26 de ago. de 2025
Poetrix de Andréa Abdala
Poetrix de Oswaldo Martins
24 de ago. de 2025
Poetrix de Valéria Pisauro
Poetrix de Dirce Carneiro
16 de ago. de 2025
Poetrix de Lorenzo Ferrari
Poetrix de Cleusa Piovesan
Poetrix de Diana Pilatti
No prelo PETITE SYNESTESIAS: Chosen Poetrix (PEQUENAS SINESTESIAS: Poetrix escolhidos), de Diana Pilatti, com Revisão de José de Castro e Tradução de Sarah Muricy.
14 de ago. de 2025
Entrevista de Valéria Pisauro
ENTREVISTA DE ACADÊMICOS PARA O BLOG – AIP
Cadeira 20, Patrono Anthero Monteiro
Entrevista a Dirce Carneiro
Qual é sua formação acadêmica e como ela influencia na sua escrita?
Sou graduada em Letras e Teoria Literária pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e em História da Arte pelo Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP). Aperfeiçoei minha formação por meio de cursos de pós-graduação e programas de extensão nas áreas de Ciências Sociais “Brasil/Brasis: Literatura e Pluralidade Cultural”, “Literatura Social e Política” e “Cinema – Arte de Transformação”, promovidos pela UNICAMP, em parceria com o Itaú Cultural.
Essa trajetória acadêmica, marcada pelo diálogo entre palavra, imagem e pensamento crítico, sustenta minha escrita com densidade estética e engajamento sociopolítico.
2) Onde você nasceu, passou a infância, juventude? O que guarda desse tempo e lugar/lugares?
Nasci e cresci na Vila Industrial, em Campinas, São Paulo - um bairro plantado às margens da linha férrea, onde o apito do trem atravessa o tempo e ainda ecoa na memória.
A cidade sempre foi dividida por trilhos de ferro — uma muralha simbólica que apartava mundos. À direita, a elite campineira; à esquerda, tudo o que se queria esconder dos olhos era empurrado para trás da Estação Ferroviária.
A Vila Industrial era as costas da cidade, habitada pelos invisíveis: operários, imigrantes, famílias que a cidade varria para trás da Estação como quem esconde o que não quer encarar.
Sou neta de um maquinista e cresci próxima à ferrovia, acompanhando diariamente o movimento dos trens e absorvendo, desde a infância, as marcas culturais desse território.
Minha identidade é inseparável da Vila. Reconheço-me em cada esquina — não como quem observa de fora, mas como quem pertence, como quem sente. Carrego comigo uma herança cultural que articula passado e presente com afetividade e resistência.
3) Você tem uma trajetória, uma história de atuação em várias áreas. O que pode nos dizer sobre isto? Qual o papel da Literatura, o ofício de escrever, nesses diferentes contextos?