inquietas sempre voaram para além dos versos e das rimas.

Queridos Acadêmicos, é com muito orgulho e gratidão que passarei a ocupar a Cadeira de número 18. Este número foi, voltou, foi de novo e me caiu como uma luva. Quando criança, tinha a mania de somar os números das placas dos carros para ver se o somatório terminaria em nove (1+8). "A prova dos 9"!

O número sempre me trouxe sorte!

Agradeço a todos vocês por terem caminhado comigo, lado a lado, nesta jornada poética. Não é necessário que eu cite nomes para fazer emergir em mim, e creio, em muitos de vocês, recordações, emoções e sentimentos que deixam claro o quão enriquecedor foi nosso compartilhamento. Trocas importantes, em vários aspectos.

Estavam lá naqueles momentos e aqui, agora, pessoas ímpares, que com suas peculiaridades fizeram, fazem e farão toda a diferença para mim em particular e para esta Academia. 

Discurso de posse de Marilda Confortin - cadeira 14

Discurso de posse de Marilda Confortin na AIP - Academia Internacional Poetrix - Cadeira 14

Bom dia queridos poetrixtas integrantes da recém criada Academia Internacional de Poetrix. 

Não poderia haver um momento mais simbólico para a criação da AIP. Um momento de pandemia mundial onde todos os valores das sociedades estão em xeque e as artes se apresentam como um bálsamo para atenuar as perdas, a dor e a solidão do confinamento.

É nesse contexto que nosso poema pílula pode arrancar um sorriso, uma reflexão, ou simplesmente, nos fazer esquecer por alguns minutos o momento caótico que estamos vivendo

Parabenizo e agradeço ao criador do Poetrix, fundador e presidente da AIP, Goulart Gomes, por me convidar a participar de mais esse desafio. Incansável e competente GG, a você, minha silenciosa reverência.
Sinto-me privilegiada e agradecida por pertencer a esse grupo de dinossauros sobreviventes e novas espécies de poetrixtas. Estamos privados do convívio presencial, mas não há solidão que resista ao contato virtual diário com vocês. Sintam-se abraçados, poetas.

Um dos primeiros ineditismos da AIP foi cada membro escolher seu patrono. Com tantos poetas que nos inspiraram, escolher apenas um, foi muito desafiador. Quando eu pensava já ter decidido, outro poetrixta se antecipava e reservava o nome. Por fim, escolhi Mario Quintana (ele não gostava do acento) e tive sorte de ninguém ainda tê-lo mencionado.

Tenho muitos pontos de identificação com Quintana, mas, confesso que não conheci seus escritos nas escolas e universidade que frequentei no Sul do Brasil. Porque ele não era adotado? Comecei a lê-lo na década de oitenta, quando o jornal Correio do Povo faliu e Quintana perdeu o emprego. Sem dinheiro, foi despejado do Hotel Majestic, no centro histórico de Porto Alegre onde residiu por vários anos. Na época, ele virou notícia, não tanto por sua obra, mas, porque o comentarista esportivo e ex-jogador da seleção Paulo Roberto Falcão cedeu a ele um dos seus quartos no Hotel Royal e passou a sustentá-lo. Fiquei curiosa e fui atrás de sua história e obra. 

Discurso de posse de Anthero Monteiro - Cadeira 5


Caros confrades, poetas, poetrixtas, amantes da poesia e da aventura das palavras:

Nesta despretensiosa comunicação, saltarei ao pé-coxinho entre alguns dos pontos principais do meu itinerário poético e biográfico, para eu próprio me lembrar do modo como cheguei até aqui. A referência ao patrono vai incluída no meu percurso.

O poeta começou aos 13 anos, quando frequentava, longe da terra natal, um colégio para ser missionário, o que nunca aconteceu, pois missionário tenho sido, sim, mas da Poesia, que levo às escolas, às bibliotecas e livrarias, aos bares e restaurantes, às salas de teatro e até às feiras e mercados.

O poeta que primeiro me catequizou foi o grande sonetista e meu homónimo Antero de Quental (que, no seu tempo, era também com “h”). Sabia de cor muitos dos seus sonetos, mas também poemas de Guerra Junqueiro, o poeta idolatrado pelas multidões em tempo de Regicídio e República, e de muitos outros poetas.

Aos 18 anos, tinha mais de 100 sonetos escritos, mas ainda não ganhava para poder publicar. A minha escrita era clássica e eu movia-me aí com extremo à-vontade. Aprendi depressa que essa Poesia já não

Discurso de posse de Martinho Branco - Cadeira 16

  

Caríssimos amigos, poetas, poetrixtas, sonhadores, semeadores de palavras e confrades da grande família Poetrix, o mar nos separa e o Poetrix nos une numa profunda e virtual/real amizade.

Grato a todos pelo convite que me endereçaram e por me acolherem como membro da Academia Internacional Poetrix.

Viagem no tempo.

Estávamos no ano de 2001, três ou quatro dias depois do tristemente horroroso e célebre 11 de Setembro. Andava eu a navegar ao sabor do vento pelo universo da rede de comunicação internética, em demanda de novos autores e novas formas de escrita poética. Eis quando, ao virar de uma página virtual, me surgiu uma palavra tremendamente misteriosa… Poetrix!

POETRIX? - Interroguei-me, parafraseando Augusto Gil, no poema “Balada da neve”…

- Será bicho, “será gente”? / Inútil “não será certamente”… (a continuar…)

Patrono: Armando Leal (Portugal) - Os poetas fazem a diferença.

Para quem conviveu, ainda que virtualmente, através da sua escrita poética, de Setembro de dois mil e um a Outubro de dois mil e quatro, guarda na lembrança, certamente, o olhar atento, lúcido e dinâmico, patente nas escritas do poeta e poetrixta Armando Leal.

Quando ele nos deixou… Pedi silêncio, porque tinha partido um poeta e um bom amigo. Escrevi num poetrix, na altura, algumas palavras sentidas de homenagem ao Armando…


Os poetas fazem a diferença


Questionam

Futuram a vida

Despertam silêncios


É com profunda tristeza [emoção] e grande saudade que sentimos a ausência de um Amigo [Leal] tão verdadeiro. O Armando partiu demasiado cedo, em dois mil e quatro, e nunca [Nunca] nos encontrámos no mundo real.



Discurso de posse de Oswaldo Francisco Martins - Cadeira 17

Como no álbum da canção Terral (EDNARDO, 1973), “Eu venho das dunas brancas / Da onde eu queria ficar /”... Dali fui trazido em voo da VARIG em 1976 pela Petrobras para a terra dos soteropolitanos. A mudança aconteceu de forma remunerada e tão só graças à aprovação por concurso público do ainda estudante universitário. Tudo promovido pela petrolífera em convênio com a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Sim, foi assim que obtive condições materiais para deixar os “mares verdes bravios” de Alencar para acabar definitivamente encantado pela beleza das centenas de igrejas do lugar de todos os santos e de todos os orixás, de tanta beleza na exuberante primeira capital do país. A prova de tal união estável tem então quatro décadas e meio: 1976-2021... Tudo isso ainda parece ter acontecido ontem.

Neste momento não consigo me afastar do pensamento empresarial Odebrecht, com o qual tanto convivi em minha trajetória laboral em busca da própria sobrevivência: entendo que a boa, verdadeira e exitosa arte literária acontece quando ela nasce, cresce e se perpetua. É o caso da consagrada arte minimalista e, em particular, do ainda novíssimo poetrix.

É de muito tempo atrás – desde adolescente – que venho rabiscando versos, sempre guardando-os em cadernos e folhas de papel. Muitos deles foram definitivamente perdidos sem deixar rastro nem sequer na mente do profeta.

A relembrança feita antes incorpora a influência do genitor do confrade, Oswaldo Evandro Carneiro Martins, poeta parnasiano, intelectual eclético, poliglota, com formação superior em Ciências Humanas e Exatas, doutor em Direito, professor universitário, o maior e melhor professor deste que vos fala.

Costumava dizer o genitor que o filho tinha a veia poética, o que naturalmente funcionou como um catalisador de motivação para o interesse do confrade pela poesia e que essa ganhasse força e culminasse no atual estágio literário deste aprendiz de poetrix hoje. Uma coisa é certa: o confrade jamais alcançará seu genitor na criação, na riqueza e na beleza de versos, mas não apenas aí será menor, pois o será também em todos os legados advindos do pai.

Ululante é para quem uma vez tenha tecido e/ou adquirido familiaridade com trovas e sonetos há de guardar decerto intimidade com as estrofações desses escritos quando corretamente versificados. Em particular, na seara dos tercetos, onde também são abrigados haicais e haicus, há presente a forma em três versos que estruturalmente tangencia a do poemeto caracterizado como poetrix.

No princípio, ainda nos anos 2000, ainda sem ter a tipificação completamente definida, o poetrix fora confundido meramente com o terceto e, antes de ter obrigatoriamente título, o novíssimo poemeto já guardava características que o separavam claramente dos poemetos nipônicos tais como a não exigência de temática sobre a Natura, a não obrigatoriedade de rimas nem de métrica nenhuma para os versos, sem estabelecer entanto restrição nenhuma sobre isso.

Traços típicos dos poemetos citados antes foram então constatados no poetrix com significativa frequência. Houve incorporação de tais coincidências e essas ainda acontecem hoje, o que não é difícil de ser verificado na vasta produção de poetrix em todos os meios em que o poemeto está presente atualmente.

Além da vasta produção do vate em sonetos petrarquianos e shakespearianos, trovas, quadras e tercetos, o confrade tem se debruçado na identificação da existência de poetrix embutido em trova (trotrix), em quadra (quatrix); e, também, na possibilidade da existência de trova em poetrix (trixtro) e em quadra (trixqua). Para uma melhor compreensão das interconversões apresentadas aqui é recomendável proceder a leitura do ensaio de OFM Uma nova forma de interação entre poemetos: trotrix, trixtro, quatrix e trixqua. Disponível em:
https://www.recantodasletras.com.br/ensaios/5768359. Acesso em: 31 jul. 2021.
Na obra solo de estreia em poetrix do autor, Realidades versejadas em poetrix (2002), tomos I e II, constam conjecturas sobre a linguagem literária em poetrix, as quais foram transformadas no artigo Conjecturas sobre a linguagem literária poetrix. (Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-literatura/5775129. Acesso em: 31 jul.2021.)
Algumas das conjecturas tratadas no trabalho citado antes já foram demonstradas e/ou provadas pelo confrade e, pelo que se pode depreender, a futurologia tem se mostrado consistente, fato que se nos revela congruente com a disseminação e a aceitação do poetrix no Brasil e pelo mundo afora.

Mais livros do confrade em poetrix se seguiram: Erotrix (2006), Poetrix (2006), Instantes em poetrix (2009). Outras obras literárias publicadas de OFM são: Desabafo em versos (2006), A caçada matinal e outros contos (2006), Realidades versejadas em sonetos (2007), Crônicas verdadeiras: na pulsão de registrar (2009) e A titulação pelo saber (2009).

Goulart Gomes tem sabido muito bem conduzir e manter o grupo de poetrixta, fato esse que tem funcionado como pilar de sustentação do sucesso do poetrix pelo empenho e pelo intenso poetrixar de vates ao longo dos 22 anos de vida dessa linguagem literária, que não para de crescer em variantes e formas desafiadoras, todas estreitamente dependentes da criatividade dos seus praticantes.

Dentre todas as formas já consolidadas ressaltam-se o duplix e o triplix, pela simples razão de promoverem a interação entre poetrixtas, o que é fundamental para que se mantenham coesos os poetrixtas que confeccionam poetrix em todas as formas ora estabelecidas e consagradas, os quais até se predispõem a novas e inovações formulações a ver com o trabalho poetrix. OFM recomenda uma breve incursão pelo seu ensaio Contribuições ao novíssimo poetrix. (Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/ensaios/5773551. Acesso em: 31 jul. 2021.); e, também, pelo ensaio Formas poetríxticas: erotrix, concretrix e outras. (Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/ensaios/5773597. Acesso em: 31 jul. 2021.)

Há o fato de que anos atrás se aprovou, entre os poetrixtas, a Bula poetrix.
(Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/teoria-literaria-sobre-poetrix/7007823. Acesso em: 31 jul. 2021).

Ela recentemente sofreu pertinentes lapidações por competentes e destacados vates, reconhecidos poetrixtas muito hábeis na concepção de excelentes poetrix.

Justamente na Bula poetrix que figuram características apontadas para a confecção de poetrix – de evidente valor literário – e, dessa maneira, ela se presta para consumar a tipificação do poetrix, a qual deve servir de orientação para quem se atrever a compor poetrix.

A evolução do poetrix enquanto linguagem literária se consolidou no país e no mundo. Isso fez muito bem e nutriu o confrade que vos escreve com importantes balizas que, em sendo respeitadas, logicamente devem implicar em evidente ganho de qualidade para a lavra poetríxtica. Aos novatos, a Bula poetrix deve facilitar a iniciação da escrita quando da composição literária em linguagem poetríxtica. À guisa de exemplo pelo confrade sobre tamanho, título, fazer poetríxtico etc se tem o seguinte poetrix:

POETRIX

Um insight
Chama a pena...
Traz um susto.


Salvador, 21/01/2021.

(Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/poetrix/7165153. Acesso em: 31 jul. 2021.)

Na sequência dos fatos anteriores e para dar sustentação à realidade da prática poetríxtica hoje, além das publicações de trabalhos quer individuais ou coletivos de autores de poetrix – para registros literários (sobre o poetrix) – e manter a união dos literatos afeitos ao poetrix, eis que nasce a AIP – Academia Internacional Poetrix, entidade que congrega poetrixtas com trabalhos literários que têm indubitavelmente se constituído em contribuições à prática e à divulgação do poemeto poetrix por intermédio de quaisquer meios de publicização.

Este versejador vem continuadamente aprendendo sobre a escrita em poetrix desde 1999, ano em que o Aníbal Bessa fez despertar a luz do Lampadinha em Goulart Gomes ao comentar via conversa virtual a obra minimalista TRIX, POEMETOS TROPI-KAIS. Desse glorioso insight tido por Goulart brotou o poetrix justo com essa obra em que ele então acreditava apresentar haicais. Naquela mesma ocasião OFM estreava no mundo literário com a obra solo Pedaços de uma existência na Feira do Livro realizada em Salvador em 1999 – momento em que contava com expressivo número de trabalhos literários publicados em obras coletivas igualmente literárias.

Além dos trabalhos avulsos em publicações literárias nacionais, o confrade havia participado de justas literárias diversas conquistando medalhas e certificados como premiação. Tudo isso – publicações e prêmios conquistados em justas literárias – integra o currículo literário do confrade, não cabendo aqui enumerá-los em função da elevada quantidade desses registros, fato esse que se nos mostra incongruente com a extensão pretendida para o presente discurso.

O confrade chega enfim à AIP sendo convidado pelo confrade Goulart Gomes para assumir uma das cadeiras da entidade recém-fundada, depois transformada em Cadeira 17, com o patrono dela sendo de escolha deste acadêmico.

O poetrixta escolheu como patrono o autor do soneto Apelo, o poema mais traduzido do Português para línguas estrangeiras: Eno Teodoro Wanke.

A biografia e a obra literária do patrono da Cadeira 17 da AIP ainda deverão ser motivo de um trabalho futuro do confrade para exposição na página da AIP na rede mundial de computadores.

Todavia não foram os tercetos do belíssimo soneto shakespeariano que definiram o nome do escritor Wanke para patrono do Cadeira 17 da AIP. Trata-se de escolha que se pauta na significativa contribuição wankeana ao movimento literário pela trova no Brasil no século passado, onde o poema entendido como trova (abordado aqui antes) pôs inicialmente o confrade no minimalismo bem antes de abraçar e mergulhar no poetrix.

É mister acrescentar neste momento que a trova literária preserva o rigor da métrica e mantém a forma das rimas (cf. antes abordados), graças à forte atuação das Sessões da União Brasileira de Trovadores (UBT) espalhadas pelo Brasil e junto aos vates e trovadores devotados à discussão e à geração de escritos sobre esse consagrado poema. Informações amiúde sobre a trova podem ser vistos no artigo (de autoria deste confrade) Breve abordagem da trova. (Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-literatura/ 5774616. Acesso em: 31 jul. 2021.)

Interações via internet no domínio do antigo grupo para discussão do poetrix estimularam o confrade a mergulhar na composição em poetrix, compondo uma lavra que atinge algumas dezenas de milhares de poetrix, com mais de três mil desses já postados no site Recanto das Letras, além de publicar cinco livros em poetrix – dentre muitas outras publicações. Recomenda-se aqui uma incursão pelo artigo O poetrix em discussão. (Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-literatura/5775088. Acesso em: 31 jul. 2021.)

Tem-se que o poetrix se encontra em processo de evolução e que a AIP deve ser o palco em que todas as discussões que envolvam a arte minimalista em poetrix e que ela deverá regular as ações envolvendo a participação de poetrixtas em prol do continuado desenvolvimento e/ou aprimoramento da notável e consagrada linguagem literária em poetrix.

Que todos nós caminhemos harmonicamente na AIP de mãos dadas pela criação artístico-literária através da senda poetríxtica!

Oswaldo Francisco Martins