Saúdo a Presidente desta
Academia, Andréa Abdala Frank e, em seu nome, saúdo toda a Diretoria, a
comissão organizadora da eleição para novos membros em 2023. A todos os
Acadêmicos da casa e aos colegas escritores Poetrixtas que estão tomando posse
hoje nesta solenidade.
Agradeço desde já aos acadêmicos que depositaram a confiança em meu nome para compor a AIP, devido a minha trajetória de escritor. Farei o que estiver ao meu alcance para promover e divulgar e ser um a mais na criação de Poetrix.
Sou Licenciado e Especialista em Química pela UNIJUI/RS, natural de Três Passos-RS, e residente em Ijuí – RS. Iniciei a arte da escrita na graduação, quando publiquei um artigo na Revista da Universidade: Espaços da Escola n. 21, 1996: “O Trabalho de campo como estratégia de ensino-aprendizagem em ciências na sexta série”. Desafios constantes me levaram a escrever poesias para o livro da escola Alunos e professores, mostram o que fazem. Com isso gostei e me desafiei a criar mais. Desta forma estou aqui hoje, junto a um público seleto e com novos projetos. Sou Membro do Circulo dos Escritores de Ijuí – CEI, Letra Fora da Gaveta – LFG (2009). Acadêmico Fundador da Academia Internacional Artes, Letras e Ciências ‘A Palavra do Século 21’ - ALPAS 21 de Cruz Alta – RS (2012) na qual, atualmente estou vice-presidente. Acadêmico Correspondente da Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG (2016). Membro da Confraria Ciranda do Poetrix, Santana da Parnaíba/SP (2021), na qual ocupo o cargo interino de vice-presidente. Academia Virtual Artes e Letras – AVAL (2021). Academia de Letras e Artes da Zona Oeste do Rio de Janeiro – ALAZO (2021). Patrono da 24º Feira do Livro Infantil do Sesc e 20º Feira do Livro de Ijuí – 2013. Possuo quatro publicações solo, três de poesia estilo livre: 2009, poesias – Pensar ... Viver ... , em 2014: Caminhos, em 2021: Tear de Poesias e uma específica de Poetrix: Na Vida Poetrix. E inúmeras Coletâneas/Antologias tanto em poesias de estilo livre ou Poetrix, assim como a Revista Poetrix.
Conheci o Poetrix a partir de
uma colega escritora, Liz Rabelo, em 2021 e quase que imediatamente fui aceito
no Grupo Ciranda Poetrix, hoje Confraria Ciranda Poetrix, a qual, para mim,
ainda é uma constante oficina, aprendendo sempre e me alimentando de detalhes.
O patrono da Cadeira 21 é o
poeta uruguaio Eduardo Hughes Galeano, que nasceu em Montevidéu, Uruguai, no
dia 3 de setembro de 1940. Descendente de uma família de classe média, pensava
em se tornar jogador de futebol, mas percebeu que não tinha habilidade, porém,
escreveu muito sobre o esporte. Acabou exercendo trabalhos diferenciados, como
caixa de banco e datilógrafo.
Firmou-se na imprensa na
década de 1960 quando se tornou editor do jornal “Marcha”. Nos anos 1970, com o
regime militar no Uruguai, Galeano foi perseguido pela publicação do livro As
Veias Abertas da América Latina (1971), foi preso em 1973 e posteriormente
exilou-se na Argentina. Em 1976, mudou-se para Espanha, onde ficou até 1985, quando o Uruguai se
redemocratizou. Morou em Montevidéu onde lançou diversos livros. Eduardo Galeano
tem mais de 40 livros, sendo que 30 deles são traduzidos para cerca de 20 idiomas.
É autor de diversas frases marcantes e outras de impacto, tais como:
“Quando as palavras não são
tão dignas quanto o silêncio, é melhor calar e esperar."
“Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos."
Em 2006, Eduardo Galeano
ganhou o Prêmio Internacional de Direitos Humanos através da Global Exchange,
instituição humanitária americana.
Eduardo Galeano faleceu em
Montevidéu, no Uruguai, no dia 13 de abril de 2015, em decorrência de um
câncer.
ENVENENADA A TERRA
(Eduardo Galeano por Claudio
Trindade)
não há ar, só desar
chuva, agora ácida
crepúsculo no final do século
É nessa “máquina de pensar”
que está o futuro da escrita. O pensar é fundamental para termos no leitor
alguém que traga novas fórmulas, novos caminhos, novas maneiras de ver o mundo
e de condução individual e coletiva. A escrita é um fator único, sem ela não
teremos como entender o que ocorreu no passado. Não é só no televisivo que
depositamos os fatos, no ato de escrever destacamos o momento exato da
história. Ah, se não fossem os primeiros desenhos rupestres, feitos pelos
antigos moradores das cavernas, o que sobraria para entendermos o antes, o
depois e o agora?
Assovia o vento dentro de mim.
Estou despido. Dono de nada, dono de ninguém, nem mesmo dono das minhas
certezas, sou minha cara contra o vento, a contravento, e sou o vento que bate
em minha cara.
ASSOVIA O VENTO DENTRO DE MIM
(Eduardo Galeano por Claudio
Trindade)
Estou despido
Dono de nada e ninguém
Sou o ar que bate em minha
cara
REFERÊNCIAS
FRAZÃO, Dilva. Eduardo Galeano
– Escritor Uruguaio. E biografia. 04 set. 2023. Disponível em:
<https://www.ebiografia.com/eduardo_galeano/>. Acesso em: 20 nov. 2023.
MELLO, Michele de. 50 anos de
Veias Abertas da América Latina: “um livro para entender a vida e o
mundo". Brasil de Fato. 24 abr. 2021. Disponível em:
<https://www.brasildefato.com.br/2021/04/24/50-anos-de-veias-abertas-da-america-latina-um-livro-para-entender-a-vida-e-o-mundo>.
Acesso em 20 nov. 2023.
PENSADOR. Disponível
em:<https://www.pensador.com/autor/eduardo_galeano/>. Acesso em : 20 nov.
2023.
3 comentários:
Parabéns, Claudio!
UM primor de escritor e de pessoa!!
Bem vindo, Cláudio! Grande abraço.
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